Filmes sobre música para usar na redação e como repertório sociocultural

Filmes sobre música para usar na redação e como repertório sociocultural

Biografia, animação, peça de teatro, ficção… tem de tudo na nossa lista de filmes sobre música. Confere aí!

Músicos inspiradores passam e marcam a vida de muita gente ao longo do tempo com canções reflexivas, transgressoras, inovadoras e clássicas. E isso pode ser dito tanto de biografias que foram adaptadas para o cinema, até mesmo das histórias criadas para essa linguagem. 

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O Estratégia Vestibulares levantou alguns filmes sobre música que podem ser usados na redação do Enem e outros processos seletivos, além de criar repertórios socioculturais diversos. E sim, a gente sabe que muita coisa ficou de fora, quem sabe uma segunda parte não venha? Acompanhe a lista abaixo.

No Ritmo do Coração (2021)

Vencedor do prêmio de melhor filme no Oscar de 2022, “No Ritmo do Coração” conta a história de uma aspirante a cantora, cujo seus pais e irmão são surdos. Ao decorrer do filme, ela percebe que precisará sair de casa se quiser seguir com seu sonho, mas entra em conflito porque não sabe se a família conseguirá se sustentar sem sua ajuda.

Além da música, o filme trata também sobre acessibilidade, e teve em Troy Kotsur, ator que interpreta o pai da família, o primeiro ator surdo a vencer a premiação de melhor ator. Vale ressaltar também que a surdez foi tema da redação do Enem 2017: “Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil”.

+ Oscar 2022: temas principais e como usar os indicados na sua redação

Escola de Rock (2004)

Jack Black é Dewey Finn, músico recém demitido de sua banda e que precisa correr atrás de um novo trabalho para pagar suas dívidas. Assim, o rapaz para em uma escola rígida para dar aula de música, formando, posteriormente, uma banca local com seus alunos.

Além da música, “Escola de Rock” aborda também o despertar dos sonhos pelos estudos e pela educação. E isso vai ficando perceptível ao longo da história, em que o agora professor Finn percebe a importância de transmitir não só a paixão pela música, mas também seus conteúdos didáticos para os alunos.

Get on Up: a História de James Brown (2014)

Com Chadwick Boseman no papel principal, o filme ilustra a biografia do rei do soul, James Brown. O astro da black music estadunidense é relatado em uma biografia que retrata como chegou ao estrelato e momentos comoventes como o reencontro com sua mãe, que o abandonou na infância, relação turbulenta com sua esposa e perda de um de seus filhos.

James Brown venceu mais de 100 milhões de discos, tornando-se um ícone da sua geração, tanto pelas músicas dançantes, como por seu estilo irreverente na moda e cortes de cabelo. O destaque do filme é a atuação de Boseman, que ainda não tinha vivido o Pantera Negra nos cinemas.

A Voz Suprema do Blues (2020)

Já em “A Voz Suprema do Blues”, Chadwick vivia o auge após suas aparições no mundo da Marvel. Mesmo após sua morte, o ator venceu o Oscar de melhor ator no papel do trompetista Levee, que acompanha a “Mãe do Blues”, Ma Rainey (Viola Davis), na gravação de um de seus álbuns.

Baseado na peça “Ma Rainey’s Black Bottom” (Ma Rainey: a Mãe do Blues), vencedora do prêmio Pulitzer, o filme mostra a dificuldade de se gravar um álbum e como a indústria fonográfica começava a tomar o blues, ritmo negro, para favorecer cantores brancos.

Bohemian Rhapsody (2018)

A obra-prima da banda dá nome ao filme que conta a história do Queen até pouco após a morte de seu vocalista icônico Freddie Mercury. “Bohemian Rhapsody” mostra desde o início do quarteto, quando Freddie ainda era apenas um jovem tímido que encontrou em uma banda iniciante que tinha acabado de perder seu vocalista, e transformou-se em um supergrupo musical, dono de diversos recordes e músicas hits de sucesso absoluto.

Ainda que o filme pegue leve com as histórias vividas pelo quarteto — e principalmente seu líder —, a obra mostra vários dos excessos, brigas temperamentais e aventuras sexuais de Freddie e demais membros do grupo. Destaque para Rami Malek, que interpretou Mercury e venceu o Oscar de melhor ator na cerimônia de 2019.

Rocketman (2019)

A biografia do superstar Elton John foi contada um ano depois de “Bohemian Rhapsody” pelo mesmo diretor, Dexter Fletcher. Em “Rocketman”, todas as facetas do extravagante cantor são mostradas, desde a escolha de seu nome artístico, até seu relacionamento duradouro com seu atual marido. Isso tudo sem antes mostrar como ele, mesmo sendo uma estrela mundial, era abusado mentalmente por seu antigo namorado e ex-empresário.

Temas como depressão, uso de drogas e outras substâncias e aceitação de sua orientação sexual, são abordados na película, que não mostra diversas passagens que caberiam muito bem no cinema, como o fato de ter abandonado sua noiva no altar, a amizade com John Lennon e o fato de ter sido dono de um clube de futebol inglês.

Tim Maia (2013)

Com atuação de Babu Santana e Robson Nunes na pele de Tim, o filme mostra desde sua infância até a morte do ícone que elevou a música brasileira com fusões de estilos e irreverências, até mesmo no gospel.

“Tim Maia” foi baseado no livro “Vale Tudo: O Som e a Fúria de Tim Maia”, de Nelson Motta, biografia aclamada pela crítica justamente pelo detalhamento ao relatar pontos da vida de seu homenageado, como suas passagens pelos Estados Unidos, tempo em que foi convertido pela seita “Cultura Racional” e seus problemas com drogas.

Nasce Uma Estrela (2018)

Um cantor no auge e uma jovem garçonete e cantora nas horas vagas. Assim que Jackson Maine (Bradley Cooper) ouve Ally (Lady Gaga) se apresentar no seu local de trabalho, ele passa a levar a jovem em seus shows. Ele, que tem alcoolismo, passa a se relacionar romanticamente com Ally, que, aos poucos, se torna uma estrela.

“Nasce Uma Estrela” aborda temas como o já relatado alcoolismo, além de depressão, suicídio e dificuldades para entrar e permanecer no meio musical. O filme conquistou a estatueta de melhor canção original, com Shallow.

Johnny & June (2005)

Johnny Cash e June Carter, representados por Joaquim Phoenix e Reese Witherspoon, fazem o brilhante casal do cenário country dos Estados Unidos. Ele, tido como badboy, e em um caminho que o conduziria à destruição, encontra em June sua salvação.

“Johnny & June” é um filme sobre a vida de Johnny e como conhecer e amar June salvou sua vida pessoal e artística. Dramas como vício em drogas, relação com o cristianismo e o apelido “O Homem de Preto”, de Johnny, realçam a biografia do casal, que ainda em vida, escolheram os atores que os interpretaram. Infelizmente, ambos morreram antes do filme ser concluído.

Dois Filhos de Francisco (2005)

A história da dupla sertaneja Zezé di Camargo e Luciano foi contada nas telonas pela figura de seu pai, Francisco Camargo (Ângelo Antônio), que deposita todas as fichas — também literalmente — no talento e sucesso de seus dois filhos. Entre idas e vindas, o filme mostra a infância sofrida, o esforço para aflorar o talento do filho mais velho, Zezé, cujo nome verdadeiro é Mirosmar, e a conquista do primeiro hit, “É o Amor”.

“Dois Filhos de Francisco” mostra a dureza da vida nos sertões do Brasil, os limites e esforços de um pai, a fase de aprendizado musical, mesmo que na marra, e como a música tem o poder de transformar vidas. A partir disso, o filme mostra a realidade de muitos que veem nessa arte uma forma de conquistar um futuro.

Viva: a Vida é uma Festa (2017)

A animação da Pixar “Viva: a Vida é uma Festa” conta a história de Miguel, menino mexicano de 12 anos, que sonha em ser um músico famoso. O problema é que sua família desaprova, por motivos desconhecidos pelo garoto.

Inspirado nas celebrações do Dia dos Mortos, data festiva do país, o filme mostra, através da música, as diferentes tradições culturais sobre como lidar com a morte e espiritualidade, temas que podem aparecer de diversas formas nos vestibulares.

O Som do Silêncio (2020)

Um baterista em um ótimo momento na vida, tocando em um duo com sua namorada, até que ele percebe uma perda auditiva e fica totalmente surdo, de forma definitiva, em poucos dias. Todo o trabalho de sonoplastia de “O Som do Silêncio” passa a focar nos ruídos e sons ao redor, trazendo um tom realista a história, além de aumentar a carga de dramaticidade.

Ao mostrar a percepção de Ruben (Riz Ahmed) em relação aos sons próximos e alternar com os sons do ambiente, o filme dá seu tom, que aos poucos passa a mensagem de que a surdez não exige concerto, mas sim uma compreensão dessa nova condição, no caso do personagem.

Hamilton (2020)

Inspirado no musical homônimo sucesso absoluto da Broadway, “Hamilton” conta a história de um dos fundadores dos Estados Unidos, Alexander Hamilton, primeiro secretário de tesouro do país. O filme inova por ser uma gravação — pensada para o cinema — da peça, no teatro, algo pioneiro que une as duas artes.

Lin-Manuel Miranda, autor das músicas, letras e livreto sobre o filme, resume a obra em como “a América de agora conta a história da América de antes”, o que justifica a escalação de pessoas negras para interpretar pessoas brancas, usando da voz e potência da obra para mudar um pouco os olhares e histórias.

Ray (2005)

Jamie Foxx foi o ator escolhido para dar vida a Ray Charles nos cinemas. O cantor ficou cego aos sete anos, pouco tempo depois de ver seu irmão mais novo falecer de forma acidental. Com a ajuda de sua mãe, Ray se encontra no teclado, que o leva a fama internacional, criando músicas que combinam country, jazz, gospel, rock and roll e soul.

“Ray” mostra como o músico enfrenta a segregação racial dos anos 50 nos Estados Unidos, além do seu vício em heroína, o que o afastou de sua esposa e dois filhos. A atuação de Jamie rendeu ao ator o Oscar de melhor ator daquele ano.

Elvis (2022)

20 anos de carreira entre as décadas de 50 e 70 que refletem o poder de Elvis Presley no imaginário estadunidense até hoje. Um dos maiores ícones culturais do país, mesmo 45 anos após sua morte, é representado na cinebiografia que leva seu nome. O filme tem como “vilão” o “coronel” Tom Parker, seu empresário, acusado de ser manipulador e ter se aproveitado de Elvis em diversos momentos da carreira.

Ao escolher mostrar toda a carreira do astro, até sua morte, aos 45 anos, “Elvis” acaba deixando o filme mais raso do que ele poderia ser, mas que permite explorar a imagem do artista e sua importância para o país e a música de forma entusiasta e correta. 

Cazuza: o Tempo Não Para (2004)

Do início da carreira como vocalista do Barão Vermelho, até seus últimos dias de vida, se apresentando mesmo debilitado pela Aids, “Cazuza: o Tempo Não Para” foi uma grande referência de filmes biográficos nacionais inspirados em cantores. Sua morte precoce, aos 32 anos, trajetória explosiva como artista e voz de uma geração e lutas expostas tornam-o um ótimo personagem para as telas.

O filme serve de inspiração para abordar temas como a evolução no tratamento da Aids, homossexualidade e transgressão política, além da questão da imagem pública e pessoal, algo que se misturava na vida do cantor.

Whiplash (2014)

“Whiplash” acompanha Andrew Neiman (Miles Teller), estudante promissor de bateria que quer ser um grande músico de jazz. Ao entrar em um conservatório, encontra Terence Fletcher (J.K. Simmons), extremamente exigente, procurando por músicos para a banda da escola.

Com performances arrebatadoras e aulas profundas de música, “Whiplash” vai fundo em questões como a importância da disciplina e aprofundamento teórico da música e os limites entre uma educação rígida e abusiva psicologicamente falando.

João, o Maestro (2017)

Baseado na carreira de João Carlos Martins, vivido por Alexandre Nero, “João, O Maestro” mostra sua vida desde quando era considerado um prodígio, ainda criança, no piano, até sofrer uma paralisia que o impedia de tocar. 

Assim, o filme retrata suas lutas para seguir tocando, mesmo com as complicações que surgem conforme o tempo. O filme é solene com João, tratando-o com o requinte da música clássica. Mas as reflexões de um personagem brasileiro, em uma atmosfera tão incomum para a maior parte da população, podem trazer um bom contexto para redações e temas diversos.

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