Desenvolver medidas que se encaixam em todas as sociedades de forma global não é fácil. São muitas as particularidades de uma região do mundo para a outra, o que dificulta uma leitura única sobre um ponto. Por conta da necessidade de se obter parâmetros de comparação, surgiram vários indicadores socioeconômicos usados no nosso cotidiano.
Eles se relacionam com vários aspectos da nossa vida: cultura, saúde, educação, economia, desenvolvimento e suas intersecções. Um índice econômico puro, por exemplo, nem sempre vai indicar ou refletir algo que acontece de fato em uma sociedade, mas não deixa de trazer um indício ou um problema para se resolver enquanto estado.
O Estratégia Vestibulares preparou um artigo sobre os principais indicadores socioeconômicos existentes a nível nacional e internacional e como eles são aplicados, além de quais são as suas bases de dados. Vamos lá?
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Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) foi elaborado pela Organização das Nações Unidas (ONU) nos anos 90, com o objetivo de captar dados sobre o desenvolvimento social dos países, ultrapassando índices estritamente econômicos. Nesse sentido, alguns pontos são levados em conta: renda bruta per capita, acesso à educação e expectativa de vida.
Para medir o acesso à educação, o índice leva em conta as matrículas, escolaridade e taxas de alfabetização. O Brasil atualmente — divulgado em 2020 — ocupa a posição 84º no IDH global, atrás dos vizinhos Chile, Uruguai, Peru, Argentina e Colômbia. Veja o top 10 e o Brasil:
Noruega (1) – 0,957;
Suíça (2) – 0,955;
Irlanda (2) – 0,955;
Hong Kong (4) – 0,949;
Islândia (4) – 0,949;
Alemanha (6) – 0,947;
Suécia (7) – 0,945;
Austrália (8) – 0,944;
Holanda (8) – 0,944;
Dinamarca (10) – 0,940; e
Brasil (84) – 0,765.
Produto Interno Bruto (PIB)
O PIB é um dos índices mais importantes do mundo. Ele mede a riqueza produzida pelo país, com base em todas as suas atividades econômicas. Tudo o que foi consumido e produzido, diretamente ou indiretamente, é contabilizado.
O Produto Interno Bruto indica como o mercado local está em relação ao ano anterior e sua série histórica, atraindo investimentos, se desenvolvendo economicamente e como o consumo se dá nesse tempo. Uma conta muito comum é dividir o valor total do PIB pelo número de habitantes do país para se saber qual é o PIB per capita do local.
Além disso, é utilizado como referência para gastos de verbas públicas. Países costumam usar o índice para apontar porcentagens que serão investidas em setores diversos. Por exemplo: “Brasil gasta 6% do PIB em educação, mas desempenho escolar é ruim”.
Produto Nacional Bruto (PNB)
Um índice próximo ao PIB é o Produto Nacional Bruto (PNB), que mede a quantidade de bens e serviços produzidos pelos cidadãos de um país, dentro ou fora dos seus limites territoriais.
A diferença entre os dois índices está nos rendimentos líquidos do exterior, ou seja, nas situações em que há discrepâncias entre os critérios classificatórios. Exemplo: a nacionalidade da produção ou do serviço não coincide com o território em que foram feitos, como em investimentos diretos estrangeiros.
Coeficiente de Gini
Também chamado apenas de Gini, o coeficiente de leva o nome de seu criador, o estatístico italiano Corrado Gini. A medida busca identificar a desigualdade de renda de um país, mostrando a distância entre a renda dos ricos e pobres do local.
A escala é medida de 0 a 1, em que 0 representaria uma sociedade totalmente igualitária e 1, uma sociedade em que apenas uma pessoa possui riquezas. O coeficiente, portanto, mostra a distribuição da riqueza, não apenas sua produção, como acontece com o PIB.
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)
Criado e medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA mede a variação de preço de diversos itens, considerados essenciais, na vida dos brasileiros.
Dessa variação surge a inflação, balizador econômico do país no mercado financeiro, principalmente na alta do salário mínimo, que é anual. Com base nesse dado, é possível dizer a situação do país perante a economia e fazer projeções para o futuro.
Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB)
O IDEB foi criado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), para medir o desempenho dos estudantes no nível fundamental e médio, possibilitando estabelecer metas a serem alcançadas pelas escolas.
O índice é feito a partir de exames que são aplicados pelo Inep e a taxa de rendimento escolar, ou seja, a aprovação. Essas avaliações são a Prova Brasil, para escolas e municípios e o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb).
Outros indicadores socioeconômicos
- Taxa de mortalidade infantil: número de crianças que morrem antes de completar um ano de vida. Usado para medir os cuidados do país com recém-nascidos no que tange a saúde;
- Expectativa de vida: número médio de anos que as pessoas de um determinado país podem esperar viver. Em teoria, quanto maior a expectativa de vida, melhores são as condições de vida daquela população;
- Taxa de analfabetismo: número de pessoas que não sabem ler nem escrever, indicando, em números absolutos, como o país trata a educação básica como um todo;
- Segurança alimentar: mede a qualidade da alimentação de uma população. No Brasil, é um índice desenvolvido pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), que verifica pessoas com fome, em situações de insegurança alimentar e seguros no quesito;
Censo do IBGE
O Censo é um levantamento feito pelo IBGE, sendo realizado a cada dez anos. São diversos dados coletados, passando em todos os domicílios do Brasil. Por ele é possível delimitar uma série de informações pertinentes para ações do estado.
Dentre os dados levantados estão: índice de trabalho infantil; nupcialidade fecundidade e migração; educação e deslocamento; trabalho e rendimento; tamanho da população e outras características como religião, sexo, cor ou raça.
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