Dia dos Povos Indígenas: 9 filmes para usar como repertório sociocultural da redação
Filme “A Útima Floresta”. Foto: AdoroCinema/Copyright Pedro J. Márquez/Divulgação

Dia dos Povos Indígenas: 9 filmes para usar como repertório sociocultural da redação

Em celebração ao Dia dos Povos Indígenas, o Portal Estratégia Vestibulares listou 9 filmes e documentários para você apreciar e estudar; confira

Celebrado em 19 de abril, o Dia dos Povos Indígenas é uma data oficial do calendário brasileiro voltada à valorização da diversidade étnica e cultural dos povos originários do país. 

A data substitui, desde 2022, o antigo “Dia do Índio”, termo hoje considerado inadequado por sua generalização e origem colonial. A mudança representa um avanço no reconhecimento da pluralidade e da identidade dos mais de 300 povos indígenas que vivem atualmente no Brasil, com línguas, tradições e histórias próprias.

Muito além de um momento simbólico, o dia 19 de abril é uma oportunidade para refletir sobre o passado e o presente das comunidades indígenas, que seguem enfrentando desafios como o desmatamento, a mineração ilegal, a violência no campo e a negação de direitos territoriais. É também um momento de valorização da resistência e do protagonismo indígena, que se expressam em diversas áreas, inclusive no cinema.

Pensando nisso, o Portal Estratégia Vestibulares listou nove filmes e documentários sobre povos indígenas que podem ser usados no repertório sociocultural da redação. Confira!

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Tainá – Uma Aventura na Amazônia (2001)

Não tem como citar filmes sobre povos indígenas sem começar por esse ícone. Dirigido por Tânia Lamarca e Sérgio Bloch, o longa conta a história de Tainá, uma corajosa menina indígena que vive na floresta amazônica. Órfã desde pequena, ela decide enfrentar sozinha os perigosos caçadores ilegais que ameaçam a natureza e os animais de sua terra. 

Ao longo de sua jornada, Tainá conhece Joninho, um garoto da cidade, e juntos embarcam em uma aventura de amizade, descoberta e defesa do meio ambiente.

Corumbiara (2009)

“Corumbiara” é um documentário dirigido por Vincent Carelli que investiga o massacre de indígenas isolados ocorrido na região de Corumbiara, em Rondônia, no início da década de 1990. 

A partir de imagens registradas ao longo de mais de 20 anos, o filme acompanha o trabalho do próprio Carelli e de indigenistas na busca por sobreviventes e na tentativa de dar espaço na mídia a esses povos invisibilizados. 

Em meio a relatos comoventes e revelações brutais, destaca-se a história do último sobrevivente de um grupo dizimado, vivendo sozinho na floresta. O documentário expõe os conflitos fundiários, a violência contra indígenas e a negligência do Estado, refletindo sobre os direitos humanos e a preservação das culturas originárias.

As Hiper Mulheres (2011)

Este documentário etnográfico, dirigido por Carlos Fausto, Leonardo Sette e Takumã Kuikuro, acompanha o preparo e a realização de um ritual feminino tradicional do povo indígena Kuikuro, no Alto Xingu, dentro do Parque Indígena do Xingu. 

Quando uma anciã adoece, seu marido pede que o ritual seja realizado rapidamente, temendo que ela morra sem vê-lo acontecer. O filme registra os ensaios das cantoras, os treinos das mulheres e os bastidores desse evento sagrado, revelando as tensões entre tradição e transformação cultural.

Com sensibilidade e humor, o documentário oferece um olhar íntimo sobre a força das mulheres Kuikuro e a vitalidade de sua cultura.

Gente AWA, episódio Terra Justa (2015)

O episódio “Terra Justa” da série Gente AWA (2022) explora a luta do povo indígena pela demarcação de suas terras no estado do Amazonas. A série, dirigida por Mariana Fagundes Azevedo, acompanha a jornada de lideranças indígenas que enfrentam desafios legais e políticos para garantir o direito à terra, conforme assegurado pela Constituição Brasileira.

Piripkura (2017)

Dirigido por Mariana Oliva, Bruno Jorge e Renata Terra, Piripkura (2017) é um documentário brasileiro que acompanha a jornada do servidor da FUNAI, Jair Candor, em busca de Pakyî e Tamandua, dois dos últimos membros conhecidos do povo indígena Piripkura, que vivem isolados na floresta amazônica.

A expedição é fundamental para renovar a portaria que garante a proteção de seu território, constantemente ameaçado pelo avanço do desmatamento e pela invasão de fazendeiros. 

O filme revela a resistência desses dois homens diante da violência histórica e do apagamento cultural, enquanto propõe uma reflexão profunda sobre os direitos dos povos originários e a urgência da preservação de seus modos de vida.

Reconhecido nacional e internacionalmente, o documentário recebeu o prêmio de Melhor Longa-Metragem Documentário no Festival do Rio de 2017.

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A Febre (2020)

A Febre (2020) é um filme de drama, dirigido por Maya Da-Rin, que acompanha Justino (Regis Myrupu), um indígena da etnia Desana, que trabalha como vigilante em um porto de cargas em Manaus. 

Viúvo e vivendo com sua filha Vanessa (Rosa Peixoto), que se prepara para estudar medicina em Brasília, Justino começa a sofrer de uma febre misteriosa. Enquanto lida com a doença, ele também enfrenta o preconceito no trabalho e o distanciamento de suas raízes culturais. 

O filme explora várias metáforas para as relações sociais e as tensões entre a vida urbana e a ancestralidade indígena, abordando identidade e pertencimento.

A Última Floresta (2021)

Dirigido por Luiz Bolognesi e co-roteirizado pelo xamã Yanomami Davi Kopenawa, A Última Floresta é um documentário que mergulha na vida de uma comunidade Yanomami isolada na Amazônia. 

O filme retrata os esforços do xamã para preservar as tradições e os espíritos da floresta diante das ameaças externas, como a chegada de garimpeiros que trazem doenças e destruição para a comunidade. 

Enquanto os jovens se sentem atraídos pelos bens materiais dos brancos, a aldeia enfrenta o desafio de manter sua cultura viva em meio às pressões do mundo moderno.

Saberes da roça – Sistema Agrícola Tradicional do Rio Negro (2022) 

Esta é uma série documental produzida pela National Geographic que mergulha nas práticas agrícolas ancestrais dos povos indígenas da região do Rio Negro, no noroeste da Amazônia brasileira. 

A produção destaca o cultivo da mandioca brava e outras técnicas sustentáveis que integram o manejo da floresta, a transmissão de conhecimentos entre gerações e a diversidade cultural de mais de 22 povos indígenas, incluindo os dos troncos linguísticos Tukano Oriental, Aruak e Maku. 

Reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil pelo IPHAN em 2010, esse sistema agrícola é apresentado como um modelo de convivência harmônica com o meio ambiente, refletindo a sabedoria acumulada ao longo de milênios.

Pisar suavemente na terra (2024)

Dirigido por Marcos Colón, este é um documentário que acompanha a luta de três lideranças indígenas da Amazônia, Kátia Akrãtikatêjê, Manoel Munduruku e José Manuyama, na defesa de seus territórios e modos de vida diante das ameaças impostas por grandes empreendimentos econômicos, como mineração, agronegócio e exploração de petróleo. 

Narrado por Ailton Krenak e trilha sonora de Gilberto Gil, o filme entrelaça essas histórias de resistência com reflexões sobre a relação entre humanidade e natureza, propondo uma visão de futuro baseada na ancestralidade e no respeito à Terra. 

Extra: O Abraço da Serpente (2015)

Dirigido por Ciro Guerra, o filme colombiano narra a jornada de Karamakate, um xamã indígena e último sobrevivente de sua tribo, que acompanha dois exploradores ocidentais em busca de uma planta sagrada, a yakruna, na Amazônia colombiana. 

A história se desenrola em duas linhas do tempo. Em 1909, Karamakate guia o etnógrafo alemão Theodor Koch-Grünberg (Theo) em uma expedição para encontrar a yakruna, que pode curá-lo de uma doença misteriosa. 

Quarenta anos depois, em 1940, o botânico americano Richard Evans Schultes (Evan) busca a mesma planta, agora com o objetivo de combater uma praga que ameaça a produção de borracha. Ambas as jornadas revelam os impactos da colonização e da exploração na cultura e no meio ambiente indígenas.

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