Em sua obra “A persistência da memória”, o artista Catalão Salvador Dali busca demonstrar a “liquidez” do tempo no mundo dito moderno. Essa pintura surrealista denota a necessidade de discutir a relação entre tempo e espaço não como fixos e imutáveis, mas como relativos, acompanhando a tendência da época instaurada por Albert Einstein e sua Teoria da Relatividade.


No período histórico muitas vezes denominado pós-moderno (principalmente a partir de 1970), no qual o tempo é suprimido pela lógica do mercado, esta categoria de análise (tempo) torna-se um fator escasso para os seres humanos. “O exemplo mais flagrante é o da vida urbana atual, uma permanente corrida atrás dos horários. A cidade moderna nos move como se fôssemos máquinas, e os nossos menores gestos são comandados por um relógio onipresente” (Milton Santos).
Inserido nessa lógica, o trabalhador torna-se um “escravo” do mercado, no famoso movimento mundial denominado de “globalização”. De acordo com essa nova lógica urbana da “corrida” contra o tempo e a partir do pensamento de Heidegger (Fenomenologia e Filosofia da Existência) e de Sartre (Existencialismo), respectivamente, analise as proposições a seguir:
I- Ocorre uma “dejeção” na qual o ser não é mais ouvido em seu chamado, em que o ser humano não se sente mais “obrigado a ser livre”.
II - A partir da pós-modernidade enunciada anteriormente, ocorre uma significativa melhora nas técnicas industriais de produção, as quais acarretam o que se denomina de desemprego estrutural, gerando um exército de mão de obra que não consegue se inserir no mercado de trabalho.
III - A lógica urbana atual, voltada para o mercado de trabalho, exige uma incessante busca pelo aperfeiçoamento profissional do trabalhador que não mais se observa como agente do seu destino.
IV - O ente é jogado no mundo, devendo projetar-se a partir de seu “ser para o nada”, sendo que cada um apenas é responsável por si mesmo a partir de sua liberdade de escolha.
Estão corretas as afirmativas: