The Office (EUA) é uma série de comédia desenvolvida por Greg Daniels e adaptada da série britânica de mesmo nome da BBC, que não fez tanto sucesso quanto a sua “prima” americana. A produção é um pseudodocumentário que retrata o dia a dia dos funcionários de um escritório localizado em Scranton, na Pensilvânia, filial da empresa de papel chamada Dunder Mifflin.
A série esteve no ar por nove anos, de 2005 a 2013, e faz sucesso até hoje entre todas as faixas etárias. Os assuntos abordados de forma irônica e debochada na obra podem ser facilmente tema de um debate sério, como ambiente profissional tóxico, xenofobia e assédio moral e sexual.
Por conta do sucesso de The Office e seus vários temas importantes a serem discutidos, o Portal Estratégia Vestibulares preparou essa reportagem para te mostrar como usá-los na redação dos vestibulares e do Enem. Acompanhe!
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The Office: sinopse e contexto
A história inicia com a informação de que a Dunder Mifflin vai fechar algumas filiais de acordo com o desempenho de vendas de papel entre elas. O gerente da filial da cidade de Scranton, Michael Scott, convida uma equipe de reportagem para realizar um documentário sobre o cotidiano do escritório.
Todas as cenas são gravadas como parte do documentário e, por meio dele, conhecemos as personalidades, os laços afetivos, as rixas e a relação de todos os personagens, como Jim, Pam, Dwight, Darryl, Angela, Oscar, Phyllis, Kelly, o próprio gerente e todos os outros.
Michael Scott é interpretado por Steve Carell e simboliza o arquétipo do chefe ignorante e antiético que faz piadas sem graça e preconceituosas, se achando o rei do humor. Apesar disso, ao longo da série percebemos que é fácil de se identificar com os personagens, inclusive com Michael, que passam por situações reais e têm reações reais em seu dia a dia. Até os momentos mais absurdos da série podem acontecer na vida real, e é quando usamos o meme “me sentindo em um episódio de The Office”.
Confira agora, alguns temas retratados na obra que podem ser discutidos nas redações dos vestibulares e do Enem.
Ambiente de trabalho tóxico
O gerente da filial da Dunder Mifflin está a todo momento tentando fazer as pessoas ao seu redor, principalmente seus funcionários, rirem. Porém, sendo uma pessoa ignorante, imatura e centralizadora, ele ultrapassa os limites do bom senso e acaba perturbando mais do que alegrando o pessoal do escritório.
Michael Scott tem a percepção de que tudo tem a ver com ele e tudo deve ser feito exatamente do seu jeito. Com reuniões excessivas e desnecessárias para falar de tudo, menos trabalho, o gerente atazana a vida dos funcionários e cria situações constrangedoras e humilhantes.
Inclusive, um dos episódios mostra Stanley tendo um ataque cardíaco causado pelo estresse que passa ao lado de Michael no trabalho. Para a maioria dos personagens, não estar perto de Michael Scott é um presente, menos para Dwight, que venera o chefe.
Assédio moral e sexual
Em diversos momentos, Michael faz brincadeiras ofensivas a respeito de seus funcionários. Além de cometer diversos preconceitos em suas falas, o gerente já assediou sexualmente alguns dos personagens, como quando forçou Oscar a beijá-lo para provar que não era homofóbico e quando fez comentários constantes sobre os seios de Pam, atitude também cometida por Kevin.
O assédio moral por parte de Michael e Jan, supervisora do gerente, também é contínuo, como citado no tópico acima, afetando a integridade física e mental dos personagens.
Porte de arma
Falando em Dwight, as suas manias e regras, quase draconianas, também são motivo para tirar todos do sério. A personalidade complexa do personagem inclui ideais homofóbicos, sexistas, conservadores e armamentistas.
Em diversos episódios é mostrado o interesse de Dwight por todos os tipos de armas – facas, facões, pistolas e até estrelas ninja já passaram pelas mãos do personagem. Em dado episódio, Dwight desfila pelo escritório com uma arma no coldre. Ao ser questionado e julgado por seus colegas de trabalho, o vendedor saca a arma para tranquilizá-los e sem querer dispara uma bala, que passa de raspão na orelha de Andy, deixando-o com a audição debilitada.
A cena ironiza a personalidade esnobe e arrogante do personagem e mostra o perigo de pessoas como ele possuírem porte de arma.
Preconceitos
Diversos preconceitos escancarados e velados surgem no decorrer da série. Phillys, Stanley e Kevin sofrem gordofobia, principalmente por Dwight e Michael, com diversas piadas sobre seu peso e até suposições erradas erradas sobre a saúde deles. Stanley, por exemplo, é diversas vezes associado a diabetes e infarto.
Por outro lado, Kevin e Michael aparecem fazendo afirmações sexistas como “mulher não sabe dirigir” e até falando abertamente sobre os seios e corpos das personagens femininas, tratando assédio como se fosse algo natural.
A xenofobia em torno de Oscar e Kelly também causa desconforto. Os personagens, que são mexicano e indiana, respectivamente, já tiveram sua cultura e costumes zombados e confundidos. Sem contar, também, o racismo cometido contra os personagens negros, como Stanley e Darryl.
Oscar, além de xenofobia, sofre homofobia. Quando o pessoal do escritório descobre que o contador é gay, cria-se um clima hostil no ambiente de trabalho, principalmente por parte de Angela, Michael e Dwight. As falas e atitudes, como o uso de termos do tipo “mariquinha”, são recorrentes.
Intolerância religiosa
Assim como a maioria dos personagens, Angela possui uma personalidade curiosa e singular: é uma contadora autoritária, louca por gatos e extremamente cristã. Inclusive, as atitudes da personagem demonstram sua intolerância a qualquer outra religião que não seja o cristianismo.
Em certo episódio da série, Phyllis decide fazer uma festa de Natal marroquina, que é alvo de muitas críticas de Angela, que reclama e enoja várias tradições e costumes do festejo.
Solidão
Michael Scott mostra ser um homem sozinho, sem amigos e com uma família ausente desde a infância. Quando criança, era rejeitado e sofria bullying pelos colegas de sala. Inclusive, em um dos episódios, é mostrado o mini Michael falando que quando crescesse, gostaria de ter 100 filhos, porque assim, teria 100 amigos e nunca mais se sentiria só.
Ao longo da vida, o protagonista tornou-se um homem sem consciência social, cultural e moral, que busca agradar a todos com suas piadas sem noção, para, assim, esconder a sua existência infeliz. Talvez uma terapia ajudasse, né?
Autoconhecimento
Apesar da companhia do gerente ser detestável em diversos episódios, Michael alcança a busca pela redenção ao longo da série. Ele prova ser uma pessoa de bom coração e consegue, apesar das dificuldades, liderar a equipe do escritório. A evolução do personagem garantiu a ele amigos e aquilo que ele mais queria, uma família.
Além disso, a recepcionista Pam é uma das personagens com maior evolução. No decorrer dos episódios, ela termina um noivado que não a fazia bem, larga seu trabalho na recepção para ir atrás de uma carreira artística, torna-se vendedora e depois administradora do escritório, casa-se e torna-se mãe. Como é dito pela própria personagem, Pam cria coragem e confiança para fazer o que tem vontade.
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