Geoffrey Everest Hinton nasceu em Londres, Inglaterra, em 6 de dezembro de 1947. É um psicólogo cognitivo e cientista da computação britânico-canadense, mundialmente conhecido como o “Padrinho da Inteligência Artificial”. Professor Emérito da Universidade de Toronto e ex-pesquisador e vice-presidente do Google, Hinton tem uma trajetória marcada pela persistência. Durante décadas, ele continuou a pesquisar Redes Neurais Artificiais num período em que a comunidade científica havia abandonado essa abordagem (o chamado “Inverno da IA”). Seu trabalho foi reconhecido com as maiores honrarias possíveis: recebeu o Prêmio Turing em 2018 (o “Nobel da Computação”) e o Prêmio Nobel de Física em 2024, compartilhado com John Hopfield, pelas descobertas fundamentais que permitiram o aprendizado de máquina com redes neurais artificiais.
Principais Realizações e Impacto
A contribuição central de Geoffrey Hinton foi provar que computadores poderiam aprender de forma semelhante ao cérebro humano, através de camadas de neurônios artificiais, conceito base do Deep Learning (Aprendizado Profundo). Em 1986, ele foi coautor de um artigo seminal que popularizou o algoritmo de retropropagação (backpropagation). Esse algoritmo é a chave matemática que permite às redes neurais “aprenderem” com seus erros, ajustando as conexões internas para melhorar as previsões, sendo hoje a base de quase todas as IAs generativas, como o ChatGPT.
Outro marco histórico ocorreu em 2012, quando sua equipe (incluindo Ilya Sutskever) criou a AlexNet, uma rede neural que venceu com margem esmagadora a competição ImageNet de reconhecimento de imagens. Esse evento é considerado o “Big Bang” da era moderna da IA, provando que o aprendizado profundo era superior às técnicas tradicionais de programação para visão computacional.
Em um movimento surpreendente em 2023, Hinton pediu demissão do Google para poder falar livremente sobre os riscos existenciais da Inteligência Artificial. Desde então, ele tem alertado o mundo sobre a possibilidade de a IA superar a inteligência humana mais rápido do que o previsto, o perigo da criação de armas autônomas e o risco de desinformação em massa, tornando-se uma voz central no debate ético sobre a regulação da tecnologia que ele mesmo ajudou a criar.
Relevância
A relevância de Geoffrey Hinton para o ENEM e vestibulares é imediata e de alta prioridade, especialmente após o recebimento do Prêmio Nobel de Física em 2024. Sua figura conecta disciplinas como Física (sistemas complexos e modelos estatísticos), Matemática (algoritmos), Biologia (o funcionamento neuronal) e Sociologia/Filosofia (ética digital e futuro do trabalho). Ele é o personagem central para entender a revolução tecnológica atual, servindo de base para questões sobre o impacto da automação, a natureza da inteligência e os desafios éticos da sociedade da informação.
