Os versos seguintes pertencem ao poema Morte e Vida Severina (1954), de João Cabral de Melo Neto.
- Todo o céu e a terra
lhe cantam louvor.
Foi por ele que a maré
esta noite não baixou.
- Foi por ele que a maré
fez parar o seu motor:
a lama ficou coberta
e o mau-cheiro não voou.
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− E este rio de água cega,
ou baça, de comer terra,
que jamais espelha o céu,
hoje enfeitou-se de estrelas.
MELO NETO, J.C. de. Morte e vida severina e outros poemas para vozes. 4. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2000.p.73-74.
No contexto desse auto de Natal, os versos citados significam