O século XVIII foi para o Brasil o período da consolidação colonial. A descoberta das minas de ouro e diamante na região central da colônia e a consequente expansão da colonização portuguesa permitiram articular o “arquipélago de colônias”, ainda que de forma tênue, pelos caminhos de gado, campos de criatório e feiras. Para além, as grandes transformações em curso na Europa refletiram-se no Brasil, espacializadas pelas mudanças em suas fronteiras.
O final do século XVIII apresenta-se, para Portugal, como um período de crise, que suscitou mudanças expressas pela política pombalina, na qual a indústria, a agricultura e o comércio são objetos da ação governamental, em particular a agricultura, cujos resultados se fizeram sentir no espaço colonial – Brasil: matérias-primas para a indústria portuguesa, produtos para a reexportação do Reino, alimentos para a metrópole. De acordo com Wehling & Wehling, o ressurgimento das companhias privilegiadas de comércio, de cunho fortemente mercantilista, criadas por Pombal, objetivou atenuar os efeitos da crise decorrente da queda da produção de ouro na Colônia.
(O SÉCULO XVIII... 2013).
A política estabelecida pelo Marquês de Pombal, que determinou uma série de transformações no Brasil e em Portugal, se insere em um contexto mais amplo das mudanças processadas na Europa nesse período.
Em relação a esse quadro, pode-se afirmar que