Filósofos brasileiros: veja 17 pensadores que você precisa conhecer

Filósofos brasileiros: veja 17 pensadores que você precisa conhecer

O Estratégia Vestibulares preparou uma lista com os principais filósofos brasileiros para você estudar e conhecer suas trajetórias. Confira abaixo quais são!

Hoje comemora-se o Dia do Filósofo no Brasil. A Filosofia é um campo científico que debate temas como a existência, a verdade, o saber, a humanidade e a sociedade em si. A definição original do termo é atribuída a Pitágoras: “amor pela sabedoria, experimentado apenas pelo ser humano consciente de sua própria ignorância”.

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O trabalho de um filósofo é teorizar soluções para problemas cotidianos, aprimorar o campo de visão de pessoas sobre fatos e ideias e mostrar pontos que podem ser inconsistentes do que é tido como senso comum. Para comemorar a data, o Estratégia Vestibulares preparou uma lista com 19 filósofos brasileiros para você conhecer. Vamos lá?

Sueli Carneiro

Além de filósofa, Sueli Carneiro é ativista antirracismo do movimento social negro e escritora. Nascida em São Paulo, em 1950, é fundadora do Geledés — Instituto da Mulher Negra, organização feminista e negra independente.

É considerada uma das pessoas mais relevantes do feminismo negro no mundo, com prêmios nacionais e internacionais conquistados. Dentre suas publicações temos “Racismo, Sexismo e Desigualdade no Brasil”, “A Cor do Preconceito” e “Escritos de uma Vida”.

Mario Sergio Cortella

Palestrante e autor de diversos livros, Mario Sergio Cortella nasceu em Londrina e tem também doutorado em Educação, com orientação de Paulo Freire, maior expoente brasileiro do assunto. Foi Secretário Municipal de Educação de São Paulo entre 1991 e 1992, no mandato de Luiza Erundina.

Aborda temas como felicidade, educação, religião, ética e poder em suas publicações e palestras. É autor do Best Seller “Por que Fazemos o que Fazemos?” e de mais dezenas de livros como “Pensar Bem Nos Faz Bem” e “Felicidade: Modos de Usar”, escrito com outros dois citados da lista: Luiz Felipe Pondé e Leandro Karnal.

Carlos Nelson Coutinho

Carioca, Carlos Nelson Coutinho é reconhecido como um dos maiores especialistas no pensamento de Antonio Gramsci, filósofo italiano marxista do início do século XX. Ao longo de sua atuação na Filosofia, Coutinho abordou as lutas sociais do povo brasileiro, em análises históricas e reflexões.

Escreveu livros como “Cultura e Sociedade no Brasil” e “O Estruturalismo e a Miséria da Razão”. Coutinho faleceu em 2012, meses após receber o título de professor emérito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), instituição em que trabalhou por quase três décadas.

Marilena Chauí

Marilena Chauí é mais uma filósofa que exerceu cargo como secretária no governo de Luiza Erundina na capital paulista, assumindo a pasta de Cultura. É professora emérita da Universidade de São Paulo (USP), instituição em que ingressou como professora em 1987.

Ao longo de sua carreira, venceu três prêmios Jabuti, com os livros “A Nervura do Real” — I e II — e “Convite à Filosofia”, além de ter o título de Doctor Honoris Causa de cinco universidades, três delas internacionais. É crítica do que chama de “autoritarismo social” do país, que ela caracteriza como a relação de hierarquização em que um superior comanda e inferiores obedecem.

Leandro Konder

Também professor da UFRJ, Leandro Konder atuou como advogado antes do período da Ditadura Militar do país. Forçado a sair do Brasil, foi para a Alemanha e França, antes de assumir o cargo de professor no departamento de História da Universidade Federal Fluminense (UFF).

Foi um dos principais divulgadores do marxismo no Brasil e tem 26 livros publicados, dentre eles “A Derrota da Dialética” e “Walter Benjamin — O Marxismo da Melancolia”, além de coordenar a coleção “Marxismo e Literatura”, da editora Boitempo. Morreu em 2014, aos 78 anos.

Vladimir Safatle

Nascido no Chile, Vladimir Safatle é filho de brasileiros e veio ao país ainda bebê, em decorrência da ascensão de Augusto Pinochet ao poder. Atualmente é professor no departamento de Filosofia da USP, universidade em que ingressou como graduando e saiu como mestre, sob orientação de Bento Prado Júnior, outro citado dessa lista.

Foi colunista do jornal Folha de S. Paulo e atualmente escreve para a revista CULT e para o El País, além de ser compositor premiado por trilhas sonoras para peças de teatro. Suas obras têm influências de grandes autores como Hegel, Adorno, Marx e Lacan.

Leandro Karnal

Conhecido por seus livros e programas televisivos, Leandro Karnal nasceu em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul e se mudou para São Paulo aos 24 anos, onde iniciou sua carreira como professor.

Colaborou na curadoria do Museu da Língua Portuguesa, é membro da Academia Paulista de Letras e atualmente apresenta o talk show CNN Tonight. Escreveu livros como “A Coragem da Esperança”, “O Inferno Somos Nós” e “Todos Contra Todos: O Ódio Nosso de Cada Dia”.

Djamila Ribeiro

Djamila Ribeiro é nascida em Santos e conhecida por sua atuação como ativista do movimento negro e feminista no país, além de ser colunista da Folha e recém eleita para a Academia Paulista de Letras.

Djamila está entre as 100 pessoas mais influentes do mundo abaixo de 40 anos, segundo a ONU, é conselheira do Instituto Vladimir Herzog e foi escolhida como “personalidade do amanhã” pelo governo francês em 2019. Dentre suas obras estão “Quem Tem Medo do Feminismo Negro?” e “Pequeno Manual Antirracista”.

Raimundo de Farias Brito

Cearense da cidade de São Benedito, Raimundo de Farias Brito nasceu em 1862 e é um dos nomes mais velhos da lista. Formou-se em Direito em Recife e, após atuar como promotor e secretário no governo do seu estado, mudou-se para Belém, onde lecionou Direito antes de mudar-se para o Rio de Janeiro, em 1909.

De caráter conservador, Farias Brito era crítico da Revolução Francesa, do individualismo, do liberalismo, do socialismo e da democracia. Ainda sim, defendia que a sociedade deveria assegurar a “fácil conquista do pão”. Religioso, era adepto do catolicismo, tendo o espiritualismo como escola filosófica. Morreu em 1917, aos 54 anos.

Bento Prado Júnior

Bento Prado Júnior nasceu em Jaú, no interior paulista, e é conhecido como um dos principais organizadores do estudo de Filosofia do país. Foi, além de filósofo, escritor, professor, crítico literário, tradutor e poeta.

Em 1969 o então professor da USP foi aposentado compulsoriamente pelo governo ditatorial e se auto exilou na França, onde ficou até o final dos anos 70, para lecionar na Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo e, posteriormente, na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Escreveu livros como “Erro, Ilusão, Loucura”, e  “Filosofia da Psicanálise”.

Silvio Gallo

Expoente da pedagogia libertária e Filosofia da Educação, Silvio Gallo nasceu em 1963, em Campinas, interior de São Paulo. É professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), onde atua desde 1996, além de ser membro de diversas associações científicas da área no mundo.

Silvio recebeu duas vezes o prêmio Jabuti pelo livro “Metodologia do Ensino de Filosofia” e pela organização da obra coletiva “Ética e Cidadania — Caminhos da Filosofia”. Sua base de estudos é a filosofia francesa contemporânea e conexões com a área da educação.

Márcia Tiburi

Nascida em 1970 na cidade de Vacaria, no Rio Grande do Sul, Márcia Tiburi trabalhou na televisão e foi candidata ao governo do Rio de Janeiro em 2018, pelo Partido dos Trabalhadores (PT). É, além de filósofa, artista plástica, professora, escritora e política.

Está auto exilada na França, após sofrer ameaças de morte em 2018, logo após as eleições. Dentre as obras publicadas, destacam-se “Complexo de Vira-Lata: Análise da Humilhação Brasileira”, “Filosofia pop” e “Feminismo em Comum: Para Todas, Todes e Todos”.

Ailton Krenak

Ailton Krenak é um líder indígena da etnia crenaque, nascido em 1953, no estado de Minas Gerais. É também poeta, escritor e ambientalista, sendo considerado uma das maiores lideranças do movimento indígena no Brasil, com reconhecimento internacional.

Seu discurso mais marcante foi na Assembleia Nacional Constituinte, em 1987, em que pintou o rosto com tinta preta e protestou contra o retrocesso na luta pelos direitos dos índios brasileiros. Dentre suas obras estão “Ideias Para Adiar o Fim do Mundo”, “A Vida Não é Útil” e “O Amanhã Não Está à Venda”.

Renato Noguera

Renato Noguera nasceu em 1972, no Rio de Janeiro e atualmente é professor na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Suas pesquisas são voltadas para estudos afro-brasileiros, africanos e indígenas, com base nos conteúdos obrigatórios de História para alunos do 1º ao 5º ano do ensino Fundamental.

É autor da coleção Nana & Nilo, livros de literatura infantil com temática afro-brasileira e africana. É autor de livros como “O Samba e a Filosofia”, “O Ensino de Filosofia e a Lei” e “Mulheres e Deusas: Como as Divindades e os Mitos Femininos Formaram a Mulher Atual”.

Clóvis de Barros Filho

Nascido em 1966 na cidade de Ribeirão Preto, no interior paulista, Clóvis de Barros Filho é também jornalista, palestrante, professor e formado em Direito. É pesquisador e consultor de ética da UNESCO, agência especializada da ONU para Educação, Ciência e Cultura.

É, atualmente, professor na área de ética na USP e escreveu obras como “Felicidade ou Morte”, com Leandro Karnal, “O que Move as Paixões”, com Luiz Felipe Pondé e “Ética e Vergonha na Cara!”, com Mario Sergio Cortella.

Viviane Mosé

Viviane Mosé nasceu em 1964, em Vitória, no Espírito Santo. É psicóloga, psicanalista, poetisa, palestrante e especialista em políticas públicas. Entre os anos 2005 e 2006 apresentou o quadro “Ser ou não Ser”, no Fantástico, em que abordava Filosofia de forma cotidiana e com linguagem informal.

Radicada no Rio de Janeiro, Viviane tem obras de poesia, Filosofia e psicanálise, tendo Nietzsche como grande influência em suas obras. Escreveu “Assim Falou Nietzsche”, “A Escola e os Desafios Contemporâneos” e “O Homem Que Sabe”, dentre outros.

Luiz Felipe Pondé

Recifense, Luiz Felipe Pondé nasceu em 1959 e é palestrante, escritor, professor e, claro, filósofo. É colunista da Folha e trabalha com educação, lecionando e coordenando cursos em instituições privadas da capital paulista como a PUC e a Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP).

Com fortes influências de Nietzsche e do existencialismo, Pondé se diz liberal-conservador, englobando autores como Edmund Burke, David Hume e Adam Smith. Escreveu “Marketing Existencial”, “Amor para Corajosos” e “Felicidade: Modos de Usar”, com Mario Sergio Cortella e Leandro Karnal.

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