A sociabilidade urbana pressupõe um conjunto de práticas que permite que indivíduos possam estabelecer relações de proximidade social, contatos e interações diversas, porém, com o advento da reestruturação urbana e dos novos arranjos espaciais, há uma série de novas questões e uma significativa mudança locacional na sociabilidade urbana contemporânea. Por meio da divisão territorial do trabalho, a cidade é estruturada tendo algumas áreas mais propícias à realização da sociabilidade - pela forma e/ou pela função, sendo as “áreas centrais” os ápices para tal advento. A urbanização contemporânea tem sido produzida sob o novo paradigma da policentralidade, do qual depreende-se uma nova lógica de produção e reprodução dos espaços urbanos, que conduz a uma redefinição das diferentes expressões de centralidades e à reorientação da concentração e dos lugares da realização da sociabilidade urbana.
Disponível em PATRÍCIO, João Victor S. et SILVA, William R. da Silva. Shopping centers, sociabilidade e conflitos socioespaciais urbanos. Confins, 56, set 2022. Adaptado.
Sobre a urbanização contemporânea, leia as afirmativas abaixo:
I. Nas novas condições de produção, reprodução e apropriação do espaço urbano, existem cidades ou outras realidades urbanas que não têm centros, não acarretando nenhuma consequência para a existência do fato urbano e da cidade.
II. A divisão da cidade entre “centro e periferia”, na qual a periferia era mais afastada do interesse direto de grandes capitais, foi alterada na cidade policêntrica, onde cada espaço – central ou periférico – passou a ser alvo de disputas e interesses, seja para o uso ou para o mercado.
III. Nas cidades policêntricas, os shoppings centers se constituem como um novo paradigma da produção do espaço urbano por terem uma dinâmica de atuar em áreas geometricamente periféricas e reorientar os fluxos para consumo de bens e serviços, numa redefinição das centralidades.
Está CORRETO o que se afirma em: