Tecidos Vegetais: entenda a histologia vegetal!

Tecidos Vegetais: entenda a histologia vegetal!

Assim como nós, as plantas são compostas de células, tecidos e órgãos. Compreender essas partes e suas funções é essencial para os estudos botânicos. Nos vestibulares, os tecidos vegetais – ou o estudo da histologia – são cobrados de diversas maneiras e, por isso, os vestibulandos devem estar atentos ao assunto.

Diante disso, o Estratégia Vestibulares preparou um artigo em que resume a histologia vegetal. Acompanhe a seguir!

O que são tecidos vegetais?

Segundo os princípios da biologia celular, um tecido é um aglomerado de células que desempenham a mesma função e apresentam características semelhantes.

Geralmente, tecidos unidos formam órgãos e sistemas, o que constitui o organismo. 

Quais os tipos de tecidos vegetais?

Os tecidos vegetais são separados em diferentes tipos. A seguir, confira a descrição de cada um deles.

Meristemas

O meristema é o tecido de crescimento das plantas. Ele é caracterizado por apresentar alta taxa mitótica e ser pouco diferenciado.

Uma analogia para explicar o que são os tecidos meristemáticos seria a comparação com as nossas células tronco, que têm capacidade de totipotência. Esse tipo tecidual pode ser dividido em dois ramos:

  1. Meristema Primário: promove o crescimento vertical da planta. Esse tipo meristemático cresce a partir da gema apical, localizada nas raízes ou no topo do caule; pode crescer também a partir da gema lateral/axilar; e
  2. Meristema Secundário: Responsável pelo crescimento em espessura e largura. O crescimento desse meristema difere conforme as estações, ou seja, na primavera e no verão ele é mais desenvolvido do que nas outras duas estações.

Epiderme 

A epiderme vegetal é um tecido de revestimento. Ela é encarregada de revestir as “partes moles” da planta, como: flores, folhas e frutas. Sua superfície faz contato com o meio ambiente externo e está sujeita às condições climáticas.

Uma funcionalidade da epiderme é liberar uma camada de cera denominada cutina. Essa camada é chamada de cutícula e serve como proteção para os órgãos vegetais. No cerrado, por exemplo, as plantas resistem às queimadas devido à cutícula epidérmica. Além do mais, por meio desse tecido também são possíveis as trocas gasosas que promovem a fotossíntese

Periderme

Também serve para o revestimento vegetal, mas está alocado nas “porções duras” da planta, como o caule e a raiz. O súber (tecido morto), o felogênio e o feloderme são exemplos de peridermes e possuem cavidades que propiciam a respiração – as lenticelas. 

Parênquimas

Os tecidos parenquimáticos estão situados entre a epiderme e o xilema, e são abundantes no organismo vegetal. Assim, podem admitir diversas funções e tipos, confira:

  • De Preenchimento: Parênquima Cortical e Parênquima Medular;
  • De Assimilação: onde ocorrem as trocas gasosas, com função fotossintética. Chamado pelos nomes de Parênquima Paliçádico e Parênquima Lacunoso; e
  • De Armazenamento: permite guardar substâncias conforme a necessidade fisiológica da planta. Existem três tipos: Parênquima Aerífero (ar), Parênquima Aquífero (água) e Parênquima Amilífero (amido). Um exemplo brasileiro é o cacto, que possui o Parênquima Aquífero para reservar água. 

Colênquima e Esclerênquima

Ambos os tecidos são parte da sustentação do vegetal. O colênquima é um tecido vivo e alguns biólogos o comparam, em caráter de analogia, à cartilagem humana. Ele é quem confere certa resistência às dobras e flexibilidade aos caules e às folhas.

O esclerênquima, por sua vez, é formado por celulose e lignina. As células esclerenquimáticas possuem uma parede celular celulósica e um segundo revestimento externo de lignina. Essa última substância promove a impermeabilidade das células, de forma que, na falta de água, a lignina ocasiona a morte celular. Por isso, o esclerênquima é considerado um tecido morto

O tecido esclerenquimático compõe as fibras vegetais, que fazem muito bem para o organismo humano, já que quando ingeridos por nós provocam os movimentos digestivos. 

Floema e Xilema

Essas organizações teciduais são destinadas à condução de substâncias. O floema – também chamado de líber ou elementos crivados – é responsável por carregar a seiva elaborada da planta. Assim, o tecido floemático transporta a matéria orgânica entre os sistemas vegetais.

O xilema, chamado também de lenho ou elementos de vaso, conduz a seiva bruta, composta de água e sais minerais. Esse transporte ocorre da raiz até os outros tecidos. Em analogia, é possível dizer que o tecido lenhoso trabalha no encanamento do organismo. Além disso, outra função xilemática é ajudar na sustentação da planta.

A interação entre esses dois tipos teciduais possibilita a sobrevivência da planta e o desenvolvimento da fotossíntese. Dentro do corpo vegetal, a localização desses vasos condutores se adequa ao seguinte parâmetro: o xilema encontra-se na medula (parte interna) e o floema no córtex (periferia). Confira o esquema!

Tecidos Vegetais - Estratégia Vestibulares

Cultura de Tecidos Vegetais

Você sabia que é possível cultivar tecidos vegetais? Nesse caso, pesquisadores formam ambientes favoráveis de desenvolvimento vegetal para iniciarem o processo. Para fomentar o crescimento, são adicionadas porções celulares de outras plantas que serão reproduzidas assexuadamente.

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