A supremacia de um chefe político municipal, na Primeira República, não estava correlacionada com o número de votantes, mas com a capacidade de controlar e impor a coerção. O coronelismo sofre um certo impacto no início dos anos trinta, mas em 1932 já estava recomposto sem aquela arrogância do senhor absoluto de outrora. A centralização política de Vargas significou para os coronéis a perda parcial do controle de coerção, principal fonte de seu poder político na Primeira República. Após 45, a presença das massas urbanas na política torna-se um fato muito mais importante do que se poderia pressentir sob a ditadura. O golpe de 1964 foi recebido pelo coronelismo moribundo com extrema animação. Mas, a recuperação do coronelismo foi apenas parcial. Males irreversíveis continuaram afetando-o progressivamente.
Adaptado de: DANTAS, Ibarê. Coronelismo e dominação. Aracaju: UFSE, 1987. p. 23-35.
A ascensão de Vargas ao poder, após o movimento de 1930, trouxe mudanças nas práticas coronelísticas típicas da República Velha. Entre essas mudanças, podemos citar: