No texto crítico “‘Bacurau’ não é sobre o presente, mas o futuro” publicado no jornal El País sobre o filme de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, escrito por Rodrigo Guimarães Nunes, professor de filosofia moderna e contemporânea na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), lemos:
O cenário que Bacurau e a extrema direita mundial projetam aponta para a dissolução deste pacto e uma virada abertamente necropolítica do capitalismo. Num mundo de concentração de renda astronômica, degradação ambiental crescente, recursos cada vez mais escassos e aumento das populações excedentes ⏤ desempregados estruturais, refugiados climáticos, população carceral ⏤, o Estado tende a eximir-se da responsabilidade de fazer viver e a privatizar ⏤ para empresas de segurança, “empreendedores” e “cidadãos de bem” ⏤ o direito soberano de fazer morrer.
Disponível em: https://brasil.elpais.com/brasil/2019/10/05/cultura/1570306373_739263.html. Acesso em: 14 jan. 2024.
Conclui-se que Bacurau possui expressiva crítica social desenvolvida ao longo do enredo fílmico por meio de hibridizações, de mesclas, logo, por meio de diálogos intertextuais. Reconhecido esse ponto,
A) identifique e enumere três relações intertextuais presentes em Bacurau.
B) explique como os três elementos intertextuais apontados, no item A, contribuem para dinamizar o enredo de Bacurau. Deve-se, portanto, apresentar comentário analítico desenvolvido, ou seja, explorar como o dado apontado fomenta a construção da crítica social como eixo-chave do filme, conforme identificado no fragmento crítico supracitado.