A Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp divulgou a expectativa da banca avaliadora para as propostas de redação durante a 2ª fase do vestibular 2022.
A prova foi aplicada no último dia 10, em 22 cidades de seis estados diferentes, e contou com 12.938 candidatos disputando 2.540 vagas. Nessa etapa, os estudantes receberam dois temas para desenvolver a redação: um post para rede social e um manifesto.
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Proposta de redação 1: textão
Na proposta do post, o enunciado pedia que o candidato se colocasse no lugar de um digital influencer de 15 anos, incomodado com comentários e perguntas sobre seu sucesso, para escrever um “textão”, em parte narrativo e em parte argumentativo, narrando suas experiências negativas e positivas nas redes sociais.
Por fim, o exame pedia que, no “textão”, o estudante se posicionasse sobre a atuação de crianças e adolescentes como digital influencers.
Expectativa da banca
Por se tratar de um texto para as redes sociais, a ideia, segundo a Comvest, é que a linguagem empregada fosse coloquial.
Para a Comissão, as melhores redações são aquelas em que “Os candidatos consigam, a partir da perspectiva discursiva de um digital influencer adolescente, atrelar a narrativa da sua trajetória em redes sociais e as impressões extraídas dessa experiência vivida a argumentos relativos à atuação de crianças e jovens como digital influencers“.
Para isso, era necessário que o estudante usasse os quatro textos de apoios disponíveis.
Proposta de redação 2: manifesto
Na segunda proposta, os candidatos precisam assumir, no texto argumentativo, o papel de um estudante com ótimo currículo que teve sua bolsa de Iniciação Científica (IC) rejeitada por falta de orçamento para a pesquisa.
O texto esperado era um manifesto pensado a partir da união desse aluno com outros que passaram pela mesma situação. O escrito deveria ser lido na reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência.
Expectativa da banca
O manifesto deveria se posicionar contra os cortes de verbas nas áreas de Ciência e Tecnologia e questionar a comunidade acadêmica e a sociedade civil sobre o assunto. Além disso, de acordo com a Comvest, os candidatos deveriam “repudiar as engrenagens que sucateiam e desmontam a ciência brasileira”.
Convencer o interlocutor que a política de desmonte da Ciência em Tecnologia deve ter “rechaçada e revertida” também deveria ser o objetivo do vestibulando.
A instituição conclui que as melhores redações são aquelas nas quais os candidatos conseguiram “a partir de uma máscara discursiva coletiva elaborar um manifesto apresentando um diagnóstico das consequências a médio e longo prazo do desmantelamento gradual da ciência brasileira”.
E completa, ainda, que os textos esperados deveriam pedir por políticas públicas que reconheçam a importância estratégica da área para a soberania do Brasil. Tudo isso, apoiando-se nos quatro textos fornecidos.
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