A dúvida na hora de escolher o curso desejado é comum entre os vestibulandos e, muitas vezes, eles acabam por se arrepender ao conhecer a graduação na prática. Esse foi o caso de Guilherme Meyer Cabral, estudante de 18 anos, aprovado em Odontologia na UFSC após cursar Jornalismo por mais de seis meses. O Coruja precisou de uma boa estratégia para alcançar a aprovação, já que estudou por apenas dois meses antes de prestar o vestibular.
Guilherme contou em entrevista ao Estratégia Vestibulares sua trajetória em busca da aprovação, dando detalhes sobre sua rotina de estudos, como foi decidida a mudança de curso, o apoio que recebeu de sua família, suas maiores dificuldades e inspirações e finalizou dando uma de dica de ouro aos vestibulandos. Confira tudo isso nessa reportagem do Portal EV.
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A mudança de curso
Durante o Ensino Médio, Guilherme estava em dúvida se prestava para Jornalismo, Odontologia, Nutrição ou Relações Internacionais. “Ou seja, não sabia muito o que eu queria e acabei escolhendo Jornalismo, mas não me adaptei ao curso e senti uma necessidade de mudança” desabafa o estudante.
Por isso, ele resolveu realizar algumas sessões de teste vocacional para ajudá-lo a decidir. Foi então que surgiu a vontade de cursar Odonto. Guilherme ainda explica a sua insegurança na escolha da graduação: “eu nunca fui aquela pessoa que tinha traçado na cabeça o que queria da vida desde o começo”.
Mas afinal de contas, como cobrar de um jovem de 17 anos a escolha de algo que mudará sua vida para sempre? As dúvidas e inseguranças inevitavelmente aparecerão, por isso é importante ter em mente que sempre é tempo de mudar e começar algo novo.
Estudando com o Estratégia
Guilherme tinha pouco tempo até o vestibular, então sua maior dificuldade era filtrar tudo o que precisava ou não estudar. Por isso, ele buscou na internet cursos pré-vestibulares que focassem no conteúdo cobrado pelo processo seletivo da UFSC, chegando até o curso intensivo do Estratégia Vestibulares, ideal para a sua rotina de estudos.
O estudante desabafa sobre a falta de cursos voltados para as universidades do sul. No Estratégia, existem cursos extensivos e intensivos para diversas instituições do Brasil, portanto, opção é o que não falta.
“Tem muito pacote voltado para o Enem e para esses vestibulares mais gerais que todas as pessoas prestam. Agora, para o vestibular da UFSC, que é mais voltado para o pessoal do sul, foi difícil de encontrar O Estratégia foi um dos poucos que a gente encontra logo de cara e com muito conteúdo”, relata o Coruja.
Apesar de ter tido uma base sólida no Ensino Médio, Guilherme conta que, por ter estado há mais de um ano e meio sem estudar, a revisão do material por meio das videoaulas foi fundamental. Além disso, ele buscava realizar edições antigas do vestibular da UFSC, a fim de ter um gostinho de como seria o dia da prova.
Sua rotina precisou ser focada e objetiva por conta do tempo. “Eu estudava ali entre três a cinco horas por dia e com conteúdos escolhidos a dedo. Estudei os principais assuntos cobrados e usei aquilo na minha rotina, e foi assim durante um mês e meio” revela Guilherme.
Apoio familiar e maior inspiração
Desde o início, o apoio familiar foi essencial na trajetória do estudante, tanto financeiramente, quanto emocionalmente. O que incentivou Guilherme a trancar o curso e buscar algo que o satisfizesse mais foi o fato de seu pai ter passado pela mesma situação que ele.
O pai de Guilherme trancou a faculdade de Direito no segundo semestre, assim como o filho, mas depois de um tempo afastado, retornou e concluiu o curso. No entanto, Guilherme fez diferente. “Eu tenho esse exemplo do meu pai, mas eu pensei ‘eu quero fazer diferente, eu vou tentar trocar de curso’ e foi que foi que acabou acontecendo”, conta o estudante.
A importância da música
A música sempre esteve presente na vida de Guilherme: no Ensino Médio, na faculdade e na preparação para o vestibular, ele escutava músicas para se divertir, se acalmar e até mesmo se concentrar. “Eu tirava uma hora e meia, duas horas por dia para escutar música porque minha ansiedade atacava bastante nesse período pré-vestibular, e a música foi muito importante”, revela o atual estudante da UFSC.
No artigo de Clarissa Paulino, Ingrid de Carvalho e Antonio Nigro Filho intitulado “É possível utilizar canções para manejo dos sentimentos de estudantes no pré-vestibular?” publicado na Revista Educacional Interdisciplinar (Redin), foi realizada uma atividade empírica com canções e 50 candidatos do Enem, observando e analisando suas emoções.
Por fim, os pesquisadores chegaram à conclusão que músicas podem sim ser úteis no controle dos sentimentos dos estudantes, já que os adolescentes que participaram do experimento, saíram mais satisfeitos em relação ao vestibular.
Calma na hora da prova
Dois dias antes do vestibular, Guilherme enfrentou outro desafio: o controle mental. Ele sabia que, se não fosse aprovado, sua permanência em Florianópolis sem estudar seria complicada. No entanto, ele adotou uma abordagem tranquila, lembrando a si mesmo que já havia enfrentado essa prova anteriormente.
Guilherme se sentiu capaz de manter o controle de suas emoções não apenas antes, mas também durante e após o exame. “Quando eu saí da prova, eu me senti tranquilo, pensei ‘bom eu fiz o que eu pude, estudei o que eu conseguia e agora é só esperar o resultado’ e, felizmente, deu tudo certo no final”, expressa o Coruja.
Dica de ouro
Para finalizar, Guilherme ofereceu algumas dicas aos vestibulandos. Ele acredita que ter mais tempo para os estudos é um ponto positivo, já que permite uma preparação mais aprofundada e bem planejada. Porém, é possível estudar com pouco tempo, assim como ele fez. Para esse caso é necessário buscar um curso pré-vestibular intensivo.
Outro aspecto importante levantado por Guilherme é a escolha minuciosa dos vestibulares a serem prestados e, a partir disso, o vestibulando poderá focar nos conteúdos cobrados por esses processos seletivos. A montagem da rotina de estudos baseada nos requisitos de cada vestibular, garante que todos os tópicos relevantes sejam abordados. “Não estude conteúdo de Enem se você quer prestar uma Fuvest ou uma UFSC, por exemplo”, destaca o estudante.
Além disso, ele expõe que a prática com provas antigas desempenha um papel essencial na preparação, já que proporciona uma sensação realista do ambiente da prova e da pressão do tempo. O treinamento com cronômetro ajuda a criar familiaridade com o ritmo do exame, tornando o dia da prova menos intimidante.
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