Madrigal é uma composição vocal, tipicamente a cappella (sem acompanhamento instrumental), que floresceu na Itália durante o Renascimento (século XVI) e se espalhou posteriormente por toda a Europa. Caracteriza-se pela sua estrutura geralmente polifônica, com várias vozes independentes que se entrelaçam em uma textura complexa, mas harmoniosa. As letras, frequentemente extraídas de poesia amorosa ou pastoril, são geralmente curtas e expressivas, refletindo a sofisticação e o virtuosismo musical da época. A forma e o estilo variaram ao longo do tempo, mas a ênfase na expressividade vocal e na beleza melódica permaneceu constante.
As características musicais dos madrigais incluem o uso de imitação, onde uma melodia é repetida ou variada por diferentes vozes, e a exploração de dissonâncias e consonâncias para criar efeitos dramáticos e emocionais. A linguagem musical é frequentemente cromática, utilizando notas fora da escala diatônica para adicionar cor e expressão. A poesia utilizada nos madrigais frequentemente empregava imagens vívidas e metáforas para retratar temas de amor, natureza e mitologia, influenciando diretamente a composição musical e sua interpretação.
A popularidade do madrigal se estendeu além da Itália, influenciando a música vocal em países como Inglaterra, França e Espanha.