“A sociedade nacional se forma aos poucos, de modo contraditório, em vais-e-vens, como se estivesse demoradamente saindo do limbo. Paulatinamente, nas terras americanas, os conquistadores vão se tornando nativos, colocam-se em divergência e oposição em face da metrópole, passam a lutar pela pátria. Surgem as inconfidências, insurreições, revoltas, revoluções, nas quais estão presentes nativos, crioulos, nacionais, mestiços, mulatos, índios, negros, espanhóis, portugueses, ingleses, franceses, holandeses e outros. Começam a delinear-se a sociedade, o Estado, a Nação, em torno de uma cidade, região, movimento, líder; ou cidades, regiões, movimentos, líderes. Nesse sentido é que ‘a nação é uma categoria histórica.’ (PÉREZ, 1981, p. 3). O território e o povo formam-se nessa história. ‘É um fenômeno geralmente aceito que, entre os séculos XVII e XVIII, o nativo deixou de sentir-se espanhol (poderíamos acrescentar também português) e passou a considerar-se americano’ (CORREA, 1966, tomo VII, p. 373). Estava em curso a formação das nacionalidades latinoamericanas.”
(IANNI, Octavio. A questão nacional na América Latina. Estud. av. São Paulo, v. 2, n. 1, p. 5-40, março de 1988. Disponível em http://www.scielo.br. Acesso em 28 de fevereiro de 2019.)
No período a que o trecho acima se refere, enquanto a América espanhola se divide em vários estados, o Brasil manteve seu território praticamente unificado. Todas as alternativas a seguir revelam uma causa para essa diferença, exceto: