A comunicação e a linguagem são protagonistas nas relações sociais. Nesse sentido, a transmissão de mensagens torna-se mais fácil quando o conhecimento linguístico é apropriado e bem direcionado. Para compreender um idioma é necessário saber a construção sintática: sujeito, predicado, complemento nominal e verbal, entre outros.
O Estratégia, ao notar a importância do assunto, preparou um resumo com as principais informações sobre o predicado na língua portuguesa. Acompanhe a seguir!
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O que é predicado?
Para compreender o conceito de predicado, pode-se admitir que ele é aquilo que se diz do sujeito, de forma que pode incluir os verbos. Em termos práticos, o predicado é tudo aquilo que não é o sujeito da oração.
Conceitos importantes
Para compreender melhor a definição e o uso do predicado, é relevante conhecer o significado de alguns termos. Confira na lista abaixo:
- Verbo de ligação: é o verbo de ligação (VL) que faz uma ligação/associação entre os termos da oração, mas não é o principal enfoque dela. Além de que indicam um estado e não uma ação.
Por exemplo, em “Kauane é feliz” a ênfase se dá na felicidade do sujeito, enquanto o verbo liga as palavras; - Verbo transitivo direto: abreviado pela sigla VTD, o verbo transitivo direto tem significado dentro da oração e se liga ao objeto de maneira direta, ou seja, sem preposição. Para reconhecê-lo basta usar a pergunta “o quê?”, se houver resposta é um VTD.
Como acontece em “Andrew comeu pizza”, o verbo comer apresenta-se como uma ação significativa para o contexto da oração e não necessita de preposição. Ao questionar “comeu o quê?” a resposta é “pizza”, é um verbo transitivo direto; - Verbo transitivo indireto: para fins didáticos é chamado de VTI e, assim como o VTD apresenta significado completo no contexto da frase, mas precisa de preposição para ligar-se ao seu objeto indireto. Para encontrá-lo faça a pergunta “verbo + preposição + quê?”, se houver resposta preposicionada é um VTI.
Na oração “Elisangela acredita em Deus”, o verbo acreditar pede uma preposição para ligar-se ao objeto indireto “Deus”.
Ao perguntar “acredita em quê?” a resposta é “em Deus”, ou seja, é um verbo transitivo indireto;
- Verbo transitivo direto e indireto: o verbo que apresenta ambas as transitividades é chamado de VTDI e tem significado completo, objeto direto e objeto indireto. Esse tipo de verbo responde às perguntas “o quê?” e “verbo + preposição + quê?”,
Na oração “Já contei ao meu pai que não vou embora, o verbo contar é indireto quando a resposta da pergunta “contei a quem?” é “ao meu pai” (preposição ao); e é direto quando responde à pergunta “contei o que?” com o objeto direto “que não vou embora”; - Verbo intransitivo: são verbos que não respondem as perguntas “por que?” e “por quem?”, ou seja, não aceitam objetos. Dessa forma, os verbos intransitivos (VI) tem sentido completo para o sujeito.
Em “Ele caiu”, o verbo cair não permite um objeto direto ou indireto, o que caracteriza-o como VI; e - Núcleo do sujeito: é a parte central do sujeito, que indica a essência do agente – seja um substantivo, um pronome ou um adjetivo.
Na frase “Os alunos dizem maravilhas sobre a faculdade”, o sujeito é “os alunos”, mas o núcleo é o substantivo “alunos”.
Tipos de predicado
Na sintaxe, os predicados são agrupados em três diferentes categorias que serão descritas nos tópicos seguintes:
Predicado verbal
São os predicados de orações que contêm verbos significativos, sejam eles VTD, VTI, VTDI ou VI. Nesse caso, o foco principal está no significado do verbo e seus complementos.
Confira frases de exemplo:
“Ela produz pães de diversos tipos”
“Victor inspira-se em sua família”
“Meu amigo ofereceu ajuda à nossa família”
“Marina acordou pela manhã”
Observe que os verbos trazem significados importantes para a compreensão semântica da frase, além de serem as partes mais relevantes – isso caracteriza um predicado verbal.
Predicado nominal
São predicados que aparecem depois de um verbo de ligação. Nesse caso, o predicado é a parte principal da oração – com adição de características ao sujeito.
O predicado nominal é muito recorrente em textos e poemas descritivos, veja alguns exemplos:
“Você é linda“
“Ela é estudiosa e inteligente”
“Ele está focado nos estudos”
“Mariana continua empolgada com a escola”
Perceba que todos os enunciados apresentam verbo de ligação e estão voltados para a caracterização do sujeito.
Predicado Verbo-Nominal
Por sua vez, o predicado verbo-nominal representa a ênfase da oração tanto na ação verbal como na parte nominal do enunciado.
Veja uma frase de modelo:
“Kauane comemorou feliz a aprovação no vestibular da Unicamp!”
Note que o verbo “comemorar” e o adjetivo “feliz” são, ambos, importantes para a construção do significado no trecho. Desse modo, o predicado deve ser considerado verbo-nominal.
Outros exemplos:
“Osvaldo chorou chateado por perder o emprego”
“O vento sopra com força por aqui”
“A garota acordou assustada”
Questões resolvidas
Mackenzie
I – Na oração: “Eu considerava aquele homem meu amigo”, o predicado é verbo-nominal com predicativo do objeto.
II – No período: “O jovem anseia que os mais velhos confiem nele”, a oração subordinada é substantiva objetiva indireta, mas está faltando a preposição regida pelo verbo ansiar.
III – No período: “A ser muito sincero, não sei como isto aconteceu”, a oraçã subordinada é adverbial final reduzida de infinitivo.
Quanto às afirmações anteriores, assinale:
a) se apenas I está correta.
b) se apenas II está correta.
c) se apenas III está correta.
d) se todas estão corretas.
e) se todas estão incorretas.
Na oração indicada na primeira afirmação, o foco do locutor é o verbo “considerar” e a o “amigo” – isso demonstra que a palavra “considerava” tem valor significativo e, ao mesmo tempo, “meu amigo” é uma característica importante do objeto direto “homem”.
Isso faz com que o predicado seja verbo-nominal. Além disso, “Meu amigo” se liga ao objeto “homem” e o caracteriza – existe predicativo do sujeito. Desse modo, a primeira afirmação é correta.
Segundo a regência verbal, o verbo “ansiar” pode ser utilizado com e sem preposição. Quando aparece sem ela, demonstra uma intensidade do desejo. O que torna a segunda afirmativa incorreta.
Na terceira afirmação, a oração não é oração subordinada adverbial final reduzida de infinitivo.
Com isso, só pode ser considerada correta a alternativa de letra A.
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