Em sua Ética, o filósofo racionalista holandês Benedictus de Spinoza diferencia três gêneros de conhecimento: imaginação (ou opinião), razão e intuição. Numa determinada passagem, ele os apresenta assim:
“Percebemos muitas coisas de que formamos noções universais: 1º) A partir de coisas singulares que representamos pelos sentidos de forma mutilada, confusa e sem ordem para o intelecto: a tais percepções tomei por hábito de chamar de conhecimento por experiência vaga. 2º) A partir de signos como, por exemplo, quando ao ouvir ou ler certa palavra, nos recordamos de coisas e formamos ideias semelhantes a elas, pelas quais as imaginamos. Ambas as formas de contemplar as coisas chamarei, na sequência de conhecimento do primeiro gênero, opinião ou imaginação. 3º) E finalmente, a partir de que temos noções comuns e ideias adequadas das propriedades das coisas. A isto chamarei de razão ou segundo gênero do conhecimento. Além destes gêneros do conhecimento há um terceiro que chamaremos de ciência intuitiva”.
(Benedictus de Spinoza. Ética, II, p.40, sc.2.)
Considerando essa citação, é correto afirmar que