No texto abaixo, adaptado do romance “Grande Sertão: Veredas”, de Guimarães Rosa, o jagunço Riobaldo Tatarana descreve, em linguagem literária, a ocorrência de um curioso fenômeno que observou.
Apois, um dia, num curtume, a faquinha minha, que eu tinha, caiu dentro de um tanque; era só caldo de casca-de-curtir, barbatimão, angico, lá sei que taninos. – Amanhã eu tiro... – falei comigo. Porque era de noite, luz nenhuma eu não tinha. Ah, então saiba: no outro dia, cedo, a faca, o ferro dela, estava roído, quase por metade, carcomido por aquela agüinha escura e azeda, toda quieta, pouco borbulhando. Deixei, mais pra ver... Sabe o que foi? Pois, nessa mesma tarde, da faquinha, só se achava o cabo... O cabo - por não ser de frio metal, mas de chifre de veado galheiro.
Considerando que o líquido citado (caldo de casca-de-curtir) continha bastante tanino(ácido tânico) dissolvido, a reação química (corrosão do ferro pelo ácido) descrita acima, foi do tipo