Conhecer a tabela periódica completa e atualizada é importante para o estudo pré-vestibular. Essa ferramenta da química fornece, organizadamente, informações sobre os elementos químicos, a possibilidade de interação entre eles e as propriedades atribuídas.
Para te ajudar a entender a disposição dos elementos químicos, o agrupamento deles em grupos e períodos, além de conhecer as propriedades periódicas que podem ser observadas na tabela, o Estratégia Vestibulares preparou o resumo abaixo.
Ao fim de sua leitura, você pode treinar seu conhecimento e ver como o assunto é cobrado na prova: foram selecionadas questões de vestibulares sobre a Tabela Periódica, com resolução e gabarito. Confira!
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O que é Tabela Periódica?
A tabela periódica é um modelo criado para organizar os elementos químicos conhecidos pelos seres humanos, conforme suas semelhanças e diferenças entre si.
O tamanho dos átomos, a quantidade de elétrons na camada de valência, o comportamento do material e outras características foram levadas em consideração, constituindo a tabela periódica completa e atualizada que utilizamos nos dias de hoje.
Em sua última versão, ela possui 118 elementos — dos quais 92 são encontrados na natureza e 26 são artificiais. Por convenção, eles estão dispostos cada um em um quadrado, juntamente com o número de prótons presentes em seu núcleo, representado por Z.
O Z de um elemento químico é o que o identifica. Isso acontece porque o número de prótons do elemento não se altera facilmente, somente em reações químicas do tipo nuclear, que não são recorrentes no dia a dia.
Geralmente, os outros constituintes de um átomo são variáveis ao longo do tempo, com os processos e reações químicas. Então, é possível que elementos diferentes apresentem o mesmo número de nêutrons e/ou de elétrons, mas nunca o mesmo valor de prótons.
Breve histórico da Tabela Periódica
A tabela periódica foi criada, primeiramente em 1869, quando o químico russo Dmitri Mendeleev montou uma organização mais simples dos sessenta elementos conhecidos até aquela época.
O arranjo dos símbolos nos quadradinhos partia do princípio de que alguns elementos possuíam propriedades e características muito semelhantes e, por isso, deveriam ser agrupados próximos.
Com o passar dos anos essa disposição foi sendo aprimorada, novas características e elementos foram descobertos e a tabela periódica está sempre passando por atualizações, conforme a ciência avança.
A principal função da tabela é, portanto, facilitar a identificação, classificação e descrição dos elementos, conforme sua posição nessa ferramenta.
Como ler a tabela periódica?
Na tabela periódica, a representação de um elemento químico é dada por uma ou duas letras, que é um símbolo utilizado internacionalmente. Essa simbologia parte do nome do átomo escrito em latim ou grego. Por exemplo, o S utilizado em enxofre parte da palavra latina Sulphur.
Outros símbolos famosos: H = hidrogênio, O = oxigênio = , F = flúor, Hg = mercúrio (hydrargyrum), Ca = cálcio, Na = sódio (Natrium), K = potássio (Kallium), Cu = cobre (Cuprum), e entre outros.
Veja, na figura abaixo, um exemplo da representação química periódica:
A disposição dos elementos da tabela é dada pela ordem crescente de Z, no sentido de leitura ocidental: da esquerda para a direita, de cima para baixo. Ou seja, o primeiro elemento tem Z=1 (Hidrogênio), enquanto o último terá Z=118 (Oganesson).
Para consultar a tabela periódica, pode ser importante ter em mãos uma dessas informações: símbolo, nome e número de prótons.
Organização da Tabela Periódica
Grupos
Os grupos periódicos, anteriormente chamados de famílias, são as colunas da Tabela. Em cada uma delas, os elementos possuem características físico-químicas semelhantes — a única exceção a essa regra é o Hidrogênio, que não segue todas as propriedades do grupo a que pertence.
Os elementos químicos que estão na mesma família possuem o mesmo número de elétrons na camada de valência, mesmo que o número de elétrons totais seja diferente.
Isso implica na forma como elas interagem com outras substâncias.Veja um exemplo: os elementos químicos do grupo 2 formam cátions bivalentes (Ca2+, Mg2+), enquanto os elementos do grupo 17 (Cl–, F–) constituem ânions monovalentes. A interação entre essas famílias dá origem a substâncias como: CaCl2, CaF2, MgCl2, MgF2
Conheça agora os grupos periódicos:
- Grupo 1: Metais Alcalinos;
- Grupo 2: Metais Alcalino-terrosos;
- Grupo 13: Família do Boro;
- Grupo 14: Família do Carbono;
- Grupo 15: Família do Nitrogênio;
- Grupo 16: Calcogênios (do Oxigênio);
- Grupo 17: Halogênios (do Flúor); e
- Grupo 18: Gases Nobres.
Os grupos de 3 a 11 são formados por elementos de transição, que possuem características semelhantes tanto com o lado esquerdo da tabela, quanto com o lado direito. Por isso, eles ficam no meio, conforme propôs Mendeleev.
+ Veja também: Forças intermoleculares: iônica, covalente, metálica, dipolos e hidrogênio
Períodos
Os períodos da tabela periódica são as linhas horizontais da estrutura. Todos os elementos de mesmo período possuem, necessariamente, o mesmo número de camadas eletrônicas.
O período dos lantanídeos e actinídeos possuem, cada um, 15 elementos. Para evitar que a Tabela ficasse muito longa, essas linhas são escritas abaixo da estrutura, como você pode observar nas linhas verdes abaixo:
Propriedades periódicas
A forma como a tabela periódica é organizada favorece reconhecer propriedades dos átomos, como o tamanho do raio atômico, a afinidade dele por elétrons, a qualidade metálica ou não metálica, entre outras informações.
Veja um esquema de como esses valores aumentam — a seta indica o aumento da intensidade do que está sendo medida.
+ Veja mais: Química geral: o que é e principais assuntos
Videoaula sobre Tabela Periódica
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Questões de vestibulares sobre Tabela Periódica
Na mitologia grega, Nióbia era a filha de Tãntalo, dois personagens conhecidos pelo sofrimento. O elemento químico de número atômico (Z) igual a 41 tem propriedades químicas e físicas tão parecidas com as do elemento de número atômico 73 que chegaram a ser confundidos.
Por isso, em homenagem a esses dois personagens da mitologia grega, foi conferido a esses elementos os nomes de nióbio (Z = 41) e tãntalo (Z = 73). Esses dois elementos químicos adquiriram grande importância econômica na metalurgia, na produção de supercondutores e em outras aplicações na indústria de ponta, exatamente pelas propriedades químicas e físicas comuns aos dois.
KEAN, S. A colher que desaparece: e outras histórias reais de loucura, amor e morte a partir dos elementos químicos. Rio de Janeiro: Zahar, 2011 (adaptado).
A importância econômica e tecnológica desses elementos, pela similaridade de suas propriedades químicas e físicas, deve-se a
a) terem elétrons no subnível f
b) serem elementos de transição interna.
c) pertencerem ao mesmo grupo na tabela periódica.
d) terem seus elétrons mais externos nos níveis 4 e 5, respectivamente.
e) estarem localizados na família dos alcalinos terrosos e alcalinos, respectivamente.
Na tabela periódica, elementos químicos com propriedades físico-químicas semelhantes estão arranjados na mesma coluna e pertencem ao mesmo grupo. Assim, a alternativa correta é a letra C.
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