Abiogênese

Abiogênese

Abiogênese (do grego a-bio-genesis , “origem não biológica”) designa de modo geral o estudo sobre a origem da vida a partir de matéria não viva. No entanto há que se fazer distinções entre diferentes ideias ou hipóteses as quais o termo pode ser atribuído.

Atualmente, o termo é usado em referência à origem química da vida a partir de reações em compostos orgânicos originados abioticamente. Esta designação entretanto, é ambígua, pois muitos pesquisadores se referem ao mesmo processo utilizando o termo ‘biogênese’.

Ideias antigas de abiogênese também recebem o nome de geração espontânea, e essas foram, há muito tempo, descartadas pela ciência; consistiam basicamente na suposição de que organismos mais complexos, dos que se observa diariamente, não se originassem apenas de seus progenitores, mas de qualquer ser inanimado.

O consenso científico atual é que a abiogénese ocorreu aproximadamente entre 4,4 bilhões de anos, quando vapor de água condensou-se pela primeira vez na Terra, e 2,7 bilhões de anos atrás, quando a proporção de isótopos estáveis de carbono (12C e 13C), ferro e enxofre aponta para uma origem biogénica de minerais e sedimentos e marcadores biomoleculares indicam a existência de fotossíntese.

Este tema inclui também a panspermia e outras teorias exogénicas referentes à possibilidade da origem da vida ser extra-terrestre ou extra-planetária. Estas hipóteses supõem que a origem da vida ocorreu em alguma altura nos últimos 13.7 bilhões de anos da evolução do Universo desde o Big Bang.

A hipótese da panspermia não encontra atualmente muita ênfase no meio científico por não resolver mas sim transferir a questão acerca da origem da vida para outro local do universo, ao passo que, por fatos verificáveis, há até o momento confirmação dessa apenas na Terra. Os estudos sobre a origem da vida são um campo limitado de pesquisa apesar do seu profundo impacto na biologia e na compreensão do mundo natural.

O progresso neste campo é geralmente lento e esporádico, apesar de atrair a atenção de muitos devida à importância da questão. Várias hipóteses têm sido propostas, dentre as quais a Teoria de Oparin da sopa primordial e a do mundo do RNA, que a complementa. Atualmente, o termo abiogênese (do grego a-bio-genesis, “origem não biológica”) é usado em referência à origem química da vida a partir de reações em compostos orgânicos originados abioticamente, sendo essa ideia geralmente referida como abiogênese química.

Paradigma científico atualmente válido para a origem da vida, segundo a abiogênese química a primeira protocélula, com capacidade de autorreprodução, teve origem diretamente na matéria inanimada, e uma vez presente, por evolução, derivou-se a seu tempo, por reprodução, a origem de toda a diversidade biológica no planeta. A abiogênese química não implica a origem direta na matéria inanimada de organismos complexos; em verdade proíbe tal cenário.

A veracidade dessa hipótese encontra forte corroboração na árvore da vida, que remete todos os seres vivos do planeta não apenas a ancestrais comuns mas também os converge a um único ancestral comum. Embora há muito descartadas pela ciência, outras ideias acerca da origem dos seres vivos, geralmente mais antigas, também recebem o nome de abiogênese, e entre elas destaca-se certamente a chamada abiogênese espontânea, ligada à ideia da geração espontânea de organismos já complexos. Nesse estilo moscas “brotariam” de matéria orgânica em decomposição. A geração espontânea não encontra corroboração científica nos dias de hoje, encontrando-se há muito refutada pela ciência.

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