Questão
Centro Universitário do Pará - CESUPA
2016
Fase Única
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O tropicalismo foi um movimento cultural de ruptura ocorrido no Brasil entre 1967-1968. Liderado por figuras musicais como Caetano Veloso e Gilberto Gil, este movimento já foi muito estudado. Sobre ele escreveu o pesquisador Celso Favaretto:

“O problema básico em que o tropicalismo se colocou foi o da situação da canção no Brasil. O projeto tomou a forma de uma estratégia cultural mais ampla, definindo uma postura política singular: colar, associar livremente, reinterpretar desde a estrutura de uma canção, até os procedimentos pop eletrônicos, misturar tudo, experimentar e fazer tudo perder a identidade inicial. O objetivo era fazer a crítica dos gêneros, estilos e, mais radicalmente, do próprio veículo, e da pequena burguesia que vivia o mito da arte. Os tropicalistas reinventaram e tematizaram criticamente a canção brasileira, topicalizaram-na mexendo nas bases da cultura nacional”.

(Texto adaptado de Celso Favaretto. Tropicália, alegria, alegoria, alegria. São Paulo: 3ª edição, Ateliê Editorial, pp. 40-41).

A partir do trecho e de seus conhecimentos sobre o movimento da Tropicália, identifica-se que ele redefine a cultura brasileira em pleno contexto da ditadura militar ao propor:
A
filiações político-partidárias mais críticas e revolucionárias em música e arte nacionais que retomassem os ritmos e o folclore brasileiros e redefinissem o que seria tipicamente uma cultura “tropical”.
B
misturas rítmicas, culturais e sociais, juntando formas e escolas musicais e artísticas em torno da ideia plural de se reinventar a cultura brasileira, redefinindo identidades e tropicalizando a arte em meio à censura e ditadura.
C
nacionalização da cultura brasileira. Definia-se pela oposição ao rock da Jovem Guarda, movimento que importava o ritmo e apenas traduzia e adptava letras importadas dos EUA, favorecendo o capitalismo burguês.
D
mistura de ideias e de arte na luta política e cultural contra a ditadura militar. Propunha redefinir o lugar da cultura brasileira no universo da contra-cultura de tradição comunista cubana e soviética, juntando a salsa com a valsa no Brasil.