Orações Subordinadas na Sintaxe do Período Composto: entenda como funcionam

Orações Subordinadas na Sintaxe do Período Composto: entenda como funcionam

Orações Subordinadas na Sintaxe do Período Composto: aprenda como funcionam, como diferenciar cada uma e como pode cair na prova

As adjetivas na sintaxe do período composto podem ser classificadas em dois tipos: restritivas ou explicativas. De forma bem simplificada, as restritivas não têm vírgula e se referem a uma parte, ao passo que as explicativas têm vírgula e se referem a um todo.

Ambas são muito usadas na nossa língua portuguesa e desempenham papel importante na construção de sentido, ao escrever uma redação de vestibular e, dominá-las, permite com que façamos uma interpretação de textos mais apurada. 

Neste artigo, você entenderá como identificar e classificar cada uma, como diferenciá-las, suas funções, como encontrar o pronome relativo que introduz as orações subordinadas e como esse assunto pode ser cobrado na prova.

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O que são?

As orações subordinadas adjetivas equivalem a adjetivos pois exercem, em relação à oração principal, a função de adjunto adnominal de algum substantivo ou pronome da oração principal. 

Essas orações têm a função de caracterizar ou detalhar um substantivo ou pronome presente na oração principal, funcionando como um “adjetivo em forma de oração”. Elas dependem estruturalmente da oração principal e são introduzidas por pronomes relativos.

As orações subordinadas adjetivas desempenham uma função primordial na estruturação de frases mais elaboradas, ampliando ou restringindo informações contidas na oração principal. Introduzidas por pronomes relativos, como que, quem, quando, cujo, cuja, o qual, a qual, onde, essas orações podem ser classificadas em restritivas e explicativas — como mencionado anteriormente —, dependendo da função que exercem no contexto da frase.

Período composto: oração subordinada adjetiva restritiva

As orações subordinadas adjetivas restritivas delimitam ou especificam o sentido do termo ao qual se referem, indicando uma informação essencial para a compreensão da frase. Sem essa oração, o significado pode ficar incompleto ou até ambíguo.

Veja alguns exemplos abaixo.

“Os alunos que estudaram bastante foram aprovados na Fuvest.”

Nesse caso, apenas os alunos que estudaram foram aprovados. A oração subordinada restringe o grupo ao qual se refere.

“Os livros que comprei ontem chegaram hoje.”

Perceba que a oração subordinada adjetiva “que comprei ontem” especifica quais livros chegaram. Não estamos falando de todos os livros, mas apenas dos que foram comprados ontem. O pronome “que” refere-se ao substantivo livros e atua como objeto direto da oração subordinada (“comprei o quê?”).

Se retirarmos a subordinada, a frase fica: “Os livros chegaram hoje.” Logo, é mais genérico e não deixa claro quais livros estão sendo mencionados.

“A casa onde moramos precisa de reformas.”

A oração subordinada adjetiva “onde moramos” restringe o significado de casa, indicando qual delas precisa de reformas. Não se trata de qualquer casa, mas da casa em que vivemos. Já o pronome relativo “onde” refere-se ao substantivo casa e indica o local da ação da oração subordinada (“moramos onde?”).

Sem a subordinada, a frase “A casa precisa de reformas.” não esclarece qual casa está sendo mencionada.

Período composto: oração subordinada adjetiva explicativa

As orações subordinadas adjetivas explicativas, por sua vez, podem acrescentar qualidades e informações complementares, que não são essenciais para a compreensão da ideia principal. Um modo fácil de identificar o tipo de oração adjetiva é observar a pontuação, ou seja, a existência de vírgula ou não.

As explicativas aparecem dentro de duas – ou mais – orações que têm dependência de sentido uma da outra para que se tenha sentido completo no período composto, na oração.

A função dela é basicamente caracterizar a oração principal; elas não são ligadas por conjunções, mas sim por pronomes relativos (que, quem, quando, cujo, cuja, o qual, a qual, onde).

Veja como analisá-las a partir dos exemplos a seguir.

“Os livros, que são fascinantes, estão na estante.”

Observe que o pronome “que” adiciona um comentário sobre os livros, mas não limita o grupo.

“O Brasil, que é conhecido por sua diversidade cultural, atrai turistas do mundo inteiro.”

A oração subordinada adjetiva “que é conhecido por sua diversidade cultural” fornece um comentário adicional sobre o Brasil, mas não é indispensável para compreender a ideia central.

O pronome relativo “que” refere-se ao substantivo Brasil e funciona como sujeito da subordinada “que é conhecido por sua diversidade cultural?”.

Sem a oração subordinada, a frase ainda faz sentido: “O Brasil atrai turistas do mundo inteiro.”

“A Amazônia, que é a maior floresta tropical do mundo, enfrenta desmatamento.”

A oração subordinada adjetiva “que é a maior floresta tropical do mundo” adiciona uma informação relevante, mas não essencial, sobre a Amazônia.

O pronome relativo “que” refere-se ao substantivo Amazônia e funciona como sujeito da oração subordinada (“quem é a maior floresta tropical do mundo?”).

Sem a subordinada, o sentido principal permanece: “A Amazônia enfrenta desmatamento.”

Pronome relativo: como encontrar

O pronome relativo sempre estará atrelado ao substantivo ou pronome da oração principal. A dica é procurar o termo que se relaciona com ele e entender sua função dentro da subordinada. Vejamos o seguinte exemplo.

“Os jogadores de handebol, que são iniciantes, não recebem salários”. 

Observe que “que são iniciantes” é a subordinada; está no meio, encaixada na oração principal “Os jogadores de handebol não recebem salários”. O que está ligando uma oração à outra é o termo “que”. 

E como saber se ele é um pronome relativo ou uma conjunção? Outra dica é tentar substituir esse “que” por “os quais” ou “as quais”. Temos agora: “Os jogadores de handebol, os quais são iniciantes, não recebem salários”. Manteve o sentido, logo, esse “que” é um pronome relativo.

Confira um exercício sobre o assunto

(IFPA/2019)

Marque a alternativa em que o trecho destacado corresponde a uma oração subordinada adjetiva.

A) Não sei se Padre Bernardino concordará comigo.
B) Como anoitecesse, recolhi-me um pouco depois e deitei-me.
C) Susana, que não se sentia bem, estava de cama.
D) O lavrador revirou os olhos e começou a tremer como se tivesse uma sezão.
E) É certo que a presença do dono o sossegava um pouco.

Resolução

No item C) temos uma oração subordinada adjetiva, porque a oração subordinada (que não se sentia bem) depende da oração principal (Susana estava de cama) e a modifica.
Essa oração subordinada que modifica a oração principal tem a função de adjetivo, pois ela caracteriza o substantivo “Susana”, e por esse motivo é classificada como oração subordinada adjetiva
Gabarito: C

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