O governo federal anunciou nesta quinta-feira (10) uma renegociação de dividas do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). O início das negociações, no novo modelo proposto, está previsto para o dia 07 de março.
A renegociação busca atender pessoas em atraso com o financiamento entre 90 e 360 dias e contará com suporte de agentes financeiros como o Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.
Para que os nomes dos endividados pelo Fies seja retirado dos cadastros restritivos de crédito, os beneficiários deverão pagar a entrada no ato da renegociação, que será correspondente à primeira parcela. Os valores começam a partir de R$ 200.
A simulação da renegociação está disponível no portal da Caixa e visa reduzir a inadimplência do programa, que soma R$ 6 bilhões em prestações não pagas. O objetivo é atingir mais de 1 milhão de estudantes que estão, no momento, negativados por conta das dívidas do Fies.
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Facilidades previstas pela renegociação
O parcelamento das dívidas será feito em até 150 meses, com 12% de desconto sobre o saldo devedor para quem quitar de forma integral a dívida. Além disso, a renegociação prevê redução de 100% de juros e multas.
Pessoas com atraso de mais de um ano nos pagamentos poderão ter descontos de 92% da dívida consolidada, desde que estejam no Cadastro Único (CadÚnico) ou sejam beneficiários do auxílio emergencial. Os demais endividados dentro desse prazo terão desconto de 86,5%.
São, ao todo, 2,6 milhões de contratos ativos no Fies — formalizados até 2017. Desses, mais de 2 milhões estão em quitação, o que causa um saldo devedor de R$ 87,2 bilhões de reais.