Arquitetura na Grécia antiga: características, influências e mais

Arquitetura na Grécia antiga: características, influências e mais

Entenda as ordens arquitetônicas, os tipos de construções e as principais características da arquitetura da Grécia antiga

Além de sua reconhecida influência sobre a mitologia, filosofia e política, a Grécia destaca-se, também, em aspectos relacionados à arquitetura. Muito focada na ideia do belo, a arquitetura grega é marcada pela simetria e harmonia em suas construções. 

A arquitetura grega reflete os ideais culturais e estéticos da Grécia antiga, sendo de grande relevância para a história da humanidade. Assim, é importante explorar os principais elementos da arquitetura grega para entender suas características e importância. Vamos lá?

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Contexto histórico do desenvolvimento da arquitetura grega

A arquitetura grega desenvolveu-se ao longo de três períodos principais: Arcaico, Clássico e Helenístico, cada um refletindo as transformações políticas, sociais e culturais da Grécia Antiga. 

Durante o período Arcaico (séculos VIII-V a.C.), as cidades-estado gregas, como Atenas, Esparta e Corinto, começaram a se consolidar, e a arquitetura passou a adotar formas mais organizadas e monumentais. Foi nessa época que a arquitetura grega iniciou-se.

Já no período Clássico (séculos V-IV a.C.), a arquitetura atingiu seu auge de harmonia e proporção. Posteriormente, o período Helenístico (séculos IV-I a.C.) trouxe um maior dinamismo à arquitetura, com projetos mais grandiosos e detalhados. 

A influência de filósofos como Sócrates, Platão e Aristóteles, e de artistas como Fídias e Praxíteles, reforçou o ideal grego de beleza, racionalidade e integração entre arte e vida.

Princípios fundamentais da arquitetura grega

A arquitetura da Grécia Antiga, marcada por suas imponentes colunas, destacava-se pela busca incessante pela perfeição estética. Para alcançar essa harmonia ideal, os gregos seguiam princípios rigorosos, como simetria e proporção, que guiavam suas construções.

Nesse sentido, é notório, por exemplo, o uso de padrões matemáticos pelos gregos em suas construções, devido à grande importância da simetria e proporção para a estética na Grécia antiga. Assim, era frequente a aplicação da razão áurea na arquitetura, um conceito matemático que reflete o equilíbrio natural e a estética universal.

Ordens arquitetônicas da Grécia antiga

As ordens arquitetônicas eram os estilos da arquitetura grega. Cada uma apresentava características próprias que definiam como as construções seriam decoradas e proporcionadas, sendo classificadas em:

  • Ordem Dórica, caracterizada por uma decoração mais simples, com ênfase na estrutura, apresentando colunas apoiadas diretamente no chão e capitel (parte superior da coluna) simples;
  • Ordem Jônica, essa ordem é mais detalhista que a ordem Dórica, apresentando colunas com base ornamentada e capitel decorado com volutas (espirais simétricas); e
  • Ordem Coríntia, a qual caracteriza-se como a mais ornamentada das ordens, apresentando um capitel em formato de sino invertido e decorado com folhas de acanto.
Ordem DóricaOrdem JônicaOrdem Coríntia
ordem-doricaordem-jonicaordem-corintia

Tipos de construções da Grécia antiga

Na Grécia antiga, havia vários tipos de construções, produzidas de acordo com as necessidades e os valores da sociedade. Dessa forma, as construções gregas geralmente estavam relacionadas com a mitologia, política, democracia ou arte, por exemplo.

Templos

Os templos gregos são uma das expressões mais marcantes da arquitetura da Grécia Antiga, refletindo o profundo vínculo entre a religião e a vida cívica daquela sociedade. Projetados para abrigar as estátuas de deuses, eles eram onde frequentemente aconteciam  cultos religiosos e celebrações civis.

Esses templos eram erguidos de maneira a demonstrar grandiosidade, com o intuito de homenagear os deuses. Esse tipo de construção influenciou profundamente a arquitetura ocidental, servindo de modelo para edifícios públicos e monumentos ao longo dos séculos. Além de sua função religiosa, esses templos destacam-se como marcos culturais e artísticos da Grécia Antiga.

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Templo de Héfesto, em Atenas

Teatros

Os teatros gregos representam importantes manifestações arquitetônicas da Grécia Antiga. Criados inicialmente para apresentações de tragédias e comédias durante festivais em homenagem a Dionísio, o deus do vinho e do teatro, esses espaços desempenhavam um papel essencial na educação e na coesão social dos cidadãos gregos.

Construídos ao ar livre, os teatros gregos aproveitavam a topografia natural, como encostas de colinas, para criar uma estrutura semicircular chamada theatron, onde o público se sentava. Os teatros gregos apresentavam um design funcional, mas também estético, possuindo uma influência que perdura até os dias atuais.

Estádios

Os estádios gregos eram projetados para sediar competições esportivas que integravam os jogos pan-helênicos, como os Jogos Olímpicos, realizados em Olímpia. Esses eventos tinham uma função religiosa e cívica, celebrando os deuses e fortalecendo a identidade cultural dos gregos.

Geralmente construídos em áreas naturais, os estádios gregos aproveitavam as características do terreno para criar uma arena em formato retangular ou elíptico, cercada por taludes onde o público podia se acomodar. A pista central, chamada dromos, era usada para corridas e outras competições atléticas. 

Ágoras

As ágoras eram espaços centrais e multifuncionais nas cidades da Grécia Antiga, desempenhando um papel crucial na vida política, social, comercial e religiosa da pólis. Situadas geralmente no coração da cidade, as ágoras eram o símbolo do ideal democrático grego, onde cidadãos se reuniam para deliberar sobre questões públicas, realizar transações comerciais e participar de cerimônias religiosas.

Arquitetonicamente, as ágoras eram amplos espaços abertos, cercados por edifícios públicos e privados de importância.

ágora

Stoas

As stoas eram projetadas como galerias cobertas, geralmente construídas ao longo das ágoras ou em outros espaços públicos. Compostas por colunas e telhados, essas construções serviam como locais de encontro, comércio, abrigo e até atividades políticas e filosóficas.

Ginásios 

Os ginásios eram edifícios públicos fundamentais na Grécia Antiga, projetados para atividades físicas, treinamento atlético e, em muitos casos, o cultivo intelectual. Esses espaços eram pautados no ideal grego de desenvolvimento do corpo e da mente como elementos essenciais para formar cidadãos completos. 

Habitações

As habitações gregas na Antiguidade eram projetadas de forma funcional, refletindo o estilo de vida simples e prático da sociedade. Embora a arquitetura doméstica não tenha recebido o mesmo nível de atenção artística reservado para templos, teatros e outras construções públicas, as casas gregas desempenhavam um papel essencial na organização familiar e na vida cotidiana dos gregos.

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