Do século XV ao XVIII verificou-se verdadeira mudança de mentalidade. A mecânica e a técnica, de menosprezadas, passaram a ser supervalorizadas. Não é generalizada essa aceitação, pois os preconceitos têm raízes fundas, dificilmente removíveis. Ainda no século XVIII e mesmo nos seguintes, até o atual [XX], encontra-se certa atitude de suspeita ante o manual ou o mecânico, enquanto se realça o ócio, o lazer, a condição de nobreza, que não trabalha ou só trabalha com a inteligência e exerce o comando. Daí a desconsideração com tarefas como as agrícolas (...) – as artesanais ou manufatureiras, ou mesmo as comerciais. (...)
Já havia, porém, forte opinião contrária, valorizadora da mecânica, como se vê em filósofos da categoria de Francis Bacon, Descartes, Pascal, Leibnitz, Locke, Voltaire, Diderot, gênios como Leonardo [da Vinci] (...).
(Francisco Iglesias, A Revolução Industrial)
De acordo com o texto, é correto afirmar que, na Europa Moderna,