Festival Folclórico de Parintins: desenvolva repertórios socioculturais para o vestibular
Foto: Amazonastur/Divulgação

Festival Folclórico de Parintins: desenvolva repertórios socioculturais para o vestibular

O festival é marcado pela rivalidade entre os bois-bumbás Caprichoso e Garantido, descubra mais sobre a festa popular #PodeCairNoVestibular

O Festival Folclórico de Parintins acontece anualmente, no mês de junho, na cidade de Parintins, conhecida como ilha da magia, no estado do Amazonas. A festividade, que celebra a figura do boi-bumbá, foi criada em 1965, com o objetivo inicial de arrecadar fundos para a construção da Catedral de Nossa Senhora do Carmo, padroeira da cidade.

A festa é marcada pela rivalidade entre o Boi Garantido, representado pela cor vermelha, e o Boi Caprichoso, de cor azul, que se apresentam no Bumbódromo, arena construída especialmente para a apresentação dos bois, entregando muitas cores,dança, música, rituais e tradição. 

O Festival de Parintins é conhecido internacionalmente e recebe milhares de turistas para fazerem parte da festa que celebra e valoriza a cultura popular brasileira. Inclusive, a participação da personagem cunhã-poranga do Boi Garantido no reality show Big Brother Brasil 2024 deu maior visibilidade à celebração, que passou a ser muito falada nas redes sociais, como Twitter e Instagram.

O Portal Estratégia Vestibulares preparou este artigo para entender melhor como o Festival Folclórico de Parintins pode ser cobrado nos vestibulares e até usado como repertório sociocultural nas redações. Acompanhe esta viagem cultural! 

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O que celebra o Festival de Parintins?

O Festival Folclórico de Parintins celebra a figura do boi-bumbá, que, segundo o folclore brasileiro, após ser morto, volta à vida pela intervenção do pajé, curandeiro e líder espiritual indígena. A morte e ressurreição do boi-bumbá é representada na festa pelo auto do boi.

Para cada ano, as duas equipes escolhem um tema para sua apresentação, assim como as escolas de samba no carnaval. Além disso, tal qual o Sambódromo, a festa é realizada a céu aberto no Bumbódromo

Algumas figuras importantes da festividade são a cunhã-poranga, rainha da festa; o porta-estandarte, que carrega o estandarte do boi; o porta-bandeira; o caboclo de lança; a sinhazinha; o pajé; o levantador de toadas, cantor que interpreta as toadas; e o amo do boi, que conduz o boi-bumbá.

Para a decisão do campeão, a comissão organizadora seleciona nove jurados, com conhecimento em cultura popular, folclore e antropologia, que avaliam os itens individuais e coletivos de cada equipe.

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Festivais folclóricos e o fomento ao turismo

São diversos os festivais folclóricos celebrados no Brasil, como as festas juninas, comuns no mês de junho; o carnaval, uma das festas brasileiras mais populares, a Folia de Reis, comemorada após o Natal, o Círio de Nazaré, considerado patrimônio histórico, a Lavagem do Bonfim, uma das maiores festividades da Bahia, o Oktoberfest, popular no Sul do País e a festa do Bumba Meu Boi, típica no Norte e Nordeste brasileiros.

Todas essas festividades, além de celebrarem o folclore e preservarem a cultura brasileira, fomentam o turismo local. Muitas vezes, elas são responsáveis pelo desenvolvimento social, cultural e econômico da região. 

Os escritores do artigo “Eventos Culturais como estratégia de fomento do turismo: análise do Festival Folclórico de Parintins/AM” afirmam que existe uma relação entre a festa, o evento cultural e o turismo, porque “o turismo se serve e apreende os eventos culturais festivos ao mesmo tempo em que torna possível a participação de um público maior nessas festas”.

O Festival de Parintins celebra o Boi-Bumbá, ou seja, o Bumba Meu Boi da região Norte. Segundo a Empresa Estadual do Turismo do Amazonas (Amazonastur), em 2023, Parintins recebeu mais de 120.000 turistas para assistir à competição entre o Boi Garantido e o Boi Caprichoso.

Rivalidade entre o Boi Garantido e Boi Caprichoso

O Festival Folclórico de Parintins  é marcado pela rivalidade entre o Boi Garantido, com sua cor vermelha, e o Boi Caprichoso, representado pela cor azul. As equipes de cada um dos bois-bumbás se apresentam no Bumbódromo, arena feita especialmente para a festa, e a plateia é dividida na arquibancada de acordo com sua torcida.

A rivalidade entre eles é tão grande que muitas marcas precisam se adequar às cores durante o festival para que possam ser consumidas. Em 2010, Coca-Cola, além do tradicional vermelho, produziu latas azuis para que os torcedores do Caprichoso comprassem. A mesma coisa acontece com as latas personalizadas da cerveja Brahma, produzida pela Ambev.

Em 2019, a Uber também aderiu ao festival e fez algumas modificações no aplicativo. Na hora de solicitar a corrida, o passageiro podia escolher além do comum UberX, podendo optar entre o UberCaprichoso ou o UberGarantido. Isso mostra que a rivalidade vai além do festival, sendo usada pelas marcas como ferramenta de publicidade e marketing. 

No entanto, apesar do antagonismo entre as torcidas, a participante do BBB 24, Isabelle Nogueira, cunhã-poranga do Boi Garantido, foi responsável pela união do vermelho e azul. Quando a sister estava no paredão, o instagram oficial do Boi Caprichoso fez uma publicação pedindo a permanência de Isabelle, com a legenda “Pelo nosso Amazonas, pela nossa cultura”.

A cultura brasileira é, a todo momento, exaltada no Festival de Parintins. Não apenas durante as apresentações dos bois Garantido e Caprichoso, mas também além do Bumbódromo, onde a cultura ganha forma por meio das lendas, da música, do artesanato, da literatura, do cinema e da fotografia.

Até mesmo as interações entre os turistas e os moradores locais é uma forma de valorizar a cultura brasileira. Como o folclorista Luís da Câmara Cascudo destaca: “Nascemos e vivemos mergulhados na cultura de nossa família, dos amigos, das relações mais contínuas e íntimas, do nosso mundo afetuoso”. 

Ou seja, a cultura popular está presente em todas as camadas da sociedade, não importa a classe social ou a faixa etária, o folclore é responsável pela construção da identidade brasileira.

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IPHAN

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) é uma instituição brasileira vinculada ao Ministério do Turismo, dedicada à preservação e promoção do patrimônio cultural do País. 

Fundado em 1937, o IPHAN desempenha um papel crucial na identificação, proteção e valorização de bens culturais, que incluem desde monumentos históricos e sítios arqueológicos até expressões culturais imateriais, como festas e manifestações folclóricas. 

Além disso, o IPHAN trabalha para conscientizar a sociedade sobre a importância da preservação do patrimônio, contribuindo para a construção da identidade e memória coletiva do povo brasileiro.

Patrimônio Cultural

Um patrimônio cultural pode ser definido como material ou imaterial. Os bens culturais de natureza material são classificados de acordo com os quatro Livros do Tombo, entre eles:

  • Arqueológico, paisagístico e etnográfico;
  • Histórico;
  • Belas artes; e
  • Artes aplicadas

Os bens culturais materiais de podem ser imóveis de bem individual, cidades históricas, sítios arqueológicos e paisagísticos, coleções arqueológicas, acervos documentais, bibliográficos, fotográficos e cinematográficos. Um exemplo é a cidade de Ouro Preto, em Minas Gerais, um conjunto arquitetônico e urbanístico, tombada como Patrimônio Cultural Material do Brasil pelos seguintes dados: arqueológico, etnográfico e paisagístico; histórico e Belas Artes.

Já os bens culturais imateriais referem-se às práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas da vida social, manifestados de geração para geração nas comunidades. Alguns exemplos de Patrimônio Cultural Imaterial incluem tradições orais, festivais, práticas de artesanato, expressões musicais, danças, rituais religiosos e técnicas de cultivo agrícola. 

O Festival Folclórico de Parintins é considerado pelo IPHAN um Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil. Isso significa que ele possui elementos não materiais da cultura que desempenham um papel significativo na identidade das comunidades e na preservação da diversidade cultural brasileira.

Filmes, séries e documentários sobre o Festival de Parintins e a cultura brasileira

Balanceia

Neste  curta-metragem, Juraci Júnior e Thiago Oliveiro retratam uma viagem de barco até Parintins, para a celebração do festival do Boi Garantido e Boi Caprichoso.

O Festival é a Vida do Povo Que Vive

O documentário gravado durante a pandemia da Covid-19 conta as histórias das pessoas que dedicam suas vidas para fazer o Festival de Parintins acontecer, desde a arte, a gastronomia, o comércio, a hotelaria e o transporte.

Parintins: Vem conhecer o Festival

O documentário realizado pela “TV A Crítica” mostra a importância do Festival de Parintins e seu movimento cultural para a ilha e para o estado do Amazonas.

Mestres da Toada

Mestres da Toada é um documentário em série idealizado pelo músico Edson Azevedo. Nele, são contadas as histórias dos artistas responsáveis por traduzir e interpretar os mitos e tradições da cultura do boi-bumbá por meio das toadas.

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