Conforme o Censo 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Brasil há 305 povos indígenas que somam mais de 800 mil pessoas. No final do século XV, essa população já estava em território brasileiro e consolidaram-se como os habitantes originários do território brasileiro.
Dessa maneira, os povos indígenas são importantes para entendermos a difusão de culturas, a herança cultural e a formação da identidade nacional brasileira, moldada no processo de colonização do território após a chegada dos portugueses.
Pensando nisso, para ajudar os estudantes a aumentarem seu repertório sociocultural, além contribuir na argumentação e contextualização de uma redação, o Portal Estratégia Vestibulares reuniu 7 citações sobre povos indígenas.
A seguir, confira citações que poderiam ser usadas em propostas de redação com temática sobre povos indígenas, como da UnB 2023 “Concepções de mundo dos povos indígenas brasileiros” e Enem 2022 “Desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil”
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“Na nossa Constituição tem um capítulo que é destinado aos Direitos dos índios. Isso é muito significativo.” – Ailton Krenak
Ailton Alves Lacerda Krenak OMC, mais conhecido como Ailton Krenak, é um líder indígena, filósofo, poeta, ambientalista e escritor brasileiro. Nas edições de 2024 e 2025 do vestibular da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), seu título “A vida não é útil” será cobrado como obra literária.
Ao longo de sua vida, lutou pelos direitos indígenas e ambientais, retratando todos os momentos em suas obras. Nos últimos anos, foi homenageado como comendador da Ordem do Mérito Cultural da Presidência República e recebeu o título de doutor honoris causa pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).
“Da cunhã é que nos veio o melhor da cultura indígena. O asseio pessoal. A higiene do corpo. O milho. O caju. O mingau. O brasileiro de hoje, amante do banho e sempre de pente e espelhinho no bolso, o cabelo brilhante de loção ou de óleo de coco, reflete a influência de tão remotas avós.” – Gilberto Freyre
Em sua obra Casa-Grande & Senzala, Gilberto Freyre faz alusão à importância dos povos indígenas para a formação da sociedade brasileira. O sociólogo, antropólogo, deputado e professor universitário contribuiu ativamente para uma nova identidade da sociologia brasileira.
De acordo com ele, a miscigenação passou a ser o traço cultural originário do Brasil, e em suas produções trabalhava com essas ideias. Ademais, a democracia racial, a tese da mestiçagem, a separação cultural, e a sociedade híbrida eram temáticas presentes na maioria de seus feitos.
“Enquanto existir uma erva, uma árvore ou um rio no planeta, nós povos indígenas existiremos.” – Edilene Batista Kiriri
A professora Edilene Batista Kiriri estudou licenciatura intercultural em Educação Escolar Ingígena (LICEEI) na Universidade do Estado da Bahia (UNEB) e atualmente é professora no Colégio Estadual Indígena Kariri e no Colégio Estadual Indígena José Zacarias.
Além disso, é fundadora da Associação das Mulheres Indígenas Kariri (ASSMIK), que promoveu o Seminário Estadual de Mulheres Indígenas Kiriri, na Aldeia Mirandela, no município de Banzaê. Vale ressaltar que os Kiriri são um povo indigena que habita a região Nordeste do Brasil, e o termo “kiriri” significa povo calado.
“Os povos indígenas são a última reserva moral dentro desse sistema.” – Daniel Munduruku
O professor, escritor e ativista brasileiro, Daniel Munduruku, é reconhecido por seus trabalhos voltados à cultura indígena e à formação da sociedade brasileira. Além disso, participa de diversas palestras e seminário sobre culturas ao redor do mundo.
Seu livro “Meu avô Apolinário” recebeu menção honrosa pela Unesco no Prêmio Literatura para Crianças e Jovens. Ademais, escreve múltiplas obras dirigidas ao público infanto-juvenil, e a cultura indígena está presente em sua maioria.
“Não há nenhuma diferença entre a importância, o valor e o significado da ciência dos brancos e das ciências indígenas.” – Gersem Baniwa
Gersem José dos Santos Luciano, mais conhecido como Gersem Baniwa, é um indigena do povo Baniwa, de São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas. Atualmente, é coordenador geral de Educação Escolar Indígena da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad), do Ministério da Educação (MEC).
Além disso, Gersem foi co-fundador da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB) e da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN), tornando-se ainda mais importantes para a cultura local.
“No território indígena, o silêncio é sabedoria milenar. Aprendemos com os mais velhos a ouvir, mais que falar.” – Márcia Wayna Kambeba
Da etnia Omágua/Kambeba, Márcia Wayna Kambeba é uma poeta e geógrafa que nasceu na aldeia Ticuna, em Belém dos Solimões, no Amazonas. Aos 14 anos escreveu seus primeiros versos, e posteriormente estudou geografia na Universidade do Estado do Amazonas (UEA).
Em suas obras, retrata a violência contra os povos indígenas, conflitos concebidos pela vida na cidade e literatura de cordel. Seus títulos “Ser indígena, ser Omágua”, “União dos povos” e “Ay kakyri Tama”, exprimem mais sobre os povos indígenas.
“Quando nós mostramos o nosso respeito por outros seres vivos, eles respondem com respeito por nós.” – Arapaho
Os “Gente-do-Vaca”, mais conhecidos como Arapaho, são uma tribo indigena dos Estados Unidos, dos estados do Colorado e Wyoming. Em meados do século XIX, os povos Araphanos se dividiram em duas tribos, sendo elas: os Arapaho do Norte e os Arapaho do Sul, que viveram de formas distintas.
Os Arapaho do Norte residiam em Wyoming, na reserva de Wind River, sendo essa a terceira maior reserva do País. Já os Arapahos do Sul se juntaram aos povos Cheyenne em Oklahoma.
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