O termo pensamento ocidental designa um amplo e complexo corpo de ideias, valores, crenças e práticas intelectuais que se originaram na região geográfica da Europa Ocidental e, posteriormente, se espalhou globalmente através da colonização e da influência cultural. Ele abrange uma vasta gama de perspectivas filosóficas, religiosas, políticas e científicas, desde a Antiguidade Clássica grega e romana até a modernidade e a pós-modernidade. Não se trata de um conjunto monolítico, mas sim de um diálogo contínuo e frequentemente contraditório entre diferentes escolas de pensamento, ideologias e correntes intelectuais.
As características individuais do pensamento ocidental são diversas e frequentemente debatidas. Entre elas, destacam-se a ênfase na razão e na lógica como ferramentas para compreender o mundo, a busca pelo conhecimento sistemático e objetivo, a valorização do individualismo e da autonomia, e a crença no progresso e na capacidade humana de transformação da realidade. Também se observa uma forte tradição de debate intelectual e crítica, que contribuiu para a evolução das ideias e para o desenvolvimento de novas perspectivas. No entanto, é crucial reconhecer a existência de tensões internas e contradições dentro do próprio pensamento ocidental, incluindo debates sobre a natureza da verdade, a relação entre fé e razão, e a legitimidade do poder.