As figuras de linguagem são estratégias em que o orador ou escritor aplica em um texto para atingir um efeito direto no que é interpretado por quem lê ou escuta aquilo. O sentido não é necessariamente o literal, indicando, portanto, uma expressão que foge do que é considerado linguagem denotativa, próxima de seu significado real.
Ao ultrapassar o sentido original do que é dito, é necessário conhecer e aplicar as tais figuras de linguagem, já que a multiplicidade de significados é o ponto a ser explorado quando falamos sobre o assunto.
São quatro tipos de figuras de linguagem:
- Figuras de palavras ou semânticas: associadas ao que as palavras significam;
- Figuras de construção ou sintaxe: que alteram ou interferem a estrutura gramatical da sentença aplicada;
- Figuras de pensamento: combinações de pensamentos e ideias; e
- Figuras de som ou harmonia: que dizem respeito ao som das palavras.
Dentre as principais e mais conhecidas estão metáfora, ironia, personificação, onomatopeia, elipse, sinestesia, comparação, aliteração, paradoxo, pleonasmo e outras mais.
Confira, abaixo, 15 questões sobre figuras de linguagem que estiveram presentes em vestibulares variados nos últimos anos, extraídas do Banco de Questões do Estratégia Vestibulares.
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Uerj (2020)
Metáforas são um perigo. (l. 1)
No primeiro parágrafo do texto Com a lama na alma, o autor dá um tratamento metafórico à própria metáfora.
Esse procedimento é exemplificado pelo seguinte trecho:
A jorram pelas encostas do sentido literal, (l. 1-2)
B fenômeno menos raro do que parece, (l. 2)
C poder de destruição física. (l. 2)
D expressão brandida pela UDN (l. 4)
Resposta: a ideia de que a lama escorre pelas encostas do sentido literal é uma construção metafórica de como a metáfora passa a fazer parte da realidade das pessoas, a ponto de tomar valor em lugar daquela expressão mais comum na sociedade.
Alternativa correta: A
Unesp (2022)
leia a crônica “Almas penadas”, de Olavo Bilac, publicada originalmente em 1902.
Outro fantasma?… é verdade: outro fantasma. Já tardava. O Rio de Janeiro não pode passar muito tempo sem o seu lobisomem. Parece que tudo aqui concorre para nos impelir ao amor do sobrenatural […]. Agora, já se não adormecem as crianças com histórias de fadas e de almas do outro mundo. Mas, ainda há menos de cinquenta anos, este era um povo de beatos […]. […] Os tempos melhoraram, mas guardam ainda um pouco dessa primitiva credulidade. Inventar um fantasma é ainda um magnífico recurso para quem quer levar a bom termo qualquer grossa patifaria. As almas simples vão propagando o terror, e, sob a capa e a salvaguarda desse temor, os patifes vão rejubilando.
O novo espectro que nos aparece é o de Catumbi. Começou a surgir vagamente, sem espalhafato, pelo pacato bairro — como um fantasma de grande e louvável modéstia. E tão esbatido¹ passava o seu vulto na treva, tão sutilmente deslizava ao longo das casas adormecidas — que as primeiras pessoas que o viram não puderam em consciência dizer se era duende macho ou duende fêmea. […] O fantasma não falava — naturalmente por saber de longa data que pela boca é que morrem os peixes e os fantasmas… Também, ninguém lhe falava — não por experiência, mas por medo. Porque, enfim, pode um homem ter nascido num século de luzes e de descrenças, e ter mamado o leite do liberalismo nos estafados seios da Revolução Francesa, e não acreditar nem em Deus nem no Diabo — e, apesar disso, sentir a voz presa na garganta, quando encontra na rua, a desoras² , uma avantesma³ …
Assim, um profundo mistério cercava a existência do lobisomem de Catumbi — quando começaram de aparecer vestígios assinalados de sua passagem, não já pelas ruas, mas pelo interior das casas. Não vades agora crer que se tenham sumido, por exemplo, as hóstias consagradas da igreja de Catumbi, ou que os empregados do cemitério de S. Francisco de Paula tenham achado alguma sepultura vazia, ou que algum circunspecto pai de família, certa manhã, ao despertar, tenha dado pela falta… da própria alma. Nada disso. Os fenômenos eram outros. Desta casa sumiram-se as arandelas, daquela outra as galinhas, daquela outra as joias… E a polícia, finalmente, adquiriu a convicção de que o lobisomem, para perpétua e suprema vergonha de toda a sua classe, andava acumulando novos pecados sobre os pecados antigos, e dando-se à prática de excessos menos merecedores de exorcismos que de cadeia.
Dizem as folhas que a polícia, competentemente munida de bentinhos⁵ e de revólveres, de amuletos e de sabres, assaltou anteontem o reduto do fantasma. Um jornal, dando conta da diligência, disse que o delegado achou dentro da casa sinistra — um velho pardieiro⁶ que fica no topo de uma ladeira íngreme — alguns objetos singulares que pareciam instrumentos “pertencentes a gatunos”. E acrescentou: “alguns morcegos esvoaçavam espavoridos, tentando apagar as velas acesas que os sitiantes⁷ empunhavam”.
Esta nota de morcegos deve ser um chique romântico do noticiarista. No fundo da alma de todo o repórter há sempre um poeta… Vamos lá! nestes tempos, que correm, já nem há morcegos. Esses feios quirópteros, esses medonhos ratos alados, companheiros clássicos do terror noturno, já não aparecem pelo bairro civilizado de Catumbi. Os animais, que esvoaçavam espavoridos, eram sem dúvida os frangões roubados aos quintais das casas… Ai dos fantasmas! e mal dos lobisomens! o seu tempo passou.
(Olavo Bilac. Melhores crônicas, 2005.)
1 esbatido: de tom pálido.
2 a desoras: muito tarde.
3 avantesma: alma do outro mundo, fantasma, espectro.
4 folha: periódico diário, jornal.
5 bentinho: objeto de devoção contendo orações escritas.
6 pardieiro: prédio velho ou arruinado.
7 sitiante: policial
Em “o lobisomem, para perpétua e suprema vergonha de toda a sua classe, andava acumulando novos pecados sobre os pecados antigos, e dando-se à prática de excessos menos merecedores de exorcismos que de cadeia” (3° parágrafo), o trecho sublinhado constitui um exemplo de
A sinestesia
B paradoxo
C pleonasmo
D hipérbole
E eufemismo
Resposta: no trecho em destaque no enunciado, temos a ideia de “menos merecedores”, funcionando como um eufemismo, dado que temos uma suavização com relação à ideia de que teríamos ações mais criminosas do que pareciam ser, mas de forma suave.
Alternativa correta: E
UFMS (2018)
Qual é a figura de linguagem utilizada para representar o som do personagem Hagar ao se alimentar?
A Pleonasmo.
B Hipérbole.
C Onomatopeia.
D Metáfora.
E Antítese.
Alternativa correta: C
Unemat (2017)
Disponível em: http://www1.folha.uol.com.brilustradacartumcartunsdiarios#2052017 Acesso em maio 2017.
Em alguns contextos de uso da linguagem, é possível empregar palavras ou expressões que podem exagerar ou suavizar os sentidos que se quer provocar. Na tirinha Malvados, de André Dahmer, o trecho silenciar por um século trata-se de
A um eufemismo, pois o autor procura suavizar o efeito de sentido.
B um paradoxo, pois o autor apresenta uma contradição no sentido transmitido.
C uma gradação, já que o autor usa uma sequência de adjetivos que intensificam o sentido.
D uma hipérbole, pois o autor procura transmitir um sentido de exagero.
E um pleonasmo, pois o autor usa uma repetição para intensificar o sentido.
Alternativa correta: D
UEA (2022)
Considere o poema de Luiz Bacellar, presente no livro Sol de feira, para responder à questão.
rondel da goiaba
teu verde fruto
entre a folhagem
se denuncia
pelo perfume,
o doce sumo
de tua polpa
lembra a saliva
de uma cabocla;
se o vento passa
pela folhagem
que é da tua cor
se perfumando
vai murmurando
canções de amor
(Sol de feira, 2008.)
Para efeito expressivo, na descrição que o eu lírico faz da goiaba, o autor recorre, sobretudo,
A à hipérbole.
B ao sarcasmo.
C à sinestesia.
D à ironia.
E ao eufemismo.
Resposta: Sinestesia é a mistura de sensações. O cheiro se mistura com o paladar, reforçando o caráter sensorial da fruta.
Alternativa correta: C
Ufam (2017)
Observe a placa que ilustra a fotografia a seguir (In: www.google.com.br/search? Acesso em 19/04/2017):
Nela existe um vício de linguagem conhecido como:
Alternativa correta: E
UEPG (2013)
Boa noite de sono afasta derrames
Pessoas que dormem menos de seis horas por noite correm um risco quatro vezes maior de sofrer um acidente vascular cerebral. Essa é a conclusão de um estudo feito pela Universidade de Alabama, nos Estados Unidos, depois de acompanhar mais de 5 mil pessoas durante 3 anos. “A privação de sono aumenta a pressão arterial, proporciona o ganho de peso, favorece o diabetes e causa inflamações crônicas no corpo, conta o neurologista Fernando Morgadinho, do Instituto do Sono, na capital paulista.” Esses fatores facilitam a obstrução dos vasos, o que pode resultar no derrame. Por mais curioso que pareça, o grupo mais vulnerável foi o de adultos ativos e no peso ideal. Os resultados mostram que, para livrar o cérebro de complicações, uma noite bem dormida – entre sete e oito horas – é tão importante quanto uma rotina ativa.
Adaptado de: RANDEMER, Caroline. Revista Saúde é Vital, no 353, agosto de 2012, p. 20.
Analise as sentenças abaixo, identifique a que figura de linguagem elas se referem e assinale a alternativa correta.
I) “[…]Os resultados mostram que, para livrar o cérebro de complicações, uma noite bem dormida – entre sete e oito horas – é tão importante quanto uma rotina ativa.”
II) Pessoas que sofrem de insônia são zumbis.
III) O despertador solitário, na mesa de cabeceira, alegra-se ao ver o seu dono dormir.
IV) Se eu dormir oito horas diariamente, precisarei de mil despertadores para me acordar.
A I) zeugma; II) elipse; III) prosopopeia; IV) eufemismo.
B I) metáfora; II) eufemismo; III) anáfora; IV) silepse.
C I) hipérbole; II) comparação; III) ironia; IV) prosopopeia.
D I) comparação; II) metáfora; III) prosopopeia; IV) hipérbole.
E I) anáfora; II) antítese; III) paradoxo; IV) sinestesia
Alternativa correta: D
PUC-PR (2019)
Leia o texto a seguir.
A obesidade em jovens entre 18 e 24 anos nos últimos dez anos cresceu 110%. Por essa razão, até 2019, o Ministério da Saúde pretende reduzir o consumo regular de refrigerante e suco artificial em pelo menos 30% na população adulta e ampliar em cerca de 18% o percentual de adultos que consomem frutas e hortaliças regularmente. […] Segundo o doutor Eduardo Aratangy, psiquiatra do Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), os principais fatores para esses números alarmantes são a mudança na dieta populacional e a baixa taxa de atividade física. Mas acredita que a tendência da obesidade também é determinada geneticamente, pois ela tem um aspecto evolutivo, já que nossa espécie sobreviveu em um sistema de escassez alimentar.
JORNAL DA USP. Disponível em: https://jornal.usp.br/atualidades/obesidade-de-jovens-e-criancas-chega-a-numeros-alarmantes-no-pais/. Acesso em: 15/07/2018.
Observe as duas expressões sublinhadas no texto, pretende reduzir e ampliar. Identifique a figura de linguagem que ocorre antes de ampliar e os efeitos por ela gerados.
A A elipse, pela omissão da forma verbal pretende, citada anteriormente, para identificar as ações do Ministério da Saúde.
B A zeugma ou elipse porque são sinônimas e se referem ao termo anteriormente citado pretende.
C A comparação, para realçar a importância das duas ações do Ministério da Saúde, reduzir e ampliar.
D A zeugma, por haver a omissão da forma verbal pretende, citada anteriormente, para identificar ações do Ministério da Saúde.
E A antítese, por estabelecer, no contexto, uma relação de oposição entre reduzir e ampliar.
Alternativa correta: D
IME (2014)
Texto 3
CONSOADA
(Manuel Bandeira)
Quando a Indesejada das gentes chegar (Não sei se dura ou caroável),
Talvez eu tenha medo. Talvez sorria, ou diga:
— Alô, iniludível!
O meu dia foi bom, pode a noite descer. (A noite com os seus sortilégios.) Encontrará lavrado o campo, a casa limpa, A mesa posta,
Com cada coisa em seu lugar.
Disponível em: <http://www.poesiaspoemaseversos.com.br> Acesso em: 29 Abr 2014.
Ainda no texto 3, ao utilizar a expressão “a Indesejada das gentes”, o autor faz uso da figura de linguagem conhecida como:
A hipérbole.
B anacoluto.
Resposta: “a Indesejada das gentes” é um eufemismo para “morte”. A morte é um dos temas mais comuns a serem tratados de maneira mais amena, fazendo uso da figura de linguagem do eufemismo. Nesse caso, o poema fala sobre a aceitação da morte, pois quando ela chegar, encontrará “cada coisa em seu lugar”. Portanto, a alternativa correta é E.
Alternativa correta: E
Insper (2016)
Nasce a manhã, a luz tem cheiro… Ei-la que assoma
Pelo ar sutil… Tem cheiro a luz, a manhã nasce…
Oh sonora audição colorida do aroma!
GUIMARAENS, A. “Soneto do Aroma”. Disponível em: <http://www.elsonfroes.com.br/sonetario/guimaraens.htm>. Acesso em 16/04/2016.
Na poesia simbolista, a emoção estética é despertada a partir de uma linguagem que sintetiza múltiplas sensações. Para atingir esse propósito, Alphonsus de Guimaraens, nos versos acima, recorre ao emprego da
A sinestesia.
B aliteração.
C perífrase.
D personificação.
E hipérbole.
Resposta: O poeta faz uso da sinestesia nesse trecho destacado. A sinestesia é a mistura de sensações (tato, visão, audição, olfato, paladar). Isso ocorre em “cheiro a luz” e “audição colorida do aroma”.
Alternativa correta: A
Famerp (2023)
Examine a tirinha de Dik Browne, publicada na conta do Instagram “Hagar, o Horrível”, em 01.04.2022.
Para produzir o seu efeito de humor, a tirinha mobiliza o seguinte recurso expressivo:
A eufemismo.
B personificação.
C antítese.
D sinestesia.
E hipérbole.
Alternativa correta: C
Uece (2023)
A figura de linguagem presente no trecho “nem estes olhos tão vazios, nem o lábio tão amargo” (linhas 59-60) é
A hipérbole.
B anacoluto.
Resposta: Trata-se de um exagero intencional, especialmente a partir da repetição do intensificador “tão”.
Alternativa correta: A
FMJ (2023)
Para responder à questão, examine a tirinha de Reza Farazmand, publicada na conta do Instagram “Poor Drawn Lines”, em 17.06.2022.
Para a construção da tirinha, o cartunista recorre, sobretudo, ao seguinte recurso expressivo:
A pleonasmo.
B antítese.
C hipérbole.
D personificação.
E eufemismo.
Alternativa correta: D
Urca (2020)
A CIDADE À NOITE
A festa dos reclamos luminosos
é minha.
Não gosto de coisas reais.
Todas as ilusões
me pertencem.
Sou milionário universal
da fantasia.
Gosto de passar pelas montras
e sonhar…
Sonhar sonhando,
sem cobiça,
sem pólvora, sem sangue,
sem ódio,
sem ferir o mundo.
O uso intencional de elementos retóricos é chamado de Figuras de linguagem. São recursos de expressão com o objetivo de ampliar o significado de um texto literário, como servem para ocasionar uma maior expressividade. A segunda estrofe apresenta, a partir do segundo verso, um recurso:
A pleonasmo;
B anáfora;
C assíndeto;
D hipérbole;
E metáfora.
Resposta: Na segunda estrofe, há a repetição da mesma palavra no início dos versos, aspecto que caracteriza a presença da anáfora.
Alternativa correta: B
UFMS (2021)
Leia o trecho a seguir do conto “Corpo Fechado”, da obra Sagarana, de Guimarães Rosa.
“José Boi, Desidério, Miligido, Dêjo… Só podia haver um valentão de cada vez. Mas o último, o Targino, tardava em ceder o lugar. O challenger não aparecia: rareavam os nascidos sob o signo de Marte, e Laginha estava, na ocasião, mal provida de bate-paus.
Havia, sim, os sub-valentões, sedentários de mão pronta e mau gênio, a quem, por garantia, todos gostavam de dar os filhos para batizar” (ROSA, Guimarães, 2015, p.245).
O termo em destaque, “sub-valentões”, faz parte de um fenômeno linguístico bastante comum na obra do autor. Trata de um(a):
A metonímia.
B pleonasmo.
C metáfora.
D catacrese.
E neologismo.
Resposta: O neologismo é o uso de palavra ou expressão nova, geralmente com base em léxico, semântica e sintaxe preexistentes, na mesma língua ou em outra; qualquer palavra ou expressão resultante desse processo (dicionário Aulete). No caso, “sub-valentões” é uma palavra inventada, a partir do processo de formação de palavras da prefixação. Lembrando que os neologismos são um dos principais traços estilísticos do escritor da terceira geração modernista Guimarães Rosa.
Alternativa correta: E
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