A Defensoria Pública da União (DPU) entrou com um pedido na Justiça para que o Inep comprove que adotou procedimentos contra vazamentos e fraudes nas provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A ação movida ontem na 14ª Vara Cível pede que o órgão se manifeste em 24 horas.
O procurador que move a ação, João Paulo Dorini, afirma no documento que “ao que se tem amplamente noticiado na imprensa, tentou intervir no Enem de uma forma nunca antes vista”. Desde a semana passada, quando mais de 30 funcionários do Inep pediram demissão coletiva, a crise no Inep vem se agravando.
Em audiência pública na tarde de ontem, o presidente do órgão, Danilo Dupas, negou que ele ou o ministro da Educação Milton Ribeiro tenham tido acesso prévio ao exame. A convocação foi feita após a demissão coletiva e o presidente Jair Bolsonaro afirmar que o exame começa a ter “a cara do governo”.
O servidores exonerados acusaram, no programa “Fantástico” da TV Globo, que o órgão eliminou até 20 questões de uma primeira versão do exame. O presidente do órgão e o Ministro da educação negam as acusações.
A prova do Enem acontece normalmente, nos dias 21 e 28 de novembro.
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