Como surgiu o Enem e os vestibulares no Brasil?

Como surgiu o Enem e os vestibulares no Brasil?

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No Brasil, o Enem é uma das formas de ingresso em instituições de Ensino Superior mais conhecidas e usadas pelos estudantes. Além disso, muitos alunos optam por realizar os vestibulares aplicados pelas próprias universidades. 

Um exemplo é a Fuvest, o vestibular da Universidade de São Paulo (USP), que contabiliza mais de 100 mil inscritos anualmente. Já o Enem é considerado o segundo maior processo seletivo do mundo, ficando atrás apenas do  Gaokao, um exame de admissão do Ensino Superior da República Popular da China.

Pensando nisso, o Portal Estratégia Vestibulares preparou este artigo que conta mais sobre o surgimento do Enem e dos vestibulares do Brasil, mudanças de formatação, disciplinas cobradas e leis que regulamentam esse acesso.

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O que é o vestibular?

A palavra vestibular vem do latim vestibulum, que significa entrada e era usado com a expressão “exame vestibular”, ou seja, exame de entrada, para designar processos seletivos que possibilitam a entrada em instituições de ensino, recrutamento e admissão.

A inspiração para a criação do vestibular brasileiro surgiu com o Baccalauréat, um exame aplicado ao fim do Ensino Médio, criado na França por Napoleão Bonaparte em 1808. O mesmo possibilitou que estudantes ingressassem em faculdades após a realização e aprovação nas provas.

Após o surgimento do ensino secundário e a reorganização do Ensino Superior brasileiro, em 1915, o termo vestibular passou a ser usado para denominar os exames admissionais e provas que selecionam estudantes para ingresso em cursos de graduação.

Como surgiu o vestibular no Brasil?

A Escola de Cirurgia da Bahia, fundada em 1808, foi o primeiro curso superior do Brasil e selecionou estudantes acima de 16 anos que tivessem sido aprovados em exames preparatórios. Já em 1827, instituições como as faculdades de Direito de São Paulo e de Olinda, utilizavam um sistema de seleção parecido, ainda que não fosse regulamentado pelo governo.

Em 1911, o Ministro da Justiça e dos Negócios, Rivadávia da Cunha Corrêa, instituiu o vestibular no Brasil, inspirado no modelo francês citado anteriormente. Nesta época, as provas eram aplicadas de forma escrita e oral, e contavam com questões de disciplinas como Língua Portuguesa, Língua Estrangeira, Ciências (Matemática, Física e Química), além de conteúdos do primeiro ano de faculdade.  

Anteriormente, em meados dos anos 60, as universidades federais realizavam provas no mesmo dia, o que impossibilitava os estudantes de concorrerem a mais de uma instituição. Ainda nesta época, algumas universidades adaptaram-se para o vestibular unificado, em que os candidatos efetuavam um único processo seletivo para diversas faculdades.

Com a criação da Lei de Diretrizes e Bases (LDB), que estabelecia as diretrizes e bases da educação nacional do Brasil, os cursos de grau médio poderiam garantir acesso ao Ensino Superior. Dessa maneira, surgiram os cursos pré-vestibulares e a demanda de estudantes e o número de universidades particulares aumentou consideravelmente.

Já em 1970, foi criada a Comissão Nacional do Vestibular Unificado (CONSEVU), que regulamentava e organizava este sistema de admissão em todo o Brasil. Com isso, os processos seletivos eram marcados em datas distintas e o conteúdo das provas era voltado somente para as disciplinas aprendidas ao longo do Ensino Médio.

Ainda que cada universidade tenha a opção de aplicar os processos seletivos da maneira que optar, os processos seletivos passaram por diversas mudanças e modelos que são aplicados até os dias atuais. Em 1966, os vestibulares passaram a ser estabelecidos conforme os critérios, escolhas e modalidades de cada instituição, e alguns anos após houve a criação do Enem.

Como surgiu o Enem?

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) surgiu em 1998, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, e idealizado pelo ministro da Educação, Paulo Renato Souza. O modelo foi inicialmente usado como uma forma de avaliar a qualidade de ensino do País, e foi somente em 2009, após a reformulação do exame, que a prova passou a ser usada como uma forma de ingresso em instituições de Ensino Superior.

Atualmente, o Enem é aplicado em dois domingos consecutivos e conta com 180 questões de múltipla escolha e uma redação. No primeiro dia, os candidatos respondem questões de múltipla escolha de Ciências Humanas e Linguagens e Códigos. Já no segundo dia, são questões de Ciências da Natureza e Matemática.

Porém, a partir de 2024, seguindo a reformulação do Ensino Médio, o Enem mudará o seu formato atual. Após isso, o exame será dividido em duas etapas, sendo a primeira voltada aos dos conhecimentos gerais, de acordo com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), e a segunda considerando os Itinerários Formativos do Novo Ensino Médio.

A primeira etapa será interdisciplinar e obrigatória. Já na segunda, o estudante deverá escolher as provas conforme o Itinerário Formativo que realizou durante o Ensino Médio. 

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