Foguetes, estações espaciais, visitas a Marte – falar de viagens ao espaço não é mais algo que pertence apenas às histórias de ficção científica. No entanto, foi apenas a partir do episódio conhecido como Corrida Espacial que esse sonho pôde se tornar realidade.
O Estratégia Vestibulares conta para você o que foi a Corrida Espacial durante a Guerra Fria, a competição pela conquista espacial moderna e como esses assuntos podem cair no seu vestibular!
Navegue pelo conteúdo
O que foi a Corrida Espacial?
A Corrida Espacial foi uma disputa tecnológica que tinha como protagonistas os Estados Unidos e a então União Soviética (URSS) e aconteceu entre os anos 1957 e 1975, em plena Guerra Fria.
Nessa época, os países da Europa ainda estavam em processo de recuperação após a Segunda Guerra Mundial e as grandes potências vencedoras buscavam assegurar o controle econômico e político sobre os demais territórios. Apesar de evitarem o confronto armado direto, os EUA e a URSS disputavam em diversas outras áreas – da arte à tecnologia.
A conquista do espaço significava uma vitória ideológica da potência vencedora, além de ampliar as possibilidades armamentistas e de vigilância sobre seu oponente. Então, ambas as potências lançaram-se com afinco ao desafio de desenvolver as pesquisas e tecnologias necessárias para superar os avanços da outra.
Corrida Espacial na Guerra Fria
A Corrida Espacial contou com uma série de pesquisas e descobertas incríveis. Muitas das tecnologias criadas naquela época ainda nos beneficiam – como o filtro de água e a câmera do seu celular, desenvolvida originalmente para equipar sondas espaciais. Alguns episódios, no entanto, se destacaram nessa disputa. Confira abaixo!
Satélites – Sputnik e Explorer
Os dois primeiros satélites a serem colocados em órbita foram os soviéticos Sputnik I e II. O lançamento do primeiro aconteceu em outubro de 1957 e marcou o início da Corrida Espacial. O Sputnik I era uma esfera prateada com 58 centímetros de diâmetro, 83 quilos e permaneceu em órbita durante 22 dias.
Já o Sputnik II foi lançado apenas um mês depois e foi o primeiro satélite a levar um ser vivo para o espaço – a cadela Laika. Infelizmente, o animal não sobreviveu à viagem por conta de um superaquecimento da estrutura, após 10 dias em órbita.
No ano seguinte, em 1958, os EUA lançaram seu primeiro satélite, o Explorer I, em resposta aos avanços soviéticos. Uma das descobertas decorrentes desse projeto foi a zona radioativa ao redor da Terra, nomeada de Cinturão de Van Allen.
Foi nessa época que os EUA criaram a National Aeronautics Space Administration, ou simplesmente NASA. A agência, fundada em julho de 1958, seria responsável por todo o desenvolvimento dos projetos espaciais americanos e está na ativa até hoje.
O homem no espaço
Assim como a URSS lançou o primeiro satélite e mandou o primeiro ser vivo ao espaço, a potência também foi responsável por enviar o primeiro homem numa viagem espacial. Yuri Gagarin foi enviado a bordo do Vostok I, no dia 12 de abril de 1961, e ficou 108 minutos em órbita. “A Terra é azul”, ficou eternizada como a frase dita por Gagarin para descrever a primeira vez que os olhos humanos viram nossa aparência do espaço.
Em maio do mesmo ano, os EUA também mandaram Alan Bartlett Shepard Jr. ao espaço em um voo suborbital. No entanto, foi em 1969 que a mais emblemática missão da Corrida Espacial aconteceu – a ida do homem à lua. O projeto americano fazia parte do Programa Apollo e foi responsável por levar Neil Armstrong, Edwin Aldrin e Michael Collins para a superfície lunar.
Fim da Corrida Espacial
Após o sucesso da viagem à Lua a bordo do Apollo 11, os americanos enviaram mais seis missões para o satélite natural. Os soviéticos, por outro lado, investiram em uma Estação Espacial e em sondas enviadas para Vênus e Marte.
No entanto, com a aproximação diplomática entre as duas potências e os altos custos de manter um programa espacial, a Corrida Espacial começou a perder o fôlego. Por fim, em 1975, os EUA e a URSS organizaram uma missão conjunta entre a Apollo 18 e a Soyuz 19. O encontro e acoplagem das duas naves no espaço marcou o fim da Corrida Espacial.
Nova Corrida Espacial
Desde o fim da Guerra Fria, a exploração do cosmos tomou outros rumos, porém o caráter competitivo característico da corrida espacial não era tão evidente. Até que, quase meio século depois, um país alcançou a Lua novamente – a China. O gigante asiático enviou uma sonda a uma parte inexplorada do satélite e trouxe de volta amostras para estudo.
Os EUA não ficaram para trás e, em 2019, o país anunciou planos para as próximas explorações espaciais, que incluem visitas ao planeta Marte. No entanto, desta vez, os norte-americanos precisam competir com os chineses e com países como Índia, os Emirados Árabes Unidos – que já enviaram suas sondas para o planeta vermelho – e várias outras potências emergentes.
No entanto, um dos novos fatores mais importantes dessa nova corrida espacial é a presença do setor privado na exploração do cosmos. A pioneira foi a SpaceX, do bilionário Elon Musk, que desenvolveu o mais potente foguete em operação hoje, o Falcon Heavy.
A empresa fornece serviços para a NASA, a um custo muito menor do que o exigido por missões anteriores. Várias outras juntaram-se ao negócio espacial – até mesmo com interesses no mercado turístico futuro.
Brasil e a nova corrida espacial
Apesar de não ter uma expressão tão grande na moderna corrida espacial, o Brasil também desenvolve e executa projetos na área. Em março de 2021, por exemplo, foi lançado o primeiro satélite 100% brasileiro, o Amazônia 1. O projeto é do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e tem o objetivo de monitorar o desmatamento na Floresta Amazônica e outras questões ambientais.
Além disso, nossos foguetes são desenvolvidos pelo Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), em São José dos Campos, no mesmo lugar onde hoje encontra-se o ITA. Até mesmo temos duas bases de lançamento de foguetes em operação no país – o Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão, e o Centro de Lançamento da Barreira do Inferno, em Natal (RN).
Corrida Espacial e Guerra Fria no Vestibular
O tema da Corrida Espacial costuma ser cobrado nos vestibulares em questões de história e geopolítica, geralmente relacionadas com a Guerra Fria. Então, em seus estudos, foque nas consequências políticas e ideológicas da disputa tecnológica.
Além disso, com o entusiasmo das novas missões espaciais em andamento, é possível que o tema da nova face da Corrida Espacial também apareça no seu vestibular. Fique atento a tópicos como:
- O setor privado na exploração espacial;
- Disputa EUA x China;
- Questões ambientais, como lixo espacial e uso de satélites para monitorar desmatamento e mudanças climáticas; e
- Geopolítica das missões para Marte.
Gostou do nosso conteúdo? Então acompanhe o Blog do Estratégia Vestibulares para mais textos de Atualidades e informações sobre os principais vestibulares do Brasil! Clique no banner abaixo e conheça nossos cursos preparatórios para o seletivo dos seus sonhos.