Paraná: história do estado

Paraná: história do estado

O conhecimento sobre a história nacional enriquece o valor cultural de cada período histórico, permite reconhecer padrões sociais, determinar o panorama político que construiu cada região e, assim, compreender com mais clareza os aspectos atuais da sociedade. 

Diante disso, aprender individualmente sobre a história de cada estado também contribui para regionalização, a construção de uma identidade cultural cada vez mais particular, tópico de grande relevância em um país de tão grande dimensão como o Brasil.

Neste artigo, aprenda detalhes sobre a história do Paraná, como essa região se consolidou politicamente e os principais eventos durante o período colonial, imperialista e no Brasil República. Ainda, veja como as provas do estado cobram esse conhecimento, com questões comentadas pelos especialistas do Estratégia Vestibulares.

Paraná no período colonial

Durante a colonização do Brasil, o território dominado por Portugal foi dividido em capitanias, para facilitar a administração. Nos primeiros anos do período colonial, a região que hoje corresponde ao Paraná estava englobada na capitania de São Vicente, que engloba também o litoral da atual região sudeste.

Alguns anos depois, já no século XVII, 100 anos após a chegada dos portugueses ao país, a região paranaense foi efetivamente colonizada, com a criação da capitania de Paranaguá. O principal motivo para os europeus explorarem novas regiões era a corrida mercantilista, para angariar a maior quantidade de riquezas para suas metrópoles.

Assim, a região de Paranaguá foi amplamente explorada devido às minas de ouro encontradas por ali, mas esse processo declinou quando iniciou-se o Ciclo do Ouro na região sudeste, principalmente nas terras de Minas Gerais. 

Geograficamente, Paraná, São Paulo e Minas Gerais possuem uma importante relação, de forma que a fronteira entre as terras paranaenses e paulistas fazem o contato entre as atuais regiões Sudeste e Sul. Inclusive, em alguns períodos da história o território paranaenses ficou englobado na capitania de São Paulo, dada a íntima associação entre as localidades.

Nesse sentido, chama atenção que a relação geográfica também tornou-se uma relação histórica. Quando as Minas Gerais tornaram-se foco de atividade econômica na colônia, gados e outros produtos deveriam vir de outras regiões. 

A região sul tinha um predomínio importante na pecuária, com grande concentração de gados, de forma que criou-se uma rota de mercadores que atravessavam desde o Rio Grande do Sul até as Minas Gerais, passando por Santa Catarina, Paraná e São Paulo. 

Esses viajantes são conhecidos como tropeiros e marcam a cultura de muitos desses estados, por exemplo na culinária, com um prato típico que chama-se “feijão tropeiro”. Com a passagem desses indivíduos, as regiões ganharam destaque, tornaram-se pontos comerciais.

Quando os vilarejos estavam suficientemente grandes, percebeu-se que os territórios precisariam ser divididos para melhor administração. Foi então que a capitania de São Paulo foi separada em duas comarcas interdependentes, formando uma região mais ao norte, que corresponde ao estado de São Paulo, e a parte mais ao sul, equivalente ao Paraná.

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Paraná no Império

Durante o período imperial, cada vez mais, a região paranaense desejava uma administração ainda mais independente de São Paulo. Dom João VI, o imperador da época, recém-chegado de Portugal, apoiava o movimento no sul do território.

Então, a partir de 1850 as reivindicações foram mais expressivas, principalmente depois que os amazonenses também propuseram a separação de suas terras. Então, em 1853 as capitanias de São Paulo e Paranaguá foram efetivamente desmembradas, sob aval do imperador Dom Pedro II. 

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Paraná no Brasil República

No momento histórico em que a criação do Paraná se deu, algumas transformações ocorriam no cenário trabalhista do Brasil. Uma região que dependera, ao longo de anos, do trabalho escravo, via-se limitada pelos ingleses, que cada vez mais dificultavam o sistema escravista.

Foi nesse contexto que muitos europeus foram trazidos ao Brasil para realizar mão de obra servil, como camponeses, sob promessas de receberem muito mais do que realmente recebiam quando chegavam à região. Entre as nacionalidades mais relevantes estão os italianos, alemães, poloneses e holandeses. 

Em 1900, foi criada a primeira universidade brasileira, a Universidade do Paraná. Alguns anos depois, em 1910,  iniciou-se o principal conflito já vivenciado na região, a Guerra do Contestado, envolvendo Paraná e Santa Catarina. 

Nesse embate, o foco eram terras que faziam fronteira com ambas as regiões que tinham especial importância econômica e política: riqueza em erva-mate, um produto de relevância para a situação financeira da região, e a possibilidade de construção de uma ferrovia que ligasse a região sul, do Rio Grande do Sul, à sudeste, até São Paulo. 

Os combatentes eram, de um lado, sertanejos, e do outro, autoridades estaduais. Os povos do sertão eram comandados por José Maria, um líder messiânico que proclamava discursos de cunho político-religioso, o que mobilizava a população em sua luta. 

Entretanto, o governo tinha mais recursos para o investimento bélico e a repressão enfrentada foi ferrenha, destruiu comunidades e deixou um legado de autoritarismo no território paranaense. 

A Guerra do Contestado durou 4 anos e dados do Senado Federal apontam mais de dez mil mortes contabilizadas ao longo do conflito.

Características do estado do Paraná

Atualmente, o estado do Paraná pertence à região Sul, conforme a regionalização proposta pelo IBGE. Tem um contingente de aproximadamente 11,4 milhões de habitantes, distribuídos em quase 200 milhões de quilômetros quadrados.

Assim como todos os estados do Brasil, é representado por um governador, que é o representante do poder executivo. Ao todo, são contados 399 municípios, que são liderados por prefeitos, para a gestão de cada uma das cidades. 

A capital do estado é Curitiba, com 1,7 milhões de habitantes e muito reconhecida pela qualidade de vida que proporciona à população, com transporte público de qualidade e um índice de desenvolvimento humano (IDH) de 0,810, considerado muito alto para os padrões brasileiros.

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