Hoje o assunto é “águas-vivas”! A água-viva é um animal marinho, invertebrado pertencente ao grupo dos cnidários. As águas-vivas apresentam uma camada de epiderme (externa) e uma camada de gastroderme (interna), separadas por uma espessa camada gelatinosa chamada mesogleia. São, portanto, animais diblásticos.
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O que são Águas-Vivas?
A água-viva não possui cabeça, sistema circulatório, órgãos para respiração ou para excreção. O sistema nervoso é difuso e a boca localiza-se na parte inferior do corpo. Seu corpo se assemelha a um guarda-chuva com tentáculos, que são cobertos por células chamadas de cnidócitos.
Os cnidócitos liberam uma substância urticante característica das águas vivas, capaz de espantar predadores e paralisar presas. São animais pelágicos de vida livre e apresentam natação suave: o movimento é muito parecido com um guarda-chuva sendo aberto e fechado lentamente.
Ele é coordenado pelo sistema nervoso simples e por órgãos dos sentidos que são sensíveis à luz e a produtos químicos na água. Embora sejam nadadoras lentas, a velocidade e a baixa resistência à água não são importantes porque podem se alimentar plâncton.
É mais importante que seus movimentos criem uma corrente onde a água (que contém sua comida) é forçada a circular pelo seu corpo.
Curiosidades sobre as águas vivas
Agora que você entende o que são as águas-vivas, vamos apresentar curiosidades sobre esses seres aquáticos. Alguns desses animais possuem habilidades e características diferentes, como: brilhar no escuro e, até mesmo, imortalidade.
Estes fatos exóticos foram listados pelo site de sustentabilidade norte-americano TreeHugger. Confira abaixo a explicação de algumas curiosidades.
Brilhar no escuro
Você sabia que algumas águas-vivas conseguem brilhar no escuro? Sim, essa não é uma habilidade exclusiva dos vaga-lumes. Alguns cnidários possuem órgãos bioluminescentes, o que faz com que seu corpo ganhe uma cor brilhante embaixo d’água.
Além disso, essa não é apenas uma característica estética. As águas-vivas conseguem fugir e atrapalhar seus predadores usando essa habilidade exótica. Parece ser inofensivo, porém é uma arma essencial para sua sobrevivência.
Existem há milhões de anos
Você já imaginou que as águas-vivas são tão velhas quanto os dinossauros? Cientistas acreditam que esses seres aquáticos podem existir há 500 ou 700 milhões de anos. Ainda é difícil cravar uma idade certa, já que elas não possuem ossos e fósseis são difíceis de serem encontrados.
No ano de 2019, alguns pesquisadores conseguiram recuperar algumas dessas raridades. Na província chinesa de Hubei, cientistas encontraram fósseis de minhocas, anêmonas, algas e águas-vivas com cerca de 518 milhões de anos.
Imortalidade
Sim, isso pode soar irreal, porém algumas espécies de cnidários conseguem driblar a própria morte. A Turritopsis nutricula tem a habilidade de se regenerar e dificilmente morre por causas naturais.
Em resumo, essa espécie de água-viva consegue reestruturar seus tecidos e regredir fases da vida. Teoricamente, é como se o animal estivesse se rejuvenescendo constantemente.
A única forma de matar a Turritopsis nutricula é por algum meio externo, como o ataque de um predador.
Esses são apenas alguns fatos curiosos existentes no mundo dos cnidários. O oceano ainda é pouco conhecido, novos estudos sobre esses animais podem revelar ainda mais características diferentes.
Abraço,
Professora Bruna Klassa.
Instagram: @profbrunaklassa