Independência do Brasil: 11 questões sobre a data que já caíram nos vestibulares

Independência do Brasil: 11 questões sobre a data que já caíram nos vestibulares

No ano do bicentenário da data, a probabilidade de vermos questões sobre o assunto no Enem e demais vestibulares é enorme. Confira algumas questões que já pintaram em edições anteriores

Em 2022 é comemorado o bicentenário da Independência do Brasil. O dia 07 de setembro de 1822 tem como principal marco o grito da independência, realizado por Dom Pedro I, Pedro de Alcântara, às margens do rio Ipiranga. Assim, o país passou a ser uma monarquia, em que o próprio Pedro foi coroado imperador.

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Para que esse momento histórico acontecesse, uma série de eventos estão relacionados desde 1808, quando a família real portuguesa foge de tropas francesas que invadiram Portugal rumo ao Brasil.

E uma efeméride como essa muito provavelmente não passará despercebida pelos vestibulares brasileiros. Pois bem, para comemorar a data e para te preparar para as questões sobre a Independência do Brasil, separamos algumas questões sobre o assunto, diretamente do nosso Banco de Questões. Confira!

Unesp (2010)

A Independência do Brasil do domínio português significou o rompimento com

A a economia europeia, sustentada pela exploração econômica dos países periféricos.
B o padrão da economia colonial, baseado na exportação de produtos primários.
C a exploração do trabalho escravo e compulsório de índios e povos africanos.
D o liberalismo econômico e a adoção da política metalista ou mercantilista.
E o sistema exclusivo metropolitano, orientado pela política mercantilista.

Alternativa correta = E

Famerp (2020)

A independência foi, desse modo, ruptura e continuidade.

(Miriam Dolhnikoff. História do Brasil Império, 2019.)

Na independência brasileira, uma ruptura e uma continuidade podem ser exemplificadas, respectivamente,

A pelo esforço de unificação nacional e pelo respeito aos direitos trabalhistas.
B pelo afastamento da Grã-Bretanha e pela aproximação com os Estados Unidos.
C pela fragmentação política do território e pela hegemonia política das elites rurais.
D pelo rompimento em relação ao império português e pela preservação da escravidão.
E pela implantação do sistema republicano e pelo estímulo à produção agrícola.

Resposta: A alternativa D está correta. Como o próprio nome diz, a independência é a quebra de relações com Portugal, porém, manteve-se a escravidão sendo abolida apenas 1889.

Alternativa correta = D

UVA (2015)

A Independência do Brasil, no dia 07 de setembro de 1822, representou na realidade:

A a quebra da autoridade da metrópole, apenas no setor jurídico-administrativo.
B a ruptura total da interferência inglesa nos assuntos econômicos brasileiros.
C um ato político-administrativo e não uma ruptura com o passado colonial.
D a vitória dos grupos maçônicos interessados na criação de um império de província autônoma.

Alternativa correta = C

UFPel (2013)

A transferência da Corte Portuguesa para o Brasil (1808) significou a subordinação de Lisboa ao Rio de Janeiro como capital do Império, a quebra do exclusivo colonial luso e a instituição de uma junta militar britânica no governo de Portugal, que prestava contas ao Rio de Janeiro.

Este fenômeno, conhecido como “inversão brasileira”, é apontado como fomentador da

A Restauração Portuguesa.
B União Ibérica.
C Assinatura dos Tratados de Aliança e Amizade e de Livre Comércio com a Inglaterra.
D Independência do Brasil.
E Revolução Constitucionalista do Porto.
F I.R.

Alternativa correta = E

UPF (2021)

No próximo ano, o Brasil irá comemorar o bicentenário de sua Independência. Em 1822, um autor anônimo escreveu a poesia “Independência ou morrer”, reproduzida abaixo.

Ouvi, ó Povos, o grito,
Que vamos livres erguer;
O Brasil sacode o jugo,
Independência ou Morrer.

Congresso opressor jurara
Nossos povos abater:
Em seu despeito amamos
Independência ou Morrer.

Depois de trezentos anos
Livre o Brasil vai viver:
Deve a Pedro a Liberdade,
Independência ou morrer.

(Apud CARVALHO, José Murilo de, BASTOS, Lúcia; BASILE, Marcelo (Orgs.). Guerra literária: panfletos da Independência (1820-1823). Belo Horizonte: Editora UFMG, 2014, 257-258. 4 v.)

Considerando o cenário político em que a poesia foi escrita, é correto afirmar que:

A Os brasileiros de tendências absolutistas pretendiam derrubar D. Pedro e assumir o poder.
B Os liberais portugueses pretendiam restaurar o absolutismo.
C Os escravistas brasileiros almejavam impedir que D. Pedro outorgasse uma constituição absolutista.
D As cortes portuguesas desejavam recolonizar o Brasil, anulando as medidas político-administrativas tomadas por D. João VI.
E Os absolutistas portugueses pretendiam auxiliar D. Pedro a consolidar a Independência do Brasil.

Alternativa correta = D

Uespi (2010)

A chamada Revolução Liberal do Porto, de 1820, entre seus desdobramentos, contribuiu para a declaração da independência do Brasil, uma vez que:

A entre as reivindicações do movimento, estava a volta de D. João VI a Portugal e a recondução do Brasil à condição de colônia.
B o seu caráter liberal não aceitava o regime monárquico, pretendendo instituir o parlamentarismo no Brasil e em Portugal.
C a abertura dos portos do Brasil, em 1808, e o Tratado de 1810 fortaleceram a economia portuguesa que passou, então, a exigir a presença da corte.
D na organização das cortes gerais e na constituinte, a presença de deputados brasileiros não foi permitida.
E propiciou a formação dos partidos brasileiro e português, que, unidos, articularam o movimento de independência do Brasil.

Alternativa correta = A

UFPR (2011)

“Temos a tendência de pressupor que todas as mudanças que decorreram de um movimento de independência foram para o melhor. Raramente, por exemplo, consideramos um movimento de independência como uma regressão, um triunfo do despotismo sobre a liberdade, de um regime imposto sobre um regime representativo. Apesar disso, no caso da independência do Brasil, essas acusações foram na época imputadas ao novo regime”.

(Adaptado de MAXWELL, K. “Por que o Brasil foi diferente? O contexto da independência”. In: MOTTA, C. G. (org.). Viagem incompleta: a experiência brasileira. São Paulo: Editora Senac, 2000, p 181.)

Qual dos eventos citados a seguir gerou as acusações mencionadas no texto?

A A outorga da Constituição de 1824, feita por D. Pedro I depois de dissolvida a Assembleia Constituinte que elaborava o texto constitucional.
B O tratado de comércio que estipulou vantagens econômicas para a Inglaterra.
C O incentivo à imigração europeia e a gradual emancipação dos escravos, resultado de políticas públicas realizadas no período monárquico com objetivo de promover a transição do trabalho escravo para o trabalho livre.
D A guerra empreendida contra o Paraguai na década de 1860.
E A decretação da maioridade de D. Pedro II que, em 1840, favoreceu as medidas de centralização do poder, chamadas à época de “regresso”.

Resposta: A afirmativa A está correta, a outorga da Constituição de 1824 se deu mediante o descontentamento de D. Pedro em relação às aspirações liberais das propostas e por isso, o imperador, ao dissolver a Assembleia, impôs uma constituição que atendesse suas demandas centralizadoras.

Alternativa correta = A

Facisb (2019)

A transição do monopólio para o comércio livre no Brasil e nas colônias espanholas é a imagem fiel da diferença das experiências históricas das respectivas metrópoles nessa turbulenta era. A abolição do exclusivo precedeu no Brasil a independência e sinalizou seu começo. Na América espanhola, a liberalização comercial em geral acompanhou ou seguiu a conquista da independência.

(Rubens Ricupero. “O Brasil no mundo”. In: Alberto da Costa e Silva (coord.).Crise colonial e Independência: 1808-1830, vol. 1, 2011. Adaptado.)

A diferença na transição para a liberdade comercial relacionou-se

A ao estabelecimento da Corte portuguesa no Brasil e ao caráter fragmentado da América espanhola, que repercutiram nos processos de emancipação. 
B ao sucesso do arrocho colonial no Brasil e ao livre cambismo na América espanhola, que refletiram as contradições do Congresso de Viena.
C à autonomia econômica de Portugal e à dependência espanhola do capital britânico, que geraram medidas opostas nas colônias americanas.
D ao apoio dado por Portugal a Napoleão Bonaparte e à oposição da Espanha a ele, que influenciaram as políticas econômicas na América.
E à difusão do republicanismo estadunidense no Brasil e ao predomínio do radicalismo francês na América espanhola, que moldaram as lutas de libertação.

Resposta: A América espanhola correspondia a todo o território da atual América Latina, com exceção do Brasil. Quando as lutas de independência se espalharam pelo continente, as possessões espanholas acabaram se dividindo em vários países diferentes, devidos à sua variedade de condições políticas, sociais e econômicas.

O Brasil, por sua vez, apesar de grande, está concentrado na América do Sul, ocupando quase todo o território ao leste da Cordilheira dos Andes. Também havia maior coesão econômica entre as capitanias brasileiras, sustentada principalmente pelo tráfico de escravizados ao qual todas as atividades da colônia se vinculavam. Ainda, o caso o brasileiro foi excepcional, pois foi a única colônia do mundo que recebeu a família real da metrópole e acabou se tornando sede de todo o império colonial, mesmo que por pouco tempo.

Entre 1808 e 1821, a Corte portuguesa se transferiu para o Rio de Janeiro, fugindo da invasão de Napoleão Bonaparte a Portugal. Com isso, elevou a colônia à categoria de Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves e tomou várias medidas para transformar o Brasil na sede do Império português. Entre elas, a abertura dos portos, que significou a abertura da economia brasileira a outras nações que não Portugal. Inclusive, foi uma das primeiras coisas que D. João VI fez, em 1808. Dois anos depois, assinaria um tratado concedendo privilégios alfandegários à Inglaterra. Somente em 1822 seria declarada a independência do Brasil.

Alternativa correta = A

UFPA (2012)

Entre os argumentos que mantinham o vínculo do Pará com as Cortes de Lisboa impedindo o reconhecimento da Independência do Brasil em 1822, pela província nortista, considera-se: 

A Os efetivos militares portugueses no Pará eram em maioria, o que impedia o reconhecimento da autoridade de Pedro I como Imperador do Brasil, pela Junta Governativa paraense.
B O movimento dos “malvados índios, cafuzos e mulatos” da cidade de Muaná impediu que as tropas enviadas pelo Imperador do Brasil instalassem um governo legalista na cidade de Belém.
C A violenta campanha feita pelo jornal Paraense que conclamava o povo paraense a não reconhecer a autoridade de Pedro I, como Imperador do Brasil, por ele ter usurpado o trono de D. Maria I.
D As navegações eram mais rápidas e regulares para a Metrópole portuguesa do que para o Rio de Janeiro, além de que o comércio era feito em torno da praça de Lisboa, do Porto ou diretamente para os portos ingleses, o que gerava muitos lucros. 
E O novo estado político do Brasil instalado no dia 7 de setembro de 1822 foi avaliado pelo Governo Popular do Pará, como um retrocesso às modernas relações comerciais que a província nortista mantinha com a praça de Lisboa.

Alternativa correta = D

UEPA (2016)

A conclusão do processo de independência do Brasil leva seus protagonistas a enfrentar um novo desafio: decidir qual o sistema político e a forma de governoa ser adotada. São momentos de indefinição que caracterizam os primeiros anos após a independência e a formação do Estado brasileiro, cuja unidade foi:

A prejudicada pela postura débil do Imperador e do Regime Monárquico, com um monarca acumulando os cargos de chefe de estado e chefe de Governo.
B garantida com a criação do Poder Moderador, exercido pelo imperador, preservando-se a harmonia e a independência entre os poderes Executivo, Legislativo e Conselho de Estado.
C afiançada pelos grandes proprietários de terras e de escravos que, embora defendessem a implantação da República, apoiaram o regime monárquico porque propiciava a descentralização administrativa.
D organizada pelo Estado Imperial no modelo proposto pela Constituição, assegurando a igualdade de direitos civis, a independência dos poderes e a liberdade religiosa.
E assegurada pelas articulações políticas de D. Pedro I, que comandou um governo centralizador, reprimindo as revoltas provinciais e evitando a fragmentação territorial.

Alternativa correta = E

Unicamp (2022)

No início da década de 1920, o Brasil se preparou para celebrar os cem anos de sua independência na Exposição Internacional do Centenário da Independência do Brasil, um de seus momentos simbólicos mais significativos. Ocorrido na cidade do Rio de Janeiro, entre 7 de setembro de 1922 e 2 de julho de 1923, o evento mobilizou grandes recursos financeiros e foi responsável pela reordenação do espaço urbano. O Estado, por meio da comissão organizadora do evento, incentivou pela primeira vez a realização de documentários fílmicos. 

(Adaptado de Eduardo Morettin, Um apóstolo do modernismo na Exposição Internacional do Centenário: Armando Pamplona e a Independência. Film. Significação, 2012, n. 37, p. 77.) 

A partir do texto, assinale a alternativa correta sobre o evento do centenário da independência.

A Este evento apostou no cinema e na exposição para exibir de modo tradicional, aos brasileiros, um país ibérico, associado às navegações modernas.
B Esta política de celebração de centenários datava do século XIX, envolvendo esporadicamente os serviços diplomáticos do ocidente.
C A política de associar o cinema à exposição do centenário da independência evidencia uma vontade do Estado em propagandear um país moderno.
D O cinema e a exposição eram veículos de propaganda política, continuando um projeto de tornar o Rio de Janeiro o cartão postal da monarquia brasileira.

Resposta: Como disse, a exposição teve uma ala dedicada à exibição de filmes sobre assuntos que se relacionassem com a produção nacional e as riquezas naturais do país. Além disso, não só os filmes, mas toda a exposição tinha o objetivo de propagandear um país moderno.

Alternativa correta = C

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