Em setembro de 1862, o Kaiser prussiano Guilherme I nomeou Otto von Bismarck como seu Primeiro-ministro e Ministro do Exterior. Já nos primeiros dias de seu mandato, Bismarck compareceu à Comissão de Orçamento do Parlamento (Landtag) para destacar a necessidade de preparação militar. Concluiu seu discurso, por sua vez, com a seguinte declaração:
“A posição da Prússia na Alemanha não será determinada por seu liberalismo, mas por seu poder… A Prússia deve concentrar a sua força e segurá-la para um momento favorável, que está chegando. Vi várias vezes desde o Tratado de Viena, as nossas fronteiras mal concebidas para um corpo político saudável, não devem ser melhoradas através de discursos e decisões que a maioria vem a decidir durante o dia - que foi o erro de 1848 e 1849 - mas com sangue e ferro.”
(Otto von Bismarck, Reden 1847-1869 [Speeches, 1847-1869], ed., Wilhelm Schüßler, vol. 10, Bismarck: Die gesammelten Werke [Bis marck: Collected Works], ed. Hermann von Petersdorff. Berlin: Otto Stolberg, 1924-35, pp. 139-40. – Tradução livre)
O discurso de Bismarck deixa entrever que a Alemanha, no início do séc. XX, se preparava para um eventual confronto com as demais potências europeias. Fica evidente, ainda, que a sua liderança refletia a ascendência da Prússia frente aos demais principados germânicos. Resta, no entanto, saber as razões conjunturais que fizeram da Prússia a região alemã líder no processo de unificação que projetou a Alemanha no cenário internacional.
Assim sendo, assinale a alternativa CORRETA.