Quais são as doenças que mais caem no Enem?

Quais são as doenças que mais caem no Enem?

O Portal Estratégia Vestibulares preparou este artigo contando mais sobre as doenças que mais caem no Enem

As doenças bacterianas, virais, genéticas e tantas outras fazem parte de assuntos recorrentes com grande procura pelos estudantes, ao passo que são cobradas constantemente em diversos vestibulares e no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Pensando nisso, separamos as doenças que mais caem no Enem para te ajudar na hora dos estudos.

De acordo com um levantamento feito com base nos dados do Banco de Questões do Estratégia Vestibulares e nos temas que mais caíram nas provas de Ciências da Natureza nas últimas 20 edições no Enem, 5,59% das questões de Biologia são voltadas a doenças humanas.

Para abordar o assunto, o Portal Estratégia Vestibulares preparou este artigo, com os principais pontos da aula sobre “Doenças mais cobradas no Enem”, feita pela professora de Biologia, Bruna Klassa, que está disponível no nosso canal do YouTube.

A temática sobre doenças pode ser cobrada de inúmeras maneiras nos vestibulares, e principalmente no Enem. Para ajudar os vestibulandos, a professora separou dicas e exemplos para ajudar os estudantes na hora de estudar  esses assuntos.

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O que são doenças?

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), doenças são um conjunto de sinais e sintomas que afetam um ser vivo e que podem alterar seu estado normal de saúde. Além disso, as doenças podem ser classificadas como virais, bacterianas, genéticas, protozooses, verminoses e outras.

  • Doenças bacterianas: causadas pela presença de bactérias patológicas no organismo humano ou quando parte do metabolismo dos microorganismos afeta o funcionamento do corpo humano.
  • Doenças virais: ocasionadas pela ação de um vírus que podem parasitar em bactérias, animais e plantas, espalhando-se rapidamente e agindo de forma inesperada no corpo humano.
  • Protozooses: doenças causadas por protozoários, ou seja, organismos unicelulares, protistas e encontrados em diversos ambientes.
  • Verminoses: acontece quando vermes parasitas, conhecidos como hospedeiros, se instalam no corpo humano, especialmente no intestino.

A professora Bruna separou exemplos dessas doenças cobradas constantemente em provas de vestibular, como no Enem. Confira a seguir as principais informações como hospedeiros, infecções, sintomas e prevenções.

Dengue

A dengue é uma doença viral transmitida por artrópodes, e na sua maior parte por insetos. Atualmente, existem quatro tipos de vírus da dengue, sendo os sorotipos 1, 2, 3 e 4, e a infecção é transmitida pela picada da fêmea contaminada do mosquito Aedes aegypti.

O Aedes aegypti prolifera-se em água parada e é mais comum em estações quentes e chuvosas. A doença não é transmitida de pessoa para pessoa, então um dos métodos para conter, ou seja, uma profilaxia, é evitar a proliferação do mosquito, como o uso de telas nas janelas.

Ainda que não haja um tratamento diretamente relacionado à doença para toda a população, aqueles que forem contaminados podem entrar com medicação para os sintomas. A professora Bruna ressalta que “já existe uma vacina para a dengue, mas somente para casos específicos”.

A seguir, confira quais são os sintomas da dengue clássica:

  • Febre alta com início súbito (39°C a 40°C);
  • Perda de paladar e apetite, dor de cabeça forte;
  • Náuseas, vômitos, tontura;
  • Dor atrás dos olhos, nos ossos, músculos e articulações;
  • Manchas vermelhas e erupções na pele; e
  • Cansaço extremo.

A professora ressalta que “grande parte desses sintomas pode ser de qualquer outra virose”. Dessa maneira, é importante estar atento aos indícios e procurar ajuda médica quando necessário.

Já a dengue hemorrágica apresenta outros sintomas, como:

  • Dores abdominais intensas e contínuas;
  • Manchas vermelhas na pele;
  • Palidez;
  • Sangramento pelo nariz, boca e gengiva;
  • Vômitos persistentes;
  • Sonolência excessiva, agitação, irritabilidade, confusão mental, entre outras;
  • Dificuldade respiratória; e 
  • Queda da pressão arterial.

Febre amarela

A febre amarela é uma doença viral, transmitida por artrópodes, urbana e silvestre. A doença urbana é transmitida pela fêmea contaminada do mosquito Aedes aegypti, enquanto a silvestre é transmitida pela fêmea contaminada do mosquito Haemagogus e Sabethes.

O último caso de febre amarela urbana foi registrado no Brasil em 1942, e todos os casos confirmados desde então decorrem do ciclo silvestre de transmissão. Os vetores silvestres têm hábito diurno, realizando o repasto sanguíneo durante as horas mais quentes do dia.

Os mosquitos são contagiados a partir de um hospedeiro primário, os macacos, e são mais comuns em estações quentes e chuvosas. Essa é uma doença que também não é transmitida de pessoa para pessoa, e a profilaxia é evitar a proliferação do mosquito. 

Neste caso, já existem vacinas disponibilizadas para a população e indicada pelo Ministério da Saúde para crianças a partir dos nove anos, sendo reforçada a cada dez anos. Além disso, há o tratamento da infeção e de seus sintomas por meio da medicação.

A seguir, confira quais são os sintomas da febre:

  • Febre alta;
  • Calafrios;
  • Dor de cabeça;
  • Dor muscular; e
  • Náuseas e vômitos

Vale ressaltar que existem ainda sintomas mais graves, mesmo que sejam raros. Nesses casos, a insuficiência hepática e renal, icterícia, manifestações hemorrágicas e cansaço intenso podem ser relatados pelas pessoas contaminadas.

Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS)

A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), é uma doença viral e tem como vírus o HIV. Este vírus é da família Retroviridae, classificado como retrovírus, caracterizada por latência, viremia persistente, infecção do sistema nervoso e fraca resposta imunológica.

Os vírus HIV apresentam alta afinidade por linfócitos e monócitos, que integram seu genoma em forma de DNA fita dupla, no material genético da célula hospedeira e inicia o ciclo lisogênico, permanecendo na célula por várias gerações.

A transmissão da AIDS acontece por meio de relação sexual desprotegida, compartilhamento de seringas, transfusão de sangue contaminado e de mãe para filho durante a gestação.

Assim, a doença afeta o sistema imunológico, reduzindo a capacidade de combater patógenos, e apresenta três fases, sendo elas:

  • Infecção Aguda: os primeiros sintomas são parecidos com os de gripe, como febre e mal-estar.
  • Infecção Assintomática: rápidas mutações do vírus, sem enfraquecimento do organismo.
  • Infecção Sintomática: células de defesa começam a funcionar com menos eficiência até serem destruídas, e o organismo fica cada vez mais fraco e vulnerável a infecções comuns, apresentando sintomas como febre, diarreia, suores noturnos e emagrecimento.

O tratamento consiste na utilização de medicamentos antirretrovirais, que podem ser prescritos de forma isolada ou combinada, dependendo da necessidade clínica. Essas medicações são distribuídas gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), desde 1996.

Leptospirose

A leptospirose é uma doença bacteriana causada pelo microrganismo Leptospira interrogans, e presente principalmente na urina de animais predominantemente urbanos, como ratos. Sua transmissão acontece pelo contato direto ou indireto com a urina, ou com a água infectada. 

Para se prevenir, é necessário ter uma estrutura de  saneamento básico — sobretudo em regiões onde não há o tratamento adequado de águas ou ações que sirvam para evitar alagamentos —, utilizar água sanitária para desinfetar ambientes e objetos que possam ser potenciais reservatórios de águas contaminadas nas enchentes, fazer o controle dos roedores por meio de medidas básicas de higiene e o descarte adequado do lixo.

A seguir, confira quais são os sintomas da leptospirose:

  • Febre; 
  • Comprometimento dos rins; 
  • Problemas nervosos; 
  • Dor de cabeça; e 
  • Dor muscular.

Doença de Chagas

A doença de chagas, também conhecida como tripanossomíase, é causada por um protozoário encontrado nas fezes do barbeiro (inseto triatomíneo). Para a prevenção, é recomendado a instalação de telas e mosquiteiros a fim de impedir a entrada desses animais nas residências, e a utilização de repelentes e roupas que cubram todo o corpo.

As formas de contágio podem acontecer de quatro maneiras, sendo:

  • Vetorial, mediante contato direto com as fezes dos insetos transmissores da infecção;
  • Oral, por meio da ingestão de alimentos contaminados com as fezes destes insetos;
  • Vertical, pela transmissão de mulheres infectadas para seus bebês ainda no ventre ou durante o parto. 
  • Na transfusão de sangue de pessoas contaminadas para pessoas saudáveis e de forma acidental, como por meio de contato com feridas ou mucosas de pessoas infectadas em procedimentos hospitalares.

A seguir, confira quais são os sintomas da doença de chagas:

  • Hipertrofia de órgãos infectados;
  • Febre;
  • Dor de cabeça;
  • Fraqueza; e 
  • Inchaço no rosto e pernas.

Malária

A malária tem como agente etiológico o protozoário Plasmodium, transmitido pela picada da fêmea contaminada do mosquito Anopheles, mais conhecido como mosquito-prego. Além disso, a doença é mais comum em regiões de calor intenso. 

Para prevenir indica-se a instalação de telas e mosquiteiros, uso de repelente, limpeza das margens dos criadouros e borrifamento domiciliar para impedir o desenvolvimento de larvas.  

A seguir, confira quais são os sintomas da malária:

  • Febre alta;
  • Calafrios;
  • Tremores;
  • Sudorese; e
  • Dor de cabeça.

Leishmaniose

A leishmaniose é transmitida pela picada do mosquito palha (flebotomíneos) contaminado pelo protozoário Leishmania chagasi, e sua prevenção é a erradicação do vetor. Essa condição é considerada majoritariamente tropical, sendo mais comum em países de clima quente e úmido.

Ademais, existem dois tipos sendo, elas:

  • Visceral: doença sistêmica, pois afeta os órgãos das vísceras, como baço e fígado, além da medula óssea.
  • Cutânea: causa feridas avermelhadas ovaladas e com bordas delimitadas, podendo aumentar de tamanha até formar uma ferida com crosta e secreção.

Para se prevenir da doença, é adequado manter as áreas ao redor da residência e os abrigos de animais de estimação, realizar podas de árvores, evitar acúmulo de lixo orgânico e construções de casas e acampamentos em áreas rurais muito próximas à mata, usar repelente e fazer dedetização.

Esquistossomose

A esquistossomose tem como agente etiológico o platelminto Schistosoma mansoni, e a pessoa adquire a infecção quando entra em contato com água doce onde existam caramujos infectados pelos vermes causadores da doença.

A contaminação pelo parasita é mais comum em áreas carentes, onde não há o tratamento adequado da água. Dessa forma, para se prevenir, é necessário evitar o contato com águas onde os caramujos estão presentes e o tratamento coletivo de áreas em que o animal vetor está.

A seguir, confira quais são os sintomas da esquistossomose:

  • Febre;
  • Dor de cabeça;
  • Calafrios;
  • Suores;
  • Fraqueza;
  • Falta de apetite;
  • Dor muscular;
  • Tosse;
  • Diarreia;

A professora afirma que “na fase crônica da doença, a diarreia se torna mais constante, alternando-se com prisão de ventre, e pode aparecer sangue nas fezes, tontura, sensação de plenitude gástrica e palpitações”.

Veja também: Doenças bacterianas no Enem: conheça as mais cobradas

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