química orgânica

A química orgânica é o campo da química dedicado ao estudo dos compostos de carbono, também conhecidos como compostos orgânicos. bem como de suas propriedades físico-químicas: composição, reações e síntese. O carbono é um elemento que forma quatro ligações químicas estáveis com a maioria dos elementos da tabela periódica, sendo os mais comuns hidrogênio, oxigênio, nitrogênio, enxofre, fósforo e os halogênios (família 17 da tabela periódica).

O objeto de estudo inicial foi proposto em 1777 pelo químico sueco Torbern Olof Bergman, quando a química orgânica foi definida como o ramo da química voltado ao estudo dos compostos extraídos dos organismos vivos, contrastando com a química inorgânica, que tratava dos compostos existentes no então chamado “reino mineral”. Em 1807, foi formulada a teoria da força vital por Jöns Jacob Berzelius, propondo que os compostos orgânicos precisavam de uma força maior — a vida — para serem sintetizados, e considerava impossível a síntese artificial desses compostos.

No entanto, em 1828, Friedrich Wöhler, discípulo de Berzelius produziu a ureia, composto existente na urina animal, a partir do aquecimento de cianato de amônio. Wöhler demonstrou ser possível a síntese de um composto orgânico, a ureia, a partir de um composto inorgânico. A descoberta é conhecida como síntese de Wöhler o que refutou a teoria da força vital. Em seguida, Pierre Eugene Marcellin Berthelot realizou uma série de experiências e sintetizou o acetileno em 1862, sintetizou o benzeno a partir do aquecimento do acetileno (etino) em 1866, sepultando de vez a teoria da força vital. Os compostos orgânicos poderiam ser sintetizados em laboratório, e a química orgânica ganhou impulso.

O conceito de química orgânica foi reformulado pelo químico Friedrich August Kekulé propôs, em 1858, a definição aceita atualmente:

“Química orgânica é o ramo da química que estuda os compostos do carbono.”

Todos os compostos orgânicos contêm carbono,[1] contudo, nem todo o composto que contém carbono é considerado como orgânico, como é o caso do dióxido de carbono, o ácido carbônico, a grafite, etc..