O trecho a seguir expõe parte do pensamento de Sêneca, o mais importante pensador estoico, no período romano do estoicismo:
“O fato é o seguinte: não recebemos uma vida breve, mas a fazemos; nem somos dela carentes, mas esbanjadores. Por que nos queixamos da Natureza? Ela mostrou-se benevolente: a vida, se souberes utilizá-la, é longa. Mas uma avareza insaciável apossa-se de um e de outro, uma laboriosa dedicação a atividades inúteis, um embriaga-se de vinho, outro entorpece-se na inatividade; alguns não definiram para onde dirigir sua vida, e o destino surpreende os esgotados e bocejantes, de tal forma que não duvido ser verdadeiro o que disse, à maneira de oráculo, o maior dos poetas: ‘Pequena é a parte da vida que vivemos’. Pois todo o restante não é vida, mas tempo”.
Sêneca. Sobre a brevidade da vida. Coleção L&PM Pocket – Literatura clássica internacional. Cap 1-2. Versículo 2-4. Adaptado.
Considere as seguintes afirmações a respeito da doutrina estoica:
I. Para o estoicismo, o homem é um microcosmo no macrocosmo; é parte do universo, do cosmo. Uma conduta ética deve estar de acordo com os princípios da natureza para, assim, atingir-se a felicidade.
II. Para o estoicismo, a felicidade consiste no abandono de todo autocontrole e austeridade com a negação de qualquer determinação natural. O comportamento ético impõe conquista e não aceitação.
III. A ética estoica carrega um forte determinismo e um certo fatalismo: por esta razão, teve imensa influência na ética cristã em sua aceitação dos acontecimentos.
Está correto o que se afirma em