A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood anunciou no dia 23 de janeiro os dez indicados ao Oscar 2025. Na lista de indicações para Melhor Filme deste ano, estão: “Conclave”, “O Brutalista”, “Anora”, “Wicked”, “Emilia Pérez”, “Duna: Parte 2”, “Nickel Boys”, “A Substância”, “Um Completo Desconhecido” e o brasileiro “Ainda Estou Aqui”.
A 97ª cerimônia do Oscar acontece no dia 02 de março e terá o comediante Conan O’Brien como apresentador principal. Além disso, segundo a Academia, como de costume, os vencedores das categorias de atuação do ano passado serão os responsáveis por apresentar esses mesmos prêmios na cerimônia deste ano.
O Portal Estratégia Vestibulares listou os dez filmes indicados na categoria mais importante da premiação, seus temas e como eles podem ser explorados em uma redação ou pelos vestibulares em si nos próximos anos. Prepare a pipoca e vamos lá!
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Anora
O filme, dirigido por Sean Baker, é uma comédia dramática dividida em duas partes que acompanha Anora (Mikey Madison), uma stripper e prostituta do Brooklyn que trabalha em Brighton Beach, em Nova York.
Na primeira parte, é mostrado o envolvimento de Anora com Ivan (Mark Eydelshteyn), o filho de um oligarca russo bilionário, com quem cria um relacionamento: eles tornam-se namorados, noivos e casados em menos de duas semanas.
Já na segunda parte, a vida de recém-casada da protagonista se complica quando a família de Ivan descobre o casamento. Determinados a anular a união e proteger a fortuna do herdeiro, os parentes do jovem entram em cena, dispostos a tudo para afastá-la. Assim, Anora se vê envolvida em um jogo perigoso de interesses, manipulações e conflitos entre classes sociais.
A obra pode ser usada em redações para abordar temas como desigualdade social, mobilidade econômica, estereótipos de gêneros, feminismo, misoginia, conflito de classes, sonho americano (ou “american dream” em inglês) e a mulher como produto.
O Brutalista
Dirigido por Brady Corbet, “O Brutalista” narra a história de László Toth (Adrien Brody), um arquiteto húngaro, e sua esposa Erzsébet (Felicity Jones) após deixarem a Europa devastada pela Segunda Guerra Mundial em busca de um recomeço nos Estados Unidos.
Chegando ao país como imigrantes, eles enfrentam dificuldades financeiras e preconceitos, mas László, determinado a estabelecer sua carreira, chama a atenção de um misterioso e influente magnata. O homem lhe oferece um projeto ambicioso e financeiramente tentador, que o arquiteto aceita sem questionar.
O que parecia ser a grande chance de sua vida logo se transforma em um dilema moral, à medida que ele descobre as verdadeiras intenções por trás da encomenda e o preço emocional que sua família terá que pagar.
Com uma duração de 3 horas e 33 minutos, o filme é dividido em duas partes, e, de acordo com a Universal Pictures, as sessões nos cinemas brasileiros incluirão um intervalo de 15 minutos após cerca de 1h40 de projeção.
O filme pode ser utilizado em redações para abordar temas como imigração, sonho americano (ou american dream, em inglês), ética profissional, dilemas morais, sacrifícios pessoais, identidade e pertencimento, o custo do sucesso e a arquitetura como reflexo da sociedade.
Um Completo Desconhecido
“Um Completo Desconhecido”, dirigido por James Mangold, é uma biografia do cantor Bob Dylan. O filme se passa em 1961 e acompanha o até então desconhecido Dylan, que, aos 19 anos, chega a Nova Iorque em busca da sua ascensão no mundo da música.
A obra pode ser citada em redações que exploram temas como arte, música, cultura, transformação social e resistência.
Conclave
Dirigido por Edward Berger e baseado no best-seller de Robert Harris, Conclave é um thriller político ambientado no Vaticano. A trama acompanha o cardeal Lawrence (Ralph Fiennes), um homem íntegro e experiente, que recebe a difícil missão de organizar o conclave para eleger um novo Papa após a morte repentina do Santo Padre.
No confinamento da Capela Sistina, 118 cardeais de diferentes origens e interesses disputam o poder, revelando ambições ocultas, alianças inesperadas e segredos que podem abalar a Igreja Católica.
Enquanto Lawrence tenta manter a ordem e garantir uma eleição justa, ele descobre uma série de conspirações que colocam em xeque não apenas a escolha do novo pontífice, mas também a própria fé e integridade da Igreja. O filme pode ser usado nas redações para retratar temas como política, corrupção, poder, ética, religião e outros dilemas morais.
Duna: Parte 2
O filme, baseado no livro homônimo de Frank Herbert, é dirigido por Denis Villeneuve e dá continuidade à jornada de Paul Atreides, interpretado por Timothée Chalamet, no desértico planeta Arrakis, após os eventos do primeiro filme.
Refugiado entre os Fremen após a traição que levou à queda de sua família, Paul abraça seu destino e se aprofunda nos costumes desse povo guerreiro, ao lado de Chani (Zendaya).
Enquanto aprimora suas habilidades de combate e adota a cultura do deserto, ele se prepara para vingar sua família e desafiar o Império e os brutais Harkonnen, liderados pelo Barão Vladimir (Stellan Skarsgård) e por Feyd-Rautha (Austin Butler).
A batalha pelo controle de Arrakis se intensifica quando Paul decide reivindicar seu papel como Muad’Dib e desafiar a opressão do Imperador Shaddam IV (Christopher Walken), que teme seu crescente poder.
Pode-se usar Duna: Parte 2 nas redações ao abordar temas como poder, colonialismo, fanatismo, destino vs livre-arbítrio, política, autoritarismo, impactos da guerra e conflitos por recursos.
Emilia Pérez
“Emilia Pérez”, dirigido por Jacques Audiard, é um drama musical e tem como pano de fundo os cartéis de drogas do México. A trama segue Rita (Zoe Saldaña), uma advogada que recebe a proposta de ajudar Manitas Del Monte (Karla Sofía Gascón), um dos chefes mais temidos do narcotráfico, a desaparecer do mundo do crime. Mas o pedido vai além do esperado, ele deseja concretizar seu maior sonho: completar sua transição de gênero e viver como Emilia Pérez.
Apesar de abordar temas importantes como a guerra contra o narcotráfico no México e dar visibilidade à comunidade transexual, o filme possui diversas polêmicas. Uma delas é a falta de atores mexicanos no elenco, composto basicamente por americanos e espanhóis.
Ainda Estou Aqui
Baseado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, o filme dirigido por Walter Salles é ambientado no início dos anos 1970, durante o endurecimento da ditadura militar no Brasil. A obra acompanha a família Paiva: o pai, Rubens (Selton Mello), a mãe, Eunice, e seus cinco filhos.
A narrativa se aprofunda após o desaparecimento de Rubens, um ex-deputado cassado após o golpe de 1964, sequestrado pelo regime militar e nunca mais visto. Eunice, interpretada por Fernanda Torres e Fernanda Montenegro em diferentes fases da vida, precisa se reinventar para cuidar de si mesma e dos filhos, enfrentando os desafios impostos pela ditadura militar.
Vale comentar que Eunice Paiva, símbolo da resistência e luta pelos direitos humanos no Brasil, se formou em Direito aos 47 anos e, além de se tornar uma advogada respeitada, foi uma das poucas a se especializar em Direito Indígena no país.
O filme pode ser usado em redações que abordam temas como repressão política, violação de direitos humanos, luta por justiça, os impactos da ditadura militar na sociedade brasileira, a importância da memória histórica e o papel da mulher na luta por direitos civis.
Nickel Boys
“Nickel Boys” é baseado no romance homônimo vencedor do Prêmio Pulitzer de Colson Whitehead e dirigido por RaMell Ross. A história se passa nos anos 1960 e acompanha Elwood (Ethan Herisse) e Turner (Brandon Wilson), dois jovens afro-americanos que acabam confinados em um reformatório na Flórida durante a era das leis segregacionistas de Jim Crow.
No ambiente hostil da instituição, a amizade entre eles se torna um abrigo contra a brutalidade cotidiana. Enquanto Elwood, influenciado pelos ideais de Martin Luther King Jr., acredita na justiça e na possibilidade de mudança, Turner enxerga o mundo de forma mais dura e tenta ensinar ao amigo como agir para sobreviver.
Entre os abusos do sistema e as promessas de transformação do Movimento pelos Direitos Civis, Nickel Boys constrói um retrato visceral de um país marcado pela opressão racial, evidenciando as cicatrizes que ainda persistem na sociedade contemporânea.
A obra pode ser usada para discutir temas como racismo, segregação racial, violência institucional, desigualdade social, a luta pelos direitos civis e traumas históricos e suas consequências na sociedade atual.
A Substância
O filme de body horror, dirigido por Coralie Fargeat, acompanha Elisabeth Sparkle (Demi Moore), uma ex-estrela de cinema que, após décadas sob os holofotes, é descartada pelo canal que ajudou a construir, para ser substituída por alguém mais jovem e considerada “mais bonita”.
Desesperada para recuperar sua posição e juventude, Elisabeth descobre um produto revolucionário chamado “A Substância”, uma fórmula secreta que promete rejuvenescer o corpo e restaurar a aparência da juventude.
Após usá-lo, Elisabeth dá vida a Sue (Margaret Qualley), uma “versão mais jovem e perfeita” dela mesma. No entanto, esse milagre vem com um preço alto, levando a uma transformação grotesca e perturbadora.
A narrativa pode ser usada em redações para abordar temas relacionados à pressão estética imposta para as mulheres, padrões de beleza, a obsessão pela juventude na sociedade contemporânea e a desigualdade de gênero no trabalho, principalmente na indústria cinematográfica.
Wicked
Wicked, dirigido por Jon M. Chu, é a adaptação cinematográfica do musical da Broadway, que por sua vez é baseado no livro homônimo de Gregory Maguire. A história se passa no mundo de Oz e oferece uma visão alternativa da famosa história de “O Mágico de Oz”, centrando-se nas figuras das bruxas de Oz, especificamente a “Bruxa Má do Oeste” e a “Bruxa Boa do Norte”.
O filme segue a relação entre Elphaba, interpretada por Cynthia Erivo, e Glinda, por Ariana Grande, duas jovens que estudam na Universidade de Shiz. Elphaba, a bruxa verde, é inicialmente incompreendida e rejeitada por sua aparência e poderes, enquanto Glinda é popular, loira e alegre, sendo vista como a “bruxa boa”.
Apesar das diferenças, as duas desenvolvem uma amizade profunda, que é testada por suas visões políticas e pessoais. Elphaba, então, descobre a verdadeira natureza do poder do Mágico de Oz e a corrupção que permeia o governo, o que a leva a questionar seu papel na sociedade e os limites da moralidade.
A obra aborda a dualidade e o conceito do bem e do mal, a relatividade moral, a construção do “inimigo”, as nuances da personalidade humana, os estereótipos, o preconceito, o poder e a corrupção.
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