O meio ambiente e a natureza são necessários para a preservação da vida na Terra. Apesar disso, é conhecido que o ser humano é um agente que causa degradação constante do ecossistema terrestre. Nesse sentido, compreender as dimensões da poluição atmosférica e hídrica é importante para o ingresso nas universidades.
Por essa razão, o Estratégia Vestibulares construiu um artigo com um panorama das informações mais relevantes sobre poluição atmosférica. Acompanhe a seguir!
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O que é poluição atmosférica?
A poluição atmosférica acontece quando ocorre a liberação de substâncias nocivas à saúde e ao meio ambiente, a depender da concentração dos compostos. Nesse sentido, a mudança do equilíbrio atmosférico confere-se como o principal fator que revela a poluição do ar.
Poluir o ar é uma ação comum para o ser humano desde a antiguidade, mas foi a partir da Revolução Industrial que esse processo se intensificou. A necessidade de fontes de energias mais potentes e o descuido com a questão ambiental são cruciais para a destruição da natureza.
Principais poluentes
Os poluentes podem ser de origem antrópica (produzido a partir de resíduos de uso humano) ou naturais, como vulcões ou neblinas.
Conheça agora uma lista com os principais poluentes atmosféricos:
- Monóxido de Carbono (CO): composto que, geralmente, é resultante da queima incompleta dos combustíveis fósseis e é altamente tóxico. Ao ser inalado, o CO se liga fortemente à hemoglobina e impede o transporte de oxigênio na corrente sanguínea, o que leva o indivíduo a óbito;
- Clorofluorocarbonos (CFCs): essas substâncias ficaram muito conhecidas pois foram proibidas em diversos países. Antes disso, eram utilizados em aerossóis, sprays e aparelhos de ar-condicionado.
O fator determinante para que os clorofluorocarbonos sejam vilões é a reação deles com a camada de ozônio, com a ruptura desta.
Como se sabe, a camada de ozônio é essencial para a redução dos efeitos negativos dos raios ultravioleta – como o câncer de pele; - Dióxido de Carbono (CO2): famoso por ser emitido por seres vivos, o dióxido de carbono torna-se um poluente quando são lançadas grandes quantidades sobre a atmosfera. Em geral, ele é proveniente da queima de combustíveis e de resíduos – por isso a importância de conter queimadas e reduzir o uso dos derivados de petróleo.
Além disso, o CO2 é um dos gases causadores do efeito estufa – situação que impede a saída do calor para fora da atmosfera terrestre, o que culmina no aumento gradual da temperatura e ocasiona fenômenos climáticos nos continentes; e - Óxidos de Enxofre (SOx): são resíduos, principalmente, da atividade industrial e da erupção vulcânica. O grande problema dos óxidos de enxofre aparece quando eles reagem com a água e formam um ácido forte – um elemento crucial para formar a precipitação ácida.
Causas da poluição atmosférica
Em termos de ações antrópicas, as causas da poluição atmosférica perpassam o consumo exagerado e as posturas descuidadas com o meio ambiente, veja alguns exemplos:
- Queimadas na agricultura, de forma artificial;
- Resíduos Industriais, principalmente as grandes fábricas que utilizam muita energia;
- Queima de combustíveis fósseis, principalmente para os veículos automotores;
- Utilização massiva dos derivados de petróleo em plásticos e processos energéticos;
- Fertilizantes que liberam compostos tóxicos, no mercado agricultor; e
- Mineração não fiscalizada.
Consequências da poluição do ar
Os poluentes são tóxicos para a fauna e flora de todos os ecossistemas, de forma que causam alterações dos padrões normais de vida. Acompanhe algumas doenças e impactos da poluição atmosférica:
Doenças e impactos da poluição atmosférica
Como citado anteriormente, a destruição da camada de ozônio, causada por alguns tipos de poluentes, pode ser determinante para o aumento no número de casos de câncer de pele.
Além disso, a inalação constante de substâncias tóxicas interfere na capacidade pulmonar e pode favorecer o desenvolvimento de doenças respiratórias crônicas.
A emissão de gases reagentes pode ocasionar a maior frequência de chuvas ácidas, precipitação que danifica a flora, as plantações e, até mesmo, os bens materiais humanos.
Outra consequência considerável da poluição atmosférica é a intensificação do efeito estufa, que tem causado o derretimento de geleira, aumento do nível dos mares e, em breve, poderá modificar as configurações continentais do planeta Terra.
A smog, uma mistura de gases poluentes e neblina, é uma fumaça visível que é útil para dimensionar o impacto da ação antrópica sobre a natureza. Quando aparece, ela pode acentuar as doenças respiratórias e piorar a qualidade do ar.
Acordo de Paris
Em uma tentativa de melhorar a abordagem ambiental dos países, as nações assinaram um acordo em Paris, em que se comprometeram com medidas, metas e ações que deveriam ser implementadas.
Nessa proposição, a ideia era amenizar os impactos do efeito estufa e do aquecimento global – o que visa prevenir as mudanças climáticas radicais que se alastram no mundo.
Ações de prevenção
Para prevenir a poluição atmosférica, é importante que os cidadãos tornem-se conscientes em seus papéis como habitantes do planeta Terra.
Separar o lixo, optar por comprar produtos ecológicos, evitar compras desnecessárias, dividir o transporte ou utilizar transportes públicos, economizar energia, gastar menos sacos plásticos e conscientizar os colegas podem ser ações efetivas a longo prazo.
Questões resolvidas
ENEM 2016
Segundo a Conferência de Quioto, os países centrais industrializados, responsáveis históricos pela poluição, deveriam alcançar a meta de redução de 5,2% do total de emissões segundo níveis de 1990. O nó da questão é o enorme custo desse processo, demandando mudanças radicais nas indústrias para que se adaptem rapidamente aos limites de emissão estabelecidos e adotem tecnologias energéticas limpas. A comercialização internacional de créditos de sequestro ou de redução de gases causadores do efeito estufa foi a solução encontrada para reduzir o custo global do processo. Países ou empresas que conseguirem reduzir as emissões abaixo de suas metas poderão vender este crédito para outro país ou empresa que não consiga.
BECKER, B.Amazônia: geopolítica na virada do II milênio. Rio de Janeiro: Garamond, 2009.
As posições contrárias à estratégia de compensação presente no texto relacionam-se à ideia de que ela promove
a) retração nos atuais níveis de consumo.
b) surgimento de conflitos de caráter diplomático.
c) diminuição dos lucros na produção de energia.
d) desigualdade na distribuição do impacto ecológico.
e) decréscimo dos Índices de desenvolvimento econômico.
Conforme descrito no texto, a negociação dos créditos pode ser favorável para os países industrializados – que podem não alterar seus padrões de vida e, simplesmente, comprar bonificações com os países menos desenvolvidos. Isso faria com que o impacto ecológico se tornasse mais um produto e não uma escolha consciente, ideias condizentes com a alternativa D.
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