No dia 21 de março, ou 21/03, é comemorado o Dia Internacional da Síndrome de Down pois representa a triplicação (trissomia) do 21º cromossomo que causa a síndrome.
A data, reconhecida oficialmente pelas Nações Unidas desde 2012, foi proposta para celebrar a vida das pessoas com Síndrome de Down, além de conscientizar sobre a garantia de seus direitos.
Para refletir sobre o tema, o Portal Estratégia Vestibulares listou nove filmes que retratam a Síndrome de Down que podem ser usados no repertório sociocultural da redação dos vestibulares e do Enem. Acompanhe essa viagem cinematográfica!
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An irish goodbye (2022)
“An Irish Goodbye” é um curta-metragem irlandês de comédia dramática dirigido por Tom Berkeley e Ross White, que ganhou o Oscar e o Bafta de 2023. O filme acompanha dois irmãos, Turlough e Lorcan, que se reencontram após a morte da mãe.
Enquanto Turlough quer seguir com a vida e enviar Lorcan para morar com o tio, Lorcan, que tem Síndrome de Down, insiste que eles cumpram a lista de desejos deixada pela mãe antes de se separarem.
O personagem Lorcan, interpretado por James Martin, não é definido exclusivamente por sua condição. O filme trata a inclusão de maneira orgânica, destacando a importância da autodeterminação e dos laços familiares.
Além disso, James Martin foi o primeiro ator com síndrome de Down a estrelar um filme vencedor do Oscar, o que trouxe ainda mais visibilidade para pessoas com deficiência na indústria cinematográfica.
Dafne (2019)
“Dafne” é um filme italiano dirigido por Federico Bondi que conta a história Dafne, uma jovem com síndrome de Down que leva uma vida independente. Quando sua mãe morre repentinamente, Dafne e seu pai, Luigi, com quem nunca teve uma convivência harmoniosa, precisam lidar com o luto e encontrar uma nova forma de se relacionar.
A narrativa evita estereótipos e coloca Dafne como protagonista de sua própria história, mostrando sua força emocional e capacidade de lidar com a perda. Ao mesmo tempo, o filme aborda o impacto da relação pai e filha, destacando como Luigi, inicialmente sobrecarregado, aprende a enxergar Dafne como uma mulher adulta, capaz de seguir em frente sem superproteção excessiva.
Cromossomo 21 (2017)
O filme brasileiro dirigido por Alex Duarte acompanha Vitória, uma jovem com síndrome de Down que leva uma vida independente e trabalha em uma biblioteca. Sua rotina muda quando ela se apaixona por Afonso, um jovem sem deficiência. O relacionamento entre os dois desafia preconceitos e levanta questionamentos sobre autonomia, amor e aceitação social.
Diferente de muitas produções que retratam pessoas com síndrome de Down de forma infantilizada ou dependente, Cromossomo 21 coloca sua protagonista, interpretada por Adriele Pelentir, no centro de um romance adulto e complexo.
O filme questiona os limites impostos pela sociedade, especialmente no que diz respeito à afetividade e à sexualidade de pessoas com deficiência intelectual.
Marina não vai à praia (2014)
O curta-metragem brasileiro, dirigido por Cássio Pereira dos Santos, mostra um grupo de adolescentes do interior de Minas Gerais que planeja uma viagem de formatura para a praia.
Marina, uma jovem com síndrome de Down, sonha em ver o mar e deseja ir com sua irmã mais velha. No entanto, ela é impedida de viajar e, com determinação, procura outras formas de tornar seu sonho realidade.
Geração 21 (2012)
Geração 21 é uma websérie brasileira também dirigida pelo cineasta e jornalista Alex Duarte. A obra acompanha a vida de 12 jovens brasileiros com síndrome de Down em diferentes contextos, explorando suas histórias de vida, lutas e conquistas.
O documentário oferece uma visão íntima das experiências desses jovens, abordando temas como inclusão, autonomia, expectativas e o desejo de ser reconhecido como qualquer outra pessoa da sua idade.
Colegas (2012)
Colegas (2012) é um filme brasileiro dirigido por Marcelo Galvão. A trama acompanha Stallone, Aninha e Márcio, três jovens com síndrome de Down que vivem em um instituto. Inspirados pelos filmes que assistem, eles decidem fugir em busca de seus sonhos: Stallone quer ver o mar, Aninha deseja se casar e Márcio sonha em voar.
Com um tom leve e cativante, Colegas trata de inclusão de forma natural, em uma clássica história de road movie cheia de referências ao cinema. Ao mostrar os personagens realizando seus sonhos, a história reflete sobre autonomia e o direito das pessoas com deficiência de viverem suas próprias aventuras.
A outra margem (2011)
O filme português dirigido por Luís Filipe Rocha, acompanha Ricardo, que se apresenta como drag queen em um cabaré em Lisboa. Após uma experiência traumática, ele decide retornar à sua cidade natal, onde reencontra seu sobrinho, Vasco, um menino com síndrome de Down.
A narrativa destaca a relação entre Ricardo e Vasco como um ponto central da trama, explorando como ambos enfrentam preconceitos e desafios por serem considerados “à margem” da sociedade. Os dois, então, formam um vínculo baseado no acolhimento mútuo, no respeito e na redescoberta da própria identidade.
Anita (2009)
O filme argentino, dirigido por Marcos Carnevale, segue Anita, uma jovem com síndrome de Down que vive em Buenos Aires com sua mãe, Dora. Quando um atentado terrorista à Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA) ocorre, Anita se vê sozinha e perdida pela cidade.
Sem entender completamente o que aconteceu, ela inicia uma jornada por Buenos Aires, encontrando diferentes pessoas que a ajudam e a transformam, enquanto também impacta a vida delas, trazendo mudanças positivas para ambos os lados.
Interpretada por Alejandra Manzo, Anita não é mostrada como uma figura trágica, mas sim como uma pessoa com emoções, desafios e uma perspectiva única sobre o mundo.
Do Luto à Luta (2005)
Este é um documentário brasileiro dirigido por Evaldo Mocarzel que explora a vida de pessoas com síndrome de Down e suas famílias, apresentando diferentes perspectivas sobre inclusão, autonomia e desafios enfrentados por elas na sociedade.
A partir do depoimento de pais, especialistas e principalmente dos próprios protagonistas com síndrome de Down, o documentário questiona estereótipos e promove uma reflexão sobre os avanços e dificuldades na luta por direitos e respeito.
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