7 questões sobre Pelé no Enem e outros vestibulares
Foto: Fotopersbureau De Boer

7 questões sobre Pelé no Enem e outros vestibulares

Veja questões sobre Pelé que já foram usadas em diversos vestibulares brasileiros e estão no Banco de Questões do Estratégia Vestibulares

Hoje (29), Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, nos deixou, em decorrência de um câncer no cólon, descoberto em 2021. Ao longo de sua carreira, Pelé venceu três copas do mundo, foi eleito melhor do mundo sete vezes, além de ter feito mais de 1000 gols na carreira.

Em sua carreira, Pelé defendeu o Santos e o Cosmos, time da cidade de Nova Iorque. É o maior artilheiro da seleção brasileira, e o grande responsável por fazer da camisa 10, o símbolo máximo de talento para a maioria das camisas de futebol.

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Após se aposentar dos gramados, Pelé se formou no primeiro curso de licenciatura em Educação Física do Brasil, em 1974. Também foi ministro dos Esportes durante o governo Fernando Henrique Cardoso, de 1995 a 1999.

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O Portal Estratégia Vestibulares selecionou, no nosso Banco de Questões exclusivo, 7 questões sobre Pelé, seja por meio de uma citação, ou algum de seus feitos e adjetivos. Confira!

Cesupa (2019)

Professor Pelé
Sempre achei que o melhor professor de português do Brasil foi o Pelé. Quem o viu jogar ou hoje vê os seus teipes sabe que o Pelé jamais fez uma jogada que não fosse parte de uma progressão para o gol. O sentido de tudo que o Pelé escrevia com a bola no campo era o gol. O drible espetacular era apenas circunstancialmente, com perdão do longo advérbio, espetacular, porque ele existia em função do objetivo final. 

A lição para escritores é: defina o seu gol e tente chegar lá como Pelé chegaria, com poucos, mas definitivos toques, sem nunca deixar que os meios o desviem do fim. E se, no caminho para o gol, você fizer alguma coisa espetacular, esforce-se para dar a impressão de que foi apenas por obrigação. 

Luis Fernando Veríssimo in “Banquete com os Deuses”, trecho 

”Sempre achei que o melhor professor de português do Brasil foi o Pelé”. A partir dessa afirmação, o autor desenvolve uma analogia entre: 

A o futebol e a língua portuguesa.
B a forma como Pelé construía o gol e a forma de construir um texto.
C ser um grande jogador e um bom aluno de português.
D jogar futebol e escrever de forma concisa e objetiva.

Alternativa correta: B

Unesp (2012)

O gol que Pelé não fez
Na copa de 1970, na partida entre Brasil e Tchecoslováquia, Pelé pega a bola um pouco antes do meio de campo, vê o goleiro tcheco adiantado, e arrisca um chute que entrou para a história do futebol brasileiro. No início do lance, a bola parte do solo com velocidade de 108 km/h (30 m/s), e três segundos depois toca novamente o solo atrás da linha de fundo, depois de descrever uma parábola no ar e passar rente à trave, para alívio do assustado goleiro.

Na figura vemos uma simulação do chute de Pelé

Considerando que o vetor velocidade inicial da bola após o chute de Pelé fazia um ângulo de 30º com a horizontal (sen30º = 0,50 e cos30º = 0,85) e desconsiderando a resistência do ar e a rotação da bola, pode-se afirmar que a distância horizontal entre o ponto de onde a bola partiu do solo depois do chute e o ponto onde ela tocou o solo atrás da linha de fundo era, em metros, um valor mais próximo de

A 52,0
B 64,5
C 76,5
D 80,4
E 86,6

Alternativa correta: C

Enem (2013)

Futebol: “A rebeldia é que muda o mundo”
Conheça a história de Afonsinho, o primeiro jogador do futebol brasileiro a derrotar a cartolagem e a conquistar o Passe Livre, há exatos 40 anos

Pelé estava se aposentando pra valer pela primeira vez, então com a camisa do Santos (porque depois voltaria a atuar pelo New York Cosmos, dos Estados Unidos), em 1972, quando foi questionado se, finalmente, sentia-se um homem livre. O Rei respondeu sem titubear:

— Homem livre no futebol só conheço um: o Afonsinho. Este sim pode dizer, usando as suas palavras, que deu o grito de independência ou morte. Ninguém mais. O resto é conversa.

Apesar de suas declarações serem motivo de chacota por parte da mídia futebolística e até dos torcedores brasileiros, o Atleta do Século acertou. E provavelmente acertaria novamente hoje.

Pela admiração por um de seus colegas de clube daquele ano. Pelo reconhecimento do caráter e personalidade de um dos jogadores mais contestadores do futebol nacional. E principalmente em razão da história de luta — e vitória — de Afonsinho sobre os cartolas.

ANDREUCCI, R. Disponível em: http://carosamigos.terra.com.br. Acesso em: 19 ago. 2011.

O autor utiliza marcas linguísticas que dão ao texto um caráter informal. Uma dessas marcas é identificada em:

A “[…] o Atleta do Século acertou.”
B “O Rei respondeu sem titubear […]”.
C “E provavelmente acertaria novamente hoje.”
D “Pelé estava se aposentando pra valer pela primeira vez […]”.
E “Pela admiração por um de seus colegas de clube daquele ano.”

Alternativa correta: D

Uece (2023)

O jogador brasileiro de futebol Vini Jr., atleta da seleção brasileira e do Real Madrid, time da Espanha, sofreu, há pouco tempo, racismo por parte da imprensa esportiva do país onde joga e de torcidas adversárias. Em muitas partidas, Viny, ao comemorar seus gols, faz uma dança. Em um programa de TV espanhol, intitulado “Chiringuito Show”, o jornalista Pedro Bravo citou: “Tem que deixar de ser macaco”. O atleta recebeu a solidariedade de ex-jogadores, como Pelé, jogadores que estão na ativa, como Neymar, e instituições, como a CBF e o próprio Real Madrid. A hashtag #bailaviny alcançou enorme popularidade na internet. Considerando a narrativa e conhecimentos sobre racismo, preconceito e discriminação no esporte, assinale a alternativa correta.

A Nessa situação, o jogador recebeu uma injúria, porque a antropologia atual considera os negros representantes de raças inferiores.
B O caso pode ser considerado como irreal, um exemplo de fake news, pois não existe racismo no futebol.
C A ocorrência do racismo no caso Vini é uma exceção, pois a história do esporte sempre foi ancorada em ideais de igualdade e respeito entre raças e etnias.
D As desigualdades do trato respeitoso entre brancos e negros no futebol são resultantes de processos históricos que excluem os negros e seus descendentes da sociedade como um todo.

Alternativa correta: D

UEPG (2014)

(SOMATÓRIA)

El primer título de Brasil y el surgimiento del Rey
Pelé era solo un muchacho de 17 años casi desconocido cuando llegó a Suecia en 1958 para disputar el sexto Mundial de la historia. Pero la goleada de 5 a 2 sobre los dueños de casa en la final y una actuación de gala al lado de otro genio, Garrincha, fueron suficientes para dar inicio a la mística que hasta hoy rodea a aquel que después fue llamado de “Atleta del Siglo”.

Después de la frustración frente a la propia hinchada, en 1950, Brasil por fin llegó al título en el Estadio Rasunda y se convirtió en el primer país en levantar la copa fuera de su continente. El Mundial en Suecia también consagró al atacante francés Just Fontaine, cuyo record de goles (13 en seis juegos) permanece hasta hoy.

La mayor novedad fue que el torneo tuvo una cobertura televisiva internacional por primera vez. Tres selecciones debutaron en el Mundial: Unión Soviética, País de Gales e Irlanda del Norte. Los dos últimos, junto a Inglaterra y Escocia, garantizaron que los cuatro seleccionados británicos disputasen juntos un Mundial de la FIFA por primera y única vez hasta hoy.

Los ingleses no fueron muy lejos y terminaron eliminados por los soviéticos, aunque hayan conseguido sostener el primer 0 (cero) a 0 (cero) de la historia de los Mundiales frente a Brasil. Ya el País de Gales e Irlanda del Norte vencieron los partidos de desempate de la primera fase contra Hungría y Checoslovaquia, respectivamente. En los cuartos de final, los galeses se enfrentaron con los brasileros. Resultado: 1 a 0 para el equipo auriverde, con gol de Pelé, el primero de los 12 marcados por él en cuatro ediciones del Mundial.

La anfitriona Suecia permitió que jugadores profesionales actuasen por la selección nacional, y así consiguió fortalecer a su equipo que, aún desacreditado, despachó a los soviéticos y después a Alemania Occidental para llegar a la final.

Adaptado de: http://www.copa2014.gov.br/es/torcedor/historia-das-copas/1958. Acesso em: 20/01/2014.

De acordo com o texto, assinale o que for correto.

01) No mundial de 1958, Pelé era jovem e desconhecido.
02) No mundial de 1958, Garrincha jogava ao lado de Pelé.
04) No mundial de 1958, deu-se início a consagração de Pelé como atleta do século.
08) O mundial de 1958 ocorreu na Suécia.

PUC-RS (2012)

com base no excerto do conto “Viagem a Petrópolis”, de Clarice Lispector, e na letra da música “Pivete”, de Chico Buarque de Hollanda. 

“Viagem a Petrópolis” 
Era uma velha sequinha que, doce e obstinada, não parecia compreender que estava só no mundo. Os olhos lacrimejavam sempre, as mãos repousavam sobre o vestido preto e opaco, velho documento de sua vida. No tecido já endurecido encontravam-se pequenas crostas de pão coladas pela baba que lhe ressurgia agora em lembrança do berço. Lá estava uma nódoa amarelada, de um ovo que comera há duas semanas. E as marcas dos lugares onde dormia. (…) 

O corpo era pequeno, escuro, embora ela tivesse sido alta e clara. Tivera pai, mãe, marido, dois filhos. Todos aos poucos tinham morrido. Só ela restara com os olhos sujos e expectantes quase cobertos por um tênue veludo branco. Quando lhe davam alguma esmola davam-lhe pouca, pois ela era pequena e realmente não precisava comer muito. Quando lhe davam cama para dormir davam-na estreita e dura porque Margarida fora aos poucos perdendo volume. Ela também não agradecia muito: sorria e balançava a cabeça.

“Pivete” 

No sinal fechado 
Ele vende chiclete 
Capricha na flanela 
E se chama Pelé 
Pinta na janela 
Batalha algum trocado 
Aponta um canivete 
E até 
Dobra a Carioca, olerê 
Desce a Frei Caneca, olará 
Se manda pra Tijuca 
Sobe o Borel 
Meio se maloca 
Agita numa boca 
Descola uma mutuca 
E um papel 
Sonha aquela mina, olerê 
Prancha, parafina, olará 
Dorme gente fina 
Acorda pinel 

(…) 

No sinal fechado 
Ele transa chiclete 
E se chama pivete 
E pinta na janela 
Capricha na flanela 
Descola uma bereta 
Batalha na sarjeta 
E tem as pernas tortas 

Considerando os dois fragmentos, NÃO é correto afirmar: 

A O conto de Clarice Lispector problematiza a fragilidade humana diante de um completo abandono. 
B Os dois personagens assemelham-se na dependência à “esmola” e ao “trocado” dos outros, mas diferem no comportamento: enquanto Margarida parece passiva, entregue à velhice, o pivete é irrequieto, incansável na sua batalha pela sobrevivência. 
C Com o irremediável passar dos anos, Margarida sofre com outro aspecto terrível da solidão: o desaparecimento progressivo de todos os parentes. 
D A letra de Chico Buarque de Hollanda associa uma infância de brincadeiras com a dura realidade da sarjeta. 
E Os dois textos, apesar de tematizarem uma problemática urbana contemporânea, sugerem uma possível saída reparatória.

Alternativa correta: E

UEA (2009)

Esporte e arte

As relações entre esporte e arte devem ser compreendidas de forma multifacetada. Uma das ocorrências mais facilmente identificadas é a comparação de atletas com artistas, de belas jogadas com obras de arte ou a utilização de termos artísticos como referência a peculiaridades dos certames esportivos.

Um dos cronistas brasileiros que mais fez uso desse recurso foi Nelson Rodrigues, sempre a considerar as partidas de futebol como verdadeiras óperas e a comparar os jogadores a gênios da arte, como no caso de Pelé, por ele considerado um verdadeiro Michelângelo, e como com Garrincha, comparado a Charles Chaplin, pela capacidade de instaurar um ambiente alegre e desvendar um sorriso na face do torcedor.

É comum que cronistas e jornalistas esportivos façam uso de expressões como: “futebol-arte” (em contraposição a um jogo feio, “de resultados”); “a equipe joga por música” (quando joga unida); “o atleta pintou uma aquarela naquela jogada” (quando realiza uma bela jogada); “o time jogou como se coreografasse” (quando joga bonito); “a disputa foi um verdadeiro filme em dois atos” (quando o jogo é emocionante); “o jogador está fazendo cena, fazendo cinema” (quando finge algo). (…)

Desde a arte moderna há uma tendência crescente por romper as limitadas esferas do campo artístico, trazendo-a para o cotidiano e incorporando este no âmbito da arte. Acrescente-se a isto o fato de percebermos uma clara tendência à corrosão dos limites entre as formas usuais de manifestações artísticas e uma revalorização da cultura popular, o que faz com que antigas “não-artes” passem a ser consideradas como arte. (…)

Não devemos negligenciar o grande número de similaridades entre os campos esportivo e artístico, inclusive nas suas formas de organização, eivadas de elementos simbólicos e se desenvolvendo em lugares específicos, regulados por normas próprias: sejam teatros, museus, cinemas ou estádios. Ambos causam um enorme fascínio, porque nos permitem o acesso a elementos de identificação, de proximidade. A diferença é que o esporte é uma arte popular, mais acessível, normalmente mais facilmente apreciável.

(Victor Andrade de Melo. www.lazer.eefd.ufrj.br/producoes. Adaptado.)

Com base nas informações do texto é correto afirmar que

A atletas e artistas realizam as mesmas atividades e, portanto, essas constituem categorias idênticas.
B artistas desempenham importantes funções na sociedade, na medida em que podem ser vistos como gênios da arte.
C atletas não ficam devendo nada aos artistas, uma vez que são capazes de pintar ou fazer rir como os grandes nomes da arte.
D artistas podem ser aproximados a atletas, desde que se reconheça a primazia daqueles em relação a estes.
E atletas podem ser aproximados a artistas, ainda que as duas categorias não sejam exatamente equivalentes.

Alternativa correta: E

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Alternativa correta: E

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