“A sociedade não é simples soma de indivíduos, e, sim, formada por associação, que representa uma realidade específica, com seus caracteres próprios. Sem dúvida, nada se pode produzir de coletivo, se consciências particulares não existem; mas esta condição necessária não é suficiente. É preciso ainda que as consciências estejam associadas, combinadas de determinada maneira; dessa combinação resulta a vida social e, por conseguinte, é esta combinação que a explica. Agregando-se, penetrando-se, fundindo-se, as almas individuais dão nascimento a um ser, psíquico se quisermos, mas que constitui individualidade psíquica de novo gênero”.
In: DURKHEIM, Émile. As regras do método sociológico, 4. ed. Trad. de Maria Isaura Pereira Queiroz, São Paulo: Nacional, 1966, p. 96.
Se Comte é considerado o pai da sociologia, a Durkheim coube o mérito de sistematizar o objeto de estudo da sociologia, considerando os fatos sociais como o objeto central de estudos da nova ciência. Entre os fatos sociais, dedicou ao suicídio uma parte de suas investigações sociológicas, considerando existir: