“Uma vocação inescusável. Eu nunca quis ser outra coisa, senão escritor. Comecei a escrever aos 12 anos. Todo dia, eu leio e escrevo. E não é por obrigação, não. É por paixão”. O depoimento de Ariano Suassuna é em resposta à pergunta feita pelo jornalista e apresentador Eric Nepomuceno sobre “o que é ser escritor”. O diálogo inicia a entrevista ainda inédita do programa 'Sangue latino' - uma das últimas concedidas pelo escritor paraibano. Uma semana após o falecimento do poeta e dramaturgo, a gravação será exibida nesta quarta-feira, no Canal Brasil, em homenagem programada às 21h.
Qual é a importância do humor na vida?
Enorme. É outra coisa que ajuda a temperar o choro: a gente rir do mundo, rir até de si mesmo. Ajuda muito a viver. Não sei se você sabe disso, mas a morte no Sertão se chama Caetana… Pois bem, eu tinha um tio que estava muito mal. Ele teve um calafrio e disse: “isso é bem a quenga da Caetana que vem por aí”. Isso é o camarada que na hora da morte tem humor para rir de si mesmo. Dá muita força a gente. E é também um instrumento de luta.
(Disponível em: https://www.uai.com.br/app/noticia/emais/2014/07/28/noticia-e-mais,157735/entrevista-inedita-de-arianosuassuna-sera-exibida-no-canal-brasil.shtml Acesso em 24 de junho de 2021)
A entrevista é um gênero textual capaz de trazer um nível de linguagem mais próximo do coloquial, e isso pode ser evidenciado pelo uso da palavra: