Como usar Bridgerton no repertório sociocultural da redação?

Como usar Bridgerton no repertório sociocultural da redação?

Você sabia que Bridgerton aborda diversas temáticas que podem ser utilizadas como repertório sociocultural na redação? Confira!

“Querido e gentil, leitor…” a segunda parte da terceira temporada de Bridgerton será lançada no dia 13 de maio, na Netflix. A história, que dessa vez é focada no relacionamento de Penelope Featherington (Nicola Coughlan) e Colin Bridgerton (Luke Newton), mostrará como os demais personagens lidarão com o novo casal e também sobre a ameaça da descoberta da identidade de secreta de Lady Whistledown.

Em sua terceira temporada oficial, Bridgerton é considerada uma das séries de maior sucesso da plataforma Netflix, com recordes de audiência. O fim de semana de lançamento da primeira parte, contou com 45,1 milhões de visualizações.

E, nada melhor que juntar o útil ao agradável ao conseguir usar Bridgerton também na sua redação. Afinal, a série serve como uma rica fonte de análise sociocultural, abordando e questionando questões de gênero, raça, classe e poder através de uma lente histórica, mas com uma sensibilidade moderna.

Essa mistura de precisão histórica e reinterpretação criativa cria uma narrativa que é tanto educativa quanto reflexiva, incentivando o espectador a reconsiderar as narrativas tradicionais e a reconhecer a relevância de questões históricas nos dias de hoje.

Confira abaixo como utilizar Bridgerton de repertório sociocultural na redação:

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O que é repertório sociocultural da redação?

O repertório sociocultural é o uso de conceitos e conhecimentos para defender um argumento. Na redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o repertório faz parte da competência dois de avaliação.

Na competência dois, a banca analisa se o candidato conseguiu “compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo em prosa.” 

Um rico repertório sociocultural pode trazer referências a conceitos teóricos e filósofos, acontecimentos históricos, citações a obras do cinema e da música, literatura e muito mais.

Relações de gênero

Bridgerton aborda questões de gênero de forma explícita e implícita. As limitações impostas às mulheres, os papéis de gênero e as expectativas sociais sobre casamento e comportamento feminino são temas recorrentes. A série frequentemente contrasta essas normas históricas com valores mais modernos, muitas vezes subvertendo as expectativas tradicionais.

Diversidade étnica

Uma das marcas registradas de Bridgerton é a inclusão de uma sociedade britânica racialmente diversa, algo que não reflete totalmente a realidade histórica, mas que é uma escolha deliberada dos criadores, para promover uma narrativa inclusiva e moderna. Isso levanta discussões sobre representação e a “reimaginação” da história para refletir valores contemporâneos de diversidade e inclusão.

A inclusão de personagens de diferentes etnias, particularmente nas altas esferas da sociedade, serve para desafiar as narrativas históricas tradicionais. A série apresenta personagens como a Rainha Charlotte, sugerindo que ela poderia ter ascendência africana, o que provoca reflexões sobre como a história poderia ser reinterpretada.

Hierarquia social

Bridgerton explora a rígida hierarquia social da época, em que títulos e linhagem determinavam o status de uma pessoa. A luta por reconhecimento social e ascensão, os casamentos arranjados e as expectativas de comportamento são retratados de maneira a criticar e expor as limitações dessa estrutura.

Mobilidade social

Apesar das barreiras impostas pela classe social, a série mostra personagens que tentam navegar e, em alguns casos, superar essas limitações. Isso é exemplificado em personagens que tentam se casar acima de sua classe social ou aqueles que acumulam riqueza e poder por meio de meios não tradicionais.

Trajes e moda

A série continua ambientada na era da Regência britânica, um período que vai de 1811 a 1820. Este contexto é crucial, pois a moda, a arquitetura, a música e as normas sociais da época são meticulosamente recriadas, oferecendo uma visão detalhada da alta sociedade londrina daquele período.

A moda desempenha um papel significativo em Bridgerton, com figurinos elaborados que não apenas recriam a estética da época da Regência, mas também adicionam elementos modernos. O uso de cores vibrantes e designs que desafiam as convenções históricas serve como uma metáfora visual para a mistura de tradição e modernidade presente na narrativa.

Amor romântico vs. dever

A série frequentemente coloca o amor romântico em oposição ao dever social e familiar. As pressões para casar por conveniência ou aliança política são confrontadas com a busca individual por amor verdadeiro, refletindo um conflito entre expectativas tradicionais e desejos pessoais.

Papel da imprensa

A figura de Lady Whistledown, uma espécie de “fofoqueira” anônima que publica uma coluna de fofocas, é um dispositivo narrativo que critica e satiriza o poder da mídia e da opinião pública na sociedade. Isso espelha o poder contemporâneo das redes sociais e do jornalismo sensacionalista na formação da opinião pública.

Reinterpretação histórica

Bridgerton reinterpreta o passado com um olhar contemporâneo, usando a estética e as normas sociais da era da Regência como um pano de fundo, para explorar temas modernos de identidade, diversidade, e igualdade. Esta abordagem permite que a série ressoe com audiências modernas enquanto ainda oferece um vislumbre de um período histórico específico.

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Texto: Lethícia Messias
Edição: Isabela Giordan

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