Vagas Olímpicas: o que são, como funcionam e quais universidades aceitam

Vagas Olímpicas: o que são, como funcionam e quais universidades aceitam

Nesta seleção, só podem concorrer os candidatos medalhistas em Olimpíadas Científicas nacionais e/ou internacionais durante o Ensino Básico

Apesar de ser bastante comum em outros países, a prática de considerar o currículo do Ensino Básico na hora de ingressar na universidade é recente no Brasil. Foi apenas há quatro anos, no vestibular 2019, que a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a Universidade de São Paulo (USP), pioneiras na modalidade, implementaram as chamadas Vagas Olímpicas.

O método de ingresso permite que os candidatos sejam aprovados nas universidades que contam com a iniciativa sem passar pelo vestibular, criando um caminho alternativo e pouco visado em relação ao modelo tradicional.

No texto de hoje, você confere todas as informações sobre essa forma de ingresso em instituições públicas de Ensino Superior e fica sabendo como e onde pode se candidatar às vagas olímpicas.

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O que são Vagas Olímpicas?

As Vagas Olímpicas são um método de ingresso em instituições públicas alternativo aos vestibulares tradicionais. Neste tipo de processo só podem concorrer os candidatos que tenham conquistado medalhas em Olimpíadas Científicas nacionais e/ou internacionais durante o Ensino Básico (Fundamental e Médio).

As Olimpíadas Científicas são abertas à escolas das redes pública e privada, e de acordo com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), tratam-se de competições que envolvem temas específicos para estimular a resolução de problemas práticos e teóricos. Alguns exemplos nacionais deste tipo de competição são as Olímpiadas de Matemática, Física, Robótica, História e Linguística.

Como funcionam as Vagas Olímpicas?

As instituições de ensino que selecionam estudantes por esse tipo de processo, publicam um edital específico para a modalidade e destinam uma quantidade de vagas em cursos específicos para os candidatos medalhistas.

Algumas regras da seleção podem variar de acordo com o edital de cada instituição. Entretanto, normalmente a disputa das vagas é feita através de um sistema de pontuação que se baseia nas medalhas conquistadas pelos candidatos. 

Além disso, também é preciso comprovar a premiação declarada no vestibular de Vagas Olímpicas, bem como o histórico escolar do Ensino Médio. 

A partir do histórico nas competições, há uma pontuação específica, feita por cada universidade, para os desempenhos dos candidatos. É conforme essa pontuação que a seleção é feita. Por isso, quanto mais olimpíadas os candidatos participarem, maiores são as chances de conquistar uma vaga.

Divisão por níveis

As provas olímpicas também são divididas por níveis, permitindo que alunos do Ensino Fundamental até o Médio — algumas olimpíadas contam até com o nível universitário — possam participar e somar pontos futuros, ainda que a maioria das universidades aceitem somente o desempenho ds candidatos durante o EM.

Isso permite que haja uma continuidade nas notas, em um modelo similar ao que acontece nos processos seletivos seriados, por exemplo, o que diminui a pressão de ter que ser aprovado em apenas uma única prova, como acontece em muitos vestibulares.

Quais universidades têm Vagas Olímpicas?

A seleção por Olimpíadas Científicas ainda é pouco difundida no Brasil, e está disponível apenas em instituições de São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul:

  • Universidade Estadual de Campinas (Unicamp);
  • Universidade de São Paulo (USP);
  • Universidade Estadual Paulista (Unesp);
  • Universidade Federal de Itajubá (Unifei);
  • Instituto Federal Do Sul De Minas Gerais;
  • Universidade Federal do ABC (UFABC);
  • Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS); e
  • Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA).

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Quando surgiram as Vagas Olímpicas?

As primeiras instituições a selecionarem candidatos por meio de vagas olímpicas foram a Unicamp e a Unesp, e o número de vagas vem aumentando a cada ano. Para se ter uma ideia, atualmente elas contam com mais de 130 e 440 vagas anuais olímpicas, respectivamente.

Conforme os testes foram gerando bons resultados, outras instituições aderiram e, há o Projeto de Lei 3943/23, que visa garantir uma reserva de vagas olímpicas em instituições federais por todo o Brasil e está sendo analisado pela Câmara e pelo Senado.

Como as universidades selecionam aprovados em Vagas Olímpicas?

A classificação feita pelas universidades envolve, conforme mencionado acima, um sistema de pontuação próprio, em que são considerados os níveis de participação das olimpíadas selecionadas em edital por cada instituição.

Além de uma separação por medalhas, há também uma separação que envolve a abrangência da olimpíada. Uma competição internacional, por exemplo, soma mais pontos do que uma competição nacional.

Conforme o candidato conquistar mais pontos, de acordo com seu desempenho, mais perto de uma vaga na universidade ele estará. Observe os quadros de pontuações presentes nos editais da Unicamp, Unesp e USP, respectivamente, para ingresso em 2024 e 2025:

Unicamp
olímpicas-unesp-pontuação
Unesp
olímpicas-usp-pontuação
USP*

*A USP conta também com pontuação mínima necessária para ingresso em todos os cursos que possuem vagas olímpicas.

Quais olimpíadas científicas são aceitas pelas universidades?

Conheça algumas das Olimpíadas Científicas aceitas para ingresso em instituições públicas de Ensino Superior no Brasil:

Olimpíadas brasileiras

  • Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM);
  • Olimpíada Brasileira de Física (OBF);
  • Olimpíada Brasileira de Informática (OBI);
  • Olimpíada Brasileira de Robótica – Teórica (OBR);
  • Olimpíada Brasileira de Química (OBQ);
  • Olimpíada Brasileira de Biologia (OBB);
  • Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA);
  • Olimpíada Nacional de Ciências (ONC);
  • Olimpíada Brasileira de Economia (OBECON);
  • Olimpíada Brasileira de Linguística (OBL);
  • Olimpíada Brasileira de Matemática de Escolas Públicas e Escolas Privadas (OBMEP);
  • Olimpíada Brasileira de Física de Escola Pública (OBFEP);
  • Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente (OBSMA);
  • Olimpíada Brasileira de Neurociências (OBN);
  • Olimpíada Nacional de História do Brasil (ONHB);
  • Olimpíada Brasileira de Língua Portuguesa (OLP);
  • Olimpíada Brasileira de Geografia (OBG);
  • Canguru de Matemática Brasil (Canguru).

Olimpíadas ibero-americanas

  • Olimpíada Ibero-Americana de Matemática (OIM);
  • Olimpíada Ibero-Americana de Física (OIbF);
  • Olimpíada Ibero-Americana de Biologia (OIAB);
  • Competição Ibero-Americana de Informática e Computação (CIIC);
  • Olimpíada Ibero-Americana de Informática (OII);
  • Olímpíada Ibero-Americana de Química (OIAQ);
  • Olimpíada Latino Americana de Astronomia e Astronáutica (OLAA).

Olimpíadas internacionais

  • International Mathematical Olympiad (IMO);
  • International Physics Olympiad (IPhO);
  • International Olympiad in Informatics (IOI);
  • International Biology Olympiad (IBO);
  • International Chemistry Olympiad (IChO);
  • International Olympiad on Astronomy and Astrophysics (IOAA);
  • International Economics Olympiad (IEO);
  • International Philosophy Olympiad (IPO);
  • International History Olympiad (IHO);
  • International Geography Olympiad (IGeo);
  • International Linguistics Olympiad (IOL);
  • International Brain Bee (IBB);
  • European Girls’ Olympiad in Informatics (EGOI).

Por que investir em Vagas Olímpicas?

O processo seletivo que envolve vagas olímpicas conta com uma procura menor do que os vestibulares tradicionais e estar no processo seletivo de vagas olímpicas não impede nenhum candidato de participar dos vestibulares, ou seja, ele serve como uma chance a mais para ingressar em uma universidade. 

Confira mais motivos para se investir nas vagas olímpicas:

Ter mais uma possibilidade de ingresso

Como não há a exclusão de participação em outros processos seletivos de uma mesma universidade, o candidato ganha mais uma opção para ingresso no curso dos sonhos.

Imagine, por exemplo, as universidades estaduais paulistas. As três contam com o vestibular tradicional, processo seletivo por meio de notas do Enem e também vagas olímpicas. Isso significa que é possível participar de três formas diferentes de ingressar na mesma instituição, aumentando as chances de aprovação.

Desenvolver habilidades que podem ser usadas na universidade

Muitas olimpíadas envolvem questões de raciocínio lógico ou até mesmo situações práticas, pontos que fazem grande conexão com a realidade universitária, em que a lógica de estudo é diferente do Ensino Médio e de cursos preparatórios, o que pode ser uma vantagem para quem ingressa por meio de vagas olímpicas.

Incluir o desempenho no currículo científico

Você sabe o que é o Lattes? Pois bem, o Lattes é uma plataforma desenvolvida pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) que funciona como um currículo virtual e acadêmico, com informações variadas de atuação profissional, formação acadêmica e, claro, premiações. 

As conquistas em olimpíadas científicas do conhecimento podem, portanto, ajudar em processos de seleção de bolsas, intercâmbios e oportunidades de pesquisas no âmbito acadêmico, facilitando, portanto, processos seletivos desses tipos nas universidades. Outro ponto importante é que isso inclui até mesmo instituições que não contam com vagas olímpicas.

Contar com uma melhor filtragem na seleção de vagas

Os processos de vagas olímpicas contam com filtros por áreas do conhecimento, o que auxilia na filtragem de candidatos, o que aumenta as chances em situações específicas. Uma olimpíada de matemática, por exemplo, não necessariamente será levada em conta em vagas de História, e vice-versa. Por isso, é importante consultar os editais informativos de cada processo seletivo.

Participar de um processo mais tranquilo do que os vestibulares

Os vestibulares tradicionais contam com processos seletivos amplos e que envolvem estudos gerais. Com isso, situações estressantes como pressão antes das provas e falta de entendimento de assuntos distantes das vagas que os candidatos pleiteiam, são pontos evitados no processo seletivo de vagas olímpicas.

Outro ponto importante é que as pontuações em olimpíadas envolvem desempenho em outros anos, o que permite uma construção mais tranquila das notas, em momentos em que os estudantes não estão pressionados para passar no vestibular, como no primeiro e segundo ano do Ensino Médio.

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