Novembro e dezembro são os meses das maratonas de vários vestibulares no País. É o mês do Enem, do vestibular da Fuvest, Unesp, Unicamp, ITA, UFMS, Uece, Famema… ufa! Realmente as provas são intensas. Se alguns conseguem ir bem e atingir a aprovação, naturalmente existem aqueles que não conseguem a pontuação necessária e a frustração é inevitável. Por isso, a pergunta “Fui mal no vestibular. E agora?” é feita todos os anos.
Se você é uma das pessoas que não conseguiu ir tão bem quanto esperava, saiba que existem muitos motivos para isso. O vestibular não mede apenas o esforço ou a quantidade de horas, mas uma série de outros fatores. Para ajudar a compreender os próximos passos, conversamos com a psicóloga do Estratégia Vestibulares, Maria Fernanda Alves. Vamos lá?
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Você não é o único
No comecinho do texto, falamos que a pergunta “Fui mal no vestibular. E agora?” é feita todos os anos. É meio óbvio que isso seja assim, já que existem cursos, como em medicina, que 300 candidatos concorrem a apenas uma vaga. Mas, ainda assim, nessas horas é importante lembrar: você não é o único!
Na Fuvest 2022, a concorrência geral é de 12,3 candidatos por vaga. Na Unesp, o número é 8,9 e na Unicamp esse número chega a 24,9. Ou seja, são muitos candidatos que terão que tentar novamente ou seguir outras carreiras e universidades.
Por isso mesmo, é preciso superar a frustração. O sentimento de culpa ou de inferioridade nada ajudam nesses momentos, onde é preciso pensar com racionalidade e com praticidade.
Infelizmente, no sistema educacional brasileiro, não há vagas para todos nas universidades mais conceituadas. Portanto, não passar não é sinônimo de fracasso, já que é possível tentar novamente, com um manejo melhor das emoções, mais experiência e tranquilidade. Muitas vezes, o primeiro contato com os vestibulares podem despertar problemas como a ansiedade, que atrapalham muito o desempenho.
“Muitos jovens se resumem a um resultado de vestibular: se sou aprovado, sou um sucesso, se sou reprovado sou um completo fracasso e não é bem assim. A gente sabe que o vestibular é muito concorrido. Não depende apenas da pessoa em si, são muitas variáveis. É importante que o estudante busque uma relação saudável, com mais clareza e não uma relação de tudo ou nada”, explica a psicóloga.
Foi mal em tudo mesmo?
Se você nem recebeu o resultado e já está sofrendo por antecipação, a dica é: mantenha a calma! O Enem tem a nota avaliada pelo TRI, sistema de difícil mensuração prévia porque depende da quantidade de acertos de outros candidatos.
Se prestou a outros vestibulares, muitos ainda não divulgaram os resultados. E, se passou por pouco para a segunda fase, ainda dá tempo de ter um bom desempenho nas provas para subir na classificação geral.
Antes de desanimar ou desesperar, é preciso estudar todas as opções, inclusive com programas sociais de auxílio, bolsas e outras formas de ingresso. Mas isso é algo que só você vai poder dizer. Por isso, tenha calma e busque ser racional. Se for uma opção prestar o vestibular no próximo ano, o Estratégia vai estar com você!
Sim, dá pra tentar de novo
Para muitas situações, não tem jeito. Só se vence com persistência e com a capacidade de se reestruturar para tentar novamente. Se tentar de novo for uma opção, é muito importante identificar aquilo que causou mais problemas neste ano.
Se foi a concentração, pensar em estratégias para focar mais, se for organização, pensar em mentorias para ajudar a estruturar a rotina. Se for a ansiedade, ir treinando o manejo das emoções e criando hábitos que atenuem os sintomas. Se for grave, buscar ajuda com um profissional também pode ajudar bastante no processo.
“Cada pessoa vai enxergar a prova de um jeito. A prova tem um peso diferente para cada um. Não é só entrar numa instituição, têm expectativa da família, dos amigos, são sonhos. O importante é lembrar que essa não é a última chance. E, mesmo se for, a vida é muito maior que o vestibular e que a instituição. Esse é um dos caminhos”, explica Maria Fernanda.
No portal do Estratégia, a psicóloga Maria Fernanda já havia dado algumas dicas de como preparar o psicológico e elas se mantêm as mesmas! Caso precise de dicas de saúde mental, confira o artigo “10 dicas de saúde mental para estudantes em fase de vestibular”. Mas lembre-se: as dicas não substituem a necessidade de ajuda profissional em alguns casos. Portanto, se a não aprovação está provocando sentimentos intensos e graves, peça ajuda.
Confira o vídeo “Como lidar com a ansiedade no vestibular”
Descanse o corpo e a mente para voltar com disposição
É normal o cansaço bater nesse período. Afinal, o caminho de preparação para o vestibular pode ser bem desgastante, não só pelos estudos, mas também pela própria pressão que envolve a realização das provas. Nesse período, é comum que os estudantes abram mão de momentos de diversão, socialização e outras formas de prazer.
Maria Fernanda alerta contra essa prática: “Existe um mito que diz que o estudante que será aprovado é aquele que abandona tudo na vida e fica o dia inteiro no quarto estudando e mal levanta para se alimentar. Isso é um mito. A gente precisa dar um tempo para o corpo e o cérebro carregarem as energias, para continuar funcionando bem. Uma dica é: não abandone por completo a vida de você”, explica.
Eliminar uma boa alimentação, uma rotina de atividades físicas e momentos de lazer e sociabilidade pode, inclusive, aumentar a sensação de pressão e ampliar os efeitos da ansiedade, segundo a especialista. Por isso, é importante lembrar da qualidade das horas de estudo e do preparo como um todo, já que o desempenho não é só determinado pela quantidade de horas estudadas.
Nesse período de fim de ano, por exemplo, é importante tirar alguns dias para refrescar a cabeça e descansar. A profissional recomenda que, mesmo para os estudantes que precisam estudar no período de festas para se sentirem bem, que façam isso de forma mais suave e alternando com momentos de descanso. A recomendação, especialmente perto do período de provas, é priorizar a revisão.
Estude de forma assertiva com o Estratégia Vestibulares
No Estratégia Vestibulares o foco é o desempenho do aluno. Por isso, oferecemos cursos específicos para cada prova, revisões personalizadas, dicas sobre cada exame, mentorias para te ajudar a manter o foco e a organização, banco de questões para otimizar o desempenho na prova e os simulados para te acostumar com cada formato.
Se sua opção for tentar novamente, conte com a gente para um direcionamento que vai te ajudar em cada detalhe do seu percurso!
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